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— o negócio é o seguinte Heitor! — ele fala e eu ajeito minha postura— não tem conversa, não tem desenrolo. Partir de hj, vc trabalhar pra mim !

— como é?

— exatamente. To tento um prejuízo du caralho...

— eu te pago— interrompo e ele rir da minha cara me deixando puto

— vc vai me pagar! Trabalhando pra mim!

— não... to falando...

— vai pagar por 13  homens mortos em um confronto na minha favela? Vai pagar por 400 mil reais das drogas que a polícia levou da minha favela?

— então peraí... vc realmente então...

— sou! E agora sua vida depende da mim

— não. Calmai!— tento falar. Mas ele se altera e eu fico quieto

— calmai é o caralho! Acha que foi mole te tirar de lá? Tomei um prejuízo du caralho— ele tem razão. Consigo imagina. 400 mil não paga nem 13 vidas... porra! Eu to mt fudido

— mas como isso vai funcionar? Vou trabalhar de graça pra vc eternamente?

— claro que não. Vai ganhar mt mais que vc ganhava na empresa daquela sua tia

— então como assim trabalhar pra vc?

— vc vai trabalhar na parte ilícita da minha empresa — controlo minha boca pra não abrir e parece um idiota

— então calmai... vc tem uma favela e uma empresa?

— ta querendo saber muito!

— se vou entrar nessa, eu preciso saber...

— vc não tem escolha parceiro! a partir de segunda feira vc estará aqui

— se tem uma parte ilícita a qual vou trabalhar, ela tá relacionado as coisas da favela?— pergunto e ele só me olha— qual a chance de isso da merda?

— pra mim? Quase zero. Pra vc? Muitas

— como assim? Corro risco...

— tenho mt gente trabalhando pra mim. Sei exatamente como tudo funciona tanto na minha empresa quanto na minha favela. O primeiro vacilo que vc der está morto

— que tipo de vacilo?— pergunto assustado

— se abrir o bico...

— ufa!

— qual foi?— só quando ele fala que eu percebo que falei alto

— nada não... em relação ai isso, por ficar tranquilo. Mesmo não trabalhando pra vc não iria falar de qualquer jeito

— mas agora vc tem algo a perder — ele fala e eu me sinto ofendido.

— antes eu tinha a agradecer. — falo me justificando— Era o mínimo que eu poderia fazer pelo o que vc fez por mim. Não é uma amassa de morte que vai fazer eu ser leal a vc. Irei fazer pq vc me salvou... Mas no momento que eu estive de frente com a morte, não tenho medo maus dela

— ok!

— ok?— pergunto sem entender esperando mais

— é! Pode vazar! Maria Alice vai entrar em contato com vc  pra trazer seus documentos

— não terminamos. Ainda tem outro assunto...

— se for Rafaela, a resposta é não!

— essa escolha não é sua, é dela. Só irei desistir quando ela disser não pra mim

A FILHA DO DONO (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora