Noite das meninas 1

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(...)

Eu beijei a Jenna
Ela me beijou
Nós nos beijamos.

Então era essa a vontade que eu sentia de matar todo esse tempo.

Com sua mão direita, fez carinho em minha bochecha com seu dedão enquanto olhava para mim, com sua mão esquerda ainda em minha cintura. Eu ainda estava tentando processar o que tinha acontecido, mas foi tudo tão surreal que nenhum pensamento negativo entrou em minha mente.

Esse tempo todo em que eu ansiava por esse beijo, fui totalmente lerda em não descobrir que ela também queria. Claro, as escapatórias para o quarto dela, a proximidade que ela fazia questão em manter, todas as vezes que fomos interrompidas pelas nossas irmãs. em todas essas vezes ela tinha tomado a iniciativa. É até bom saber disso, assim eu não serei a única que supostamente tem sentimentos aqui.

Queria dizer tantas coisas para ela, Sobre o que eu acho disso tudo, mas quem quebrou o silêncio primeiro foi a própria Jenna.

— Desculpa, eu não queria ter feito isso sem saber se você queria ou não, mas você meio que continuou então... — Ela comentou com timidez.

— Para ser sincera eu acho que quem estava mais ansiosa por isso era eu.

Jenna sorriu sem tirar os olhos dos meus, sem parar com a carícia ou tirou a mão da minha cintura. A música estava quase acabando e nós ainda estávamos no ritmo dela como se fosse o começo de tudo, quando nos aproximamos e tocamos os nossos lábios pela primeira vez transbordando sentimentos por todos os lados. Eu sentia a mesma intensidade, acho que essa tensão não vai acabar tão cedo e eu espero por isso.

— Por quê eu não queria ter que me aproximar de alguém depois do que aconteceu comigo. Eu achava que só iria piorar para mim, Que minha cabeça iria explodir de decepções novamente, então eu tentei evitar todo mundo. Mas nesse meio tempo, e curto, você entrou na minha cabeça e com certeza foi na intuição de mudar isso. e eu não sei o que nós somos agora, mas eu te confesso que eu sempre sonhei por esse momento contigo. Eu nunca fui de demonstrar de verdade, Jenna. Eu até estranhava quando conseguia ser eu mesma com você, sem me preocupar.

Jenna a puxou para mais perto, seus lábios a milímetros de distância, a respiração pesada e o olhar intenso.

— Eu já esbarrei com tantas pessoas na minha vida mas nunca me preocupei, cuidei ou senti tanto afeto quanto eu tenho por você. Eu também estava estranhando, eu não tirava a mulher do cabelo bagunçadinho da minha mente, mandava mensagem todo dia ansiosa por uma resposta.

— Isso eu não estranhava, você sempre foi minha fã mesmo. — Emma deu um beijo na bochecha da mesma e elas sorriram.

— Talvez. — Menina comentou.

— Vamos voltar para lá — Jenna disse, eu obviamente aceitei, tínhamos que nos secar logo para irmos embora.

(...)

— Agora sim, o tempo está ótimo para voltarmos, apesar de ainda estarmos um pouco molhadas. — Emma disse se levantando da cadeira da área de lazer do lugar.

— Melhor mesmo, acho que já vão fechar. — Apontou para o casal guardando as coisas.

— Só sobrou nós. — Obviamente, já que ninguém (além de nós) foi idiota de ter entrado na chuva.

Mas valeu a pena. tipo, muito mesmo.

Emma pegou as suas telas que, por sorte, não foram para os ares, e as levou para a Jenna.

— Viu só? intactas.

— Intactas entre aspas, né. — Apontou para a parte de baixo das telas que estavam molhadas.

O verdadeiro significado do amor (Jemma)Onde histórias criam vida. Descubra agora