O sol estava quente quando Cristi estacionou o carro em frente ao hospital. Um fusca amarelo que chamou a atenção de Damon, um homem que morava na casa ao lado do hospital.
Damon observou uma mulher que não tinha mais de 24 anos sair de dentro do fusca, aparentemente desesperada. Seus cabelos pretos brilharam ao sol, revelando alguns fios avermelhados e sua pele branca também brilhava na luz, como se estivesse com creme corporal. Ela usava um vestido de cetim preto e longo, porém que chegava até os pés, era justo em seu corpo e ressaltava os lugares certos.
Damon foi até o portão de sua casa, mas não o abriu! Ele pode ver a mulher ajudar uma senhora a entrar no hospital, que logo desapareceu de vista, sem se importar Damon voltou para dentro de casa.
Pov: Cristi
Olhei em volta do local quando ajudei a minha vó a sair do fusca e reparei em um homem parado atrás de um portão da casa a frente que eu tinha estacionado, segurando uma xícara e olhando para nós. Sem tempo para ficar reparando nos outros, eu conduzi minha vó que estava pálida em suas roupas coloridas até o hospital.
- Por favor, atenda a minha vó, ela comeu camarão e ela é alérgica - disse Cristi exasperada
- Claro, por favor me acompanhe - disse a atendente para a idosa
- Senhora vou precisar dos documentos dela
- Claro, tome - disse Cristi tremendo
- Por favor, aguardeCristi não parava de olhar as horas angustiada, até que uma moça veio a seu encontro
- Boa tarde! A senhora é a acompanhante de dona Rosângela?
- Sim, sou eu - disse Cristi levantando abruptamente
- Fique tranquila, dona Rosângela já está medicada! Como a senhora gostaria de pagar? - disse a moça com um sorriso amareloCristi ficou apreensiva, pois sabia que não tinha muito dinheiro, por isso acabou esgotando seu cartão.
Já com sua vó bem novamente as duas saíram do hospital para ir para casa, mas Cristi não encontrou seu carro.
Olho ao redor mas não o vejo em lugar nenhum, chego a dar uma volta no quarteirão e não o encontro! Decido voltar para frente do hospital onde minha vó estava me esperando e ao olhar para o lado vejo o meu fusca amarelo na garagem daquele homem que avistei mais cedo, então tive certeza, eu fui roubada!
Bati fortemente no portão de sua casa o xingando de todos os nome que viam a minha mente
- Você está louca?
Ele disse saindo de dentro da casa e vinto em minha minha direção, eu estava tão furiosa que comecei a gritar
EU QUERO QUE TODA A VIZINHANÇA SAIBA O LADRÃO QUE VOCÊ É! SEU DESGRAÇADO INFELIZ, VOCÊ ROUBOU MEU FUSCA! ME DÊ AS CHAVES AGORA! ANTES QUE EU LIGUE PARA A POLÍCIA! COISA EU JÁ DEVERIA TER FEITO.
Grito e coloco minha mão no bolso para apanhar meu celular, mas sinto uma mão forte segurar meu pulso, nisso acabei realmente reparando no homem que estava a minha frente. Ele tinha cabelos castanhos penteados para cima, sua camisa de manga longa estava com dois botões entre abertos, dando para ver seu peitoral com pequenos fios de cabelo igualmente castanhos e estava trajando uma calça social preta, mas a sua sandália havaiana não deixava a desejar.
- Escuta aqui sua maluca, EU NÃO ROUBEI O SEU CARRO, e primeiramente essa é uma casa de respeito, não fale suas palavras inadequadas que as minhas filhas podem ouvir.
- Me solta! Você roubou sim o MEU carro, olha ele ali na sua garagem.
- Já que insiste, vou pegar o documento e você verá - ele disse se afastando irritado
- Documento é o caralho, esse carro é meu!
- Deixa ele pegar a documentação e nós veremos minha neta
- Tudo bem vó, logo estaremos em casa
- Eu sei querida, eu sei - Rosângela diz com um ar cansado- Pronto, aqui está! Agora veja, esse fusca é meu
- Aa- eu... eu sinto muito de verdade
- Tudo bem, não se preocupe, eu vi o momento em que chegaram, venham para dentro o sol está quente - ele disse com um sorriso amigável
- Venha vó, iremos aceitar o convite- Você tem que dá queixa na polícia sobre o furto - ele disse com a voz simpática enquanto servia chá para as duas
- Eu vou, peço desculpas pelo ocorrido... vi seu fusca amarelo e pensei que...
- Tudo bem, não é comum ver fuscas amarelos - ele disse entre risos- Bom é melhor irmos vó, muito obrigado pela gentileza senhor...
- Damon, até mais...
Estava terminando de colocar a louça limpa nos armários quando recebi uma ligação.
- Alô
- Cristi, é o Damon
- Olá Damon, como você sabe o meu número?
- É fácil encontrar o número de quem faz programa
- Aa... certo...
- pode vir na minha casa?
- Está falando sério? - ela diz com a voz embargada
- Claro, por que não?
- Suas filhas - ela diz preocupada
- Estão na escola, mas se não puder vir...
- 300,00 reais vagina e ânus, 150,00 cada um incluindo boquete...
Eu não sentia que devia estar na casa de Damon, mas eu preciso daquele dinheiro, porém era estranho estar aqui com ele depois do que aconteceu
- Fique tranquila, estamos só nós dois - Damon disse enquanto bebia o resto de tequila que estava em seu copo
- Por um momento eu achei que iria soltar o bendito "eu não mordo" - Cristi diz soltando uma risada nasal
- Pelo ao contrário eu mordo - Damon diz e em seguida rasga suas vestes com os seus ossos quebrando e se contorcendo, sua pele logo está cheia de pelos e em lugar de um rosto humano agora tinha um rosto horrendo de cachorro. Cristi gritou com toda a sua força, mas recebeu uma mordida infernal no pescoço direto nas suas cordas vocais. Cristi sentiu seu abdômen ser rasgado, a mordida em sua bexiga... Cristi só queria morrer...
- DONA ROSÂNGELA
- A minha neta foi assassinada por um lobisomem!
- Dona Rosângela, a senhora nunca teve neta. Está na hora dos seus remédios - disse a enfermeira já irritada
- Tive sim! E ela morreu sendo comida, só não dá forma que ela esperava
- Se continuar assim, nunca sairá desse hospício
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O Furto Louco
Kısa HikayeCristi é uma jovem que vê seu carro roubado, e na tentativa de recuperá-lo se vê tendo que tentar sobreviver ou será que ela nunca viveu?