Alya CrossA sensação de estar envolvida nos braços de alguém passa segurança e ao mesmo tempo aconchego, mas nesse momento eu estou mesmo é assustada, assustada porque eu pedi pra ele ficar ontem e ele ficou e a gente ta ficando assim muito.
-Você pensa muito assim cedo mesmo? -ouvi a voz que bem conheço falar.
-Como é que você, quer dizer você... -acabei não completando nada.
-Acordei antes de você, mas mantive a respiração controlada para não te acordar e você fica assim pensando tanto de manhã.. -disse e virei meu olhar a ele.
Eu acho inacreditável como esse homem pode acordar tão gato, que inferno eu devo estar toda descabelada.
-Sabe te observar de manhã é uma excelente visão, acho que vai fazer o dia ser melhor. -disse colocando meu cabelo atrás da orelha e alisando minha bochecha o que me fez fechar os olhos sentindo seu leve toque. -Mas agora que acordou tenho que ir, só queria que soubesse que não te deixei aqui. -estranhamente acho que eu mais que sexo precisava de uma companhia nessa noite e foi bom ter sido ele. -Vou só tomar um banho e já volto.. -disse e em seguida saiu da cama.
...
Esperei Arnold sair do banheiro e fiquei me recordando da noite que tivemos, estou incrivelmente exausta e ao mesmo tempo disposta, porém muito faminta. Me espreguiçei na cama e tive a sensação de que queria me fundir a mesma, mas no mesmo instante Arnold saiu do banheiro.
-Você viu a minha camisa? -questionou e eu sinceramente não fazia ideia de onde podia estar então somente neguei com a cabeça. -Não tem problema, coloco somente o blazer que está na sala e saio. -disse e não gostei da ideia dele sair quase sem camisa daqui, mas tudo bem.
Me sentei na cama enquanto calçava o sapato o olhando. -Não irei me atrasar, logo mais estarei na empresa. -falei e ele apenas concordou sacudindo a cabeça, parecia um pouco diferente de ontem a noite.
Sem dizer mais nada Arnold apenas se levantou e quando estava indo em direção a porta parou e olhou pra mim dizendo: -Se alimente bem, não comeu ontem a noite e por favor cuide das coisas, não sei que horas chegarei na empresa hoje. Bom dia Alya. -foram as únicas coisas que disse antes de sair.
....
Me arrumei e tomei um café na padaria a caminho da empresa, já que o Arnold não irá hoje terei mais trabalho sem dúvidas.
Assim que entrei no escritório Levi me trouxe um mundo de coisas que teria de revisar, assinar, reuniões que seriam comigo e além das ligações internacionais que teria mais tarde e tudo isso sabe-se lá porque o Arnold não pode vir. E isso é o que mais me intrigava, a sua falta de sensibilidade e sair assim do nada, sei que não temos nada mas talvez nossa relação profissional se complique daqui pra frente, ou ele me demita, quer dizer tudo é incerto e não sei de nada. Eu não pensava isso quando acordei, mas talvez tenha sido por isso mesmo eu não estava acordada e em seguida seja la o que foi eu comportamento mudou.
Arnold Smirnov
Passei a manhã treinando e tentando retirar toda essa energia do meu corpo e descansar a minha mente, mas é impossível, impossível não pensar em tudo. Não pensar naquele maldito sonho que tive onde sequestravam e levavam para longe de mim a Alya, onde ela era machucada por minha culpa e eu não podia fazer nada e não sei se isso foi o pior ou se foi ela tendo pesadelos na madrugada se batendo e chorando, o que me fez pensar ainda mais que a minha proximidade dela possa lhe trazer perigo.
Eu não posso deixar essa situação continuar, preciso estipular uma distância, preciso deixar ela segura e acima de tudo preciso focar em entender o que está acontecendo nos últimos dias na máfia que tirou as coisas do foco, o que pode ser também um bom pretexto para que eu me livre da Alya.
Voltei outra vez a socar o saco de pancadas, quando observei que a porta se abria.
-Ouvi dizer que estava aqui desde cedo treinando.. Preocupado com algo? -ouvi dizer enquanto entrava na sala e me concentrei na voz de Andrei na minha direção.
-Não. -falei imediato e voltei a socar o de pancadas, mas sentindo sua presença se aproximar. -Quer dizer sim.. -assumi parando o ato e me virando a ele.
Andrei se aproximava de mim me analisando e com as mãos nos bolsos e sua postura que é inegavelmente um misto de nosso tio e nosso pai se pôs diante de mim, que comecei a desenfaixar as mãos.
-Suponho que não seja pela mensagem que recebemos do Nicholas que ninguém mais lembrava do aniversário dos filhos dele.. -disse me recordando o que eu ja havia sido recordado e havia esquecido. -Pela sua cara já havia até esquecido isso. -disse, e que droga, odeio que consiga ser lido por alguém.
Apenas acenei positivamente com a cabeça.
-Nesse caso isso me faz perceber duas coisas que te deixariam assim tão transparente, o amor e o sentimento de impotência, ainda que o amor traga isso essas coisas estão separadas no seu caso. É a garota Ayla e o contêiner que sumiu e tem um tom de marca do maldito.. -ele sem dúvidas é o mais inteligente de todos nós talvez por isso seja advogado.
-Alya.. -corrigi. -E que droga Andrei, você esta certo. -assumi enfurecido e ele riu de canto. -Quer dizer ela me faz querer fazer coisas que na verdade eu não quero fazer, quer dizer é muito complicado. -parece que nem sei usar as palavras. -E bom sobre o contêiner é algo absurdo pensar sobre..
-Bom sobre a garota seja lá o que quis dizer e eu não entendo mesmo sobre, ou o que esteja sentindo acho bom resolver e se reencontrar. E no que diz respeito ao contêiner eu posso estar enganado. -dizia, mas na verdade o Andrei é de poucas palavras e quando fala é com certeza. -É sem dúvidas uma questão familiar..
-Você não esta querendo dizer quê.. -nem completei e ele apenas acenou positivamente com a cabeça.
-Porém não vem ao caso no momento.. Iremos todos juntos para Itália amanhã você virá conosco? -mudou de assunto e preferi também não insistir.
-Sim irei. -afirmei e Andrei se aproximou tocando no meu ombro e em seguida se virou e saiu dali me deixando outra vez só.
Estava decidido, preciso me encontrar novamente o Andrei esta certo. E por hora o único pensamento que me veio foi como ir a uma festa de criança e nem sequer saber o que levar, porquê elas já têm de tudo sem contar que sou padrinho de uma delas.
Peguei meu celular que estava no canto da sala com várias chamadas de pessoas diferentes entre elas a Alya, mas não tenho tempo de falar com ninguém agora.
Disquei o contato da única pessoa que pode me ajudar nesse momento e a única com a qual posso contar.
Ligação on
-Ora, ora. A que devo a ligação do homem mais sumido do Rússia. -Natasha como sempre atendeu debochando.
-Preciso de você.. -falei me poupando tempo.
-Olha isso é uma coisa que me interessa. -disse.
-No lugar de sempre te encontro em uma hora. -falei e antes que respondesse desliguei a chamada.
Ligação off
Em seguida liguei para Levi e avisei que não iria mais a empresa e que os compromissos da minha agenda que não estivessem com a Alya fossem adiados para a segunda-feira. Nesse momento o que menos preciso é falar com ela, não é o ideal.
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Arnold- Spin-off de Os Ceos da Maffia
AçãoCapa feita por @falaserionati Arnold Smirnov é um mafioso frio e calculista, além de um tanto mandão, delinquente e mulherengo. Coleciona diversas conquistas e acima de tudo tem a liberdade como lema de vida. Alya Cross é uma mulher forte determina...