Emma Myers é uma jovem artista de vinte e um anos que esconde muitas mágoas por trás de um sorriso. mas mesmo com todos os problemas e em meio a tantas perguntas, ela nunca pensou em desistir de seu futuro.
Porém, por conta do suicídio do pai, as c...
Para: babycakes Por ter me mostrado oque é realmente o amor.
Emma Myers
Enquanto estava sentada com uma perna de cada lado no parapeito da ponte Golden Gate na cidade de São Francisco, balançando os pés sem medo ao que estava abaixo de mim, a altura do lugar ou até mesmo com os cochichos que escutava de algumas pessoas que passavam alí achando que eu iria me jogar naquela bela água azul das ondas calmas. mas não. não queria me jogar de lá. amo minha vida -ou amava- o suficiente para querer fazer isso.
Mas era inevitável não pensar, ou se perguntar, Por que muitas pessoas faziam algo assim? se matar seria a única opção para elas? teria sido a única opção do meu pai? será que elas não tinham total razão do que faziam, e segundos antes do impacto pensavam, "Droga, por que fiz isso?" eu não me permito pensar que meu pai possa ter passado perante essa situação.
Meu pai era um ser humano tão...humano. prestativo; doce com qualquer um que conhecia. tratava minha mãe como uma rainha. era bom de vida; encantava a todos com sua doçura. ele era um ser respeitoso e levava sua família sempre em primeiro lugar. a pessoa mais honesta e engraçada que tinha conhecido em toda minha vida. agora, não consigo nem imaginar porquê ele teria se jogado diante dessa enorme ponte. quais foram suas últimas palavras antes de se jogar dalí? se é que ele pensou ou falou, por que ele teria feito algo assim? por quais ou qual motivo? eu queria muito saber.
Infelizmente, não pude dar adeus a ele. e foi doloroso. me machucou em todos os sentidos, me machucou como nunca tinha machucado, me machucou da maneira que nunca pensei que iria machucar. o que me matou por dentro foi o fato de ter assistido a cena da pior maneira possível e não ter feito nada...
Se eu não tivesse saído da Califórnia para ter visitado os meus pais aqui, será que minha mãe e minha irmã saberiam de seu suicídio?
Ao ver que era ele se jogando... eu gritei. gritei o mais alto que pude. mesmo sabendo que aquilo não iria resolver nada. tudo se passava diante dos meus olhos em câmera lenta. A imagem de seu corpo caindo lentamente dessa enorme ponte nunca se apagará da minha cabeça.
Eu clamava, pedia a Deus para que tudo aquilo fosse apenas um sonho ruim. que ele estaria me acordando com várias cócegas dizendo que o café estava na mesa.
Era para ser um dia comum indo até a padaria para comprar os doces de sempre para a Isabel. mas acabou se tornando o pior dia de toda a minha vida.
Primeiro que, no dia do acontecimento, havia achado estranho ele saindo da cidade indo direto a ponte. eu não queria ter seguido o mesmo. mas por minha vigorosa curiosidade, o segui. e se não fosse por isso, provavelmente não saberíamos de seu suicídio, mas não teria assistido a cena sem poder fazer nada.
Mas eu juro que tentei. que tentei correr até ele... mas já era tarde de mais...
Eu juro...
Os pontos de interrogação em minha cabeça eram enormes. mas a saudade era bem maior.
As memórias que construímos juntos, e as que planejavamos criar, se tornaram lembranças de um sonho que morreu. ele não gostaria de me ver assim. mas, deveria ter pensado no caso antes de ter se matado. mas eu não entendo... essa história está muito mal contada. esse definitivamente não era o meu pai, não havia o porquê dele ter se matado. me pergunto se poderia ter sido eu o motivo de sua dor. se eu fiz algo que ele não tinha gostado. mas não fazia sentido, por que ele teria se matado por algo assim?
Pelo visto não vou descobrir tão cedo.
Os pontos de interrogação em minha cabeça só aumentavam. mas tentei esquecer as minhas perguntas por um tempo.
Foquei meu olhar no céu, como aquela tarde podia estar incrivelmente linda quando na verdade era a pior tarde que já vivi em toda minha vida? o sol pulsante em meio aquele céu em tons rosa e laranja chamava bastante atenção. não pude deixar de notar a brilhante lua no céu se aproximando juntamente ao escuro da noite.
Não queria pensar na dor, mas era inevitável.
O aperto em seu coração se tornava cada vez maior, e a garota de olhos azuis se deixou levar diante a dor, colocou sua dor para fora. ela não costumava chorar, era forte em todas as ocasiões, mas naquela era impossível. seu amado pai um homem tão admirador havia ido sem ao menos se despedir. deixando com ela oque ela chamava de lembrança especial, A pulseirinha que havia ganhado do mesmo em seu último aniversário.
Então isso é a dor...
As lágrimas começaram a rolar sobre suas bochechas rosadas, e as deixou levar. deixou as lágrimas tomarem conta dela.
- Por que se foi assim? - ainda chorava, chorava tanto que soluçava.- eu nunca vou me esquecer de você. - jogou a rosa vermelha que estava em sua mão no ar. fazendo-a cair 227 metros lentamente.
A garota suspirou, cariciou seus cabelos castanhos lentamente, secou suas lágrimas e disse suavemente "Vai ficar tudo bem"
Algumas pessoas que passavam alí me olhavam com dó. achando que eu iria realmente me jogar de lá. mas eu não ligava, eles não entenderiam minha dor. ela é minha. vou ser a única que realmente vou entende-lá.
Vamos sair daqui...
Dei uma grande pausa na minha carreira de atriz para cuidar do meu luto. e é incrível como as pessoas não se importam com isso. você pode dar um milhão de dólares para cada um, mas eles ainda terão motivos para te chatear, te colocar para baixo e apontar para os seus defeitos. Sejam aqueles grandes ou pequenos.
Mas graças a Deus existem aqueles que sempre te apoiam. e respeitam o seu espaço. eu sou realmente grata a essas pessoas.
Não morava naquele belo lugar, vim aqui antes do suicídio do meu pai. Três ou dois dias antes. E isso veio acontecer justamente no dia que o vim visitá-lo.
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Oi, como vão?
Prazer! meu nome é Mayra mas podem me chamar de May, sou iniciante.
A Playlist acima é para uma melhor experiência. O link dela está no meu perfil. :)
