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Antes de descer à academia na manhã seguinte, levei um minuto para tirar o cavalete da sala de jogos e levar para meu quarto.

Senti que era necessário - pensar em Maraisa como Mara na noite passada, confirmou para mim que eu precisava acertar os termos dessa relação.

Eu tinha sido generosa demais - ignorando seus lapsos, hesitações e atitudes. Nunca fiz isso e não me agradava deixar que Maraisa se safasse impunemente.

Decidi lhe dar um aviso sutil. Mostraria o cavalete - um lembrete de que eu era sua dominatrix e de minhas expectativas. Talvez bastasse e um castigo não fosse necessário.

Também peguei um plugue na sala de jogos. Minha fantasia no banho solidificou ainda mais meu desejo de mostrar o prazer que eu podia lhe dar. Prazer que ela não esperaria. Coloquei o plugue em minha cômoda junto com um frasco de lubrificante. Às sete horas, Maraisa me serviu o café da manhã na sala de jantar. Serviu uma calda de aparência deliciosa sobre uma rabanada feita à perfeição. Estava louca pra dar uma dentada.

- Pegue um prato para você e sente-se. - Comi enquanto ela ia à cozinha. Hmmmm... Bananas. Droga, ela sabia cozinhar.

Ela se sentou à mesa e começou a comer seu desjejum.

- Tenho planos para você hoje, Maraisa. Planos de prepará-la para meu prazer. Para o seu prazer.

- Sim, mestra.

- Coma, Maraisa. Não pode me servir de estômago vazio.

Ela comeu um pouco mais, mas não muito. Não o bastante. Reduzi o ritmo ao comer para acompanhá-la. Nós duas terminamos mais ou menos ao mesmo tempo e ela pulou da mesa imediatamente para tirar os pratos. Sim, isto daria certo. Só a visão do cavalete seria suficiente. Ela voltou à sala de jantar e se postou a meu lado. Seu corpo tremia um pouco.

- Você está com roupas demais - declarei. - Vá para meu quarto e tire tudo.

Enquanto ela subia, levei Athena para fora. Ela farejou o jardim, pegou o cheiro de alguma coisa e correu para a mata. Voltei para a casa. Ela ficaria bem do lado de fora por mais ou menos uma hora.

Quando entrei em meu quarto, Maraisa estava de pé e nua, olhando o que eu tinha deixado ali.

- É um cavalete - expliquei. Ela deu um pulo ao ouvir minha voz. - Uso para aplicar as punições, mas serve também a outros propósitos. Não me faça usá-lo para castigar você.

Ela ainda o fitava, talvez tentando decidir o que significavam minhas palavras.

- Suba - ordenei. - E deite-se de bruços.  Sinta-o, Maraisa. Compreenda que não quero usá-lo para puni-la, mas que usarei. Toque-o. Veja que minhas regras são verdadeiras. Que a desobediência tem consequências. Depois deixarei que desça e a satisfarei em minha cama.

- Maraisa. - Eu disse com um suspiro. - Isto está ficando cansativo. Ou você faz ou diz a palavra de segurança. Não vou pedir novamente.

Ela não ia usar a palavra de segurança, ia? E se usasse? Eu esperava que ela hesitasse antes de subir no cavalete, mas supunha que obedeceria a minha ordem. E se calculei mal? O que eu ia fazer? Antes que eu pudesse me decidir, ela respirou fundo e subiu, deitando-se como mandei. Isso. Fui à cômoda e peguei o plugue. Espremi lubrificante nele e coloquei ao lado dela.

- Lembra-se do que eu lhe disse na sexta-feira à noite? - Olhei seu corpo nu, deitado e esperando por mim. Minha intimidade umedeceu contra minha calcinha. Eu não esperava que ela respondesse, é claro, mas queria que ela soubesse aonde eu ia. Olhei-a, procurando algum sinal ou movimento que mostrasse que tivesse compreendido. Mas não havia nada. Talvez eu precisasse refrescar sua memória. Coloquei as mãos em sua cintura e as desci pela bunda. Ela se retesou. Sim, ela compreendia.

A Dominatrix-adpt malila Onde histórias criam vida. Descubra agora