DAQUELE JEITO

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H.: - Eu vi "Ele" – Ela disse do nada. – Hoje, ainda.

B.: - Quem? – Perguntei meio confuso e descrente.

H.: - "Ele." – Ela repetiu. Pude ouvir as aspas.

B.: - Não! – Retruquei ainda descrente.

H.: - É. – Ela concordou fazendo uma careta.

B.: - E como ele tava?

H.: - Daquele Jeito.

B.: - Daquele jeito como?

H.: - Daquele jeito dele. – Ela disse. – Andando com um pé na frente do outro. Inspirando pelo nariz e espirando pela boca. Piscando com os dois olhos. Não um antes, e outro depois, daquele jeito involuntário só dele. Ele ficava só olhando pra frente, como se estivesse indo a algum lugar. Sem pressa, mas também não parecia estar lento. Meu Deus! Meu Deus! Meu Deus! Como eu odeio quando ele faz tudo isso. Entende?

B.: - Entendo – Eu disse.

Mas entendia realmente?

Não.

A Fantastibulosa Fabriqueta MUSION de Textos DiversosOnde histórias criam vida. Descubra agora