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Ronald! - gritei novamente, mas ele não respondeu. Da outra ponta da linha, ouvi vozes frenéticas e o barulho de uma porta de carro batendo. - Ron! O que aconteceu com Mara?

O que Ronald queria dizer com aconteceu algo? Mara estava envolvida no acidente que acabei de ouvir? E então ouvi gritos.

"Chame uma ambulância!" "Ela está respirando?" "Encontrou a pulsação?"

Respirando? Pulsação? Mara?

- Ronald! - gritei.

Nada.

- Mara. - Finalmente ouvi Ron dizer. O tom de sua voz não me reconfortou. Preparei-me para ouvir mais. - Mara. acorde. Acorde, Mara.

"Não a mova", disse mais alguém. "Ela pode ter quebrado o pescoço."

Meu corpo se sacudiu e meus pés ameaçaram ceder. Quebrou? Mara? Peguei a chave com os dedos atrapalhados. Um táxi ou o carro?

- Rony! - tentei novamente. Peguei a chave e ela caiu em minha mesa. - Ronald! Droga. Fale comigo!

Peguei a chave de novo, desta vez segurando firme. O carro.

- Ela está viva, Marília. - Ron chorava.

A chave caiu novamente. Viva? Havia alguma dúvida? Apanhei a chave e a coloquei no bolso.

- Para onde vocês vão? - perguntei enquanto saía trôpega do escritório.

Srta. Marília - disse Sarah, pulando de sua mesa.

Estou saindo! Não sei quando vou voltar. - Virei-me uma vez mais para o telefone. - Onde, Ronald?

- O Lenox - disse ele com a voz trêmula. Vou levá-la para lá. Eu ligo para Narcissa. Não me lembro muito do percurso até o hospital. Tentei ligar para Rony várias vezes no caminho, mas ele não atendia. Narcissa também não atendeu ao telefone.

Parei no estacionamento, saí do carro às pressas e corri à emergência. Será que eles ainda não chegaram? Por que Rony não atendia ao telefone? Porque Mara tinha piorado. Senti náuseas. Ela piorou. Ou seu pescoço estava quebrado. Ou sua pulsação...

Eu não podia pensar nisso. Não podia. Explodi pelas portas do hospital e a recepcionista levantou a cabeça e sorriu. Felizmente, era alguém que eu reconhecia de minhas visitas anteriores a Cissa.

- Srta. Marília - disse ela. - Como va...

- Vim ver uma paciente. - Meus olhos disparavam freneticamente pela sala.

Nome da paciente?

Maraisa Pereira. · Não a vejo aqui. - Ela olhava a tela do - computador. - Talvez tenha acabado de dar entrada.

Sim! - gritei, contra a minha vontade. Mas que droga, quando ela me deixaria entrar? - Acabaram de trazê-la.

- Espere. - Ela pegou o telefone.

Esperar? Esperar? Será que o mundo inteiro enlouqueceu? Ela falou em voz baixa ao telefone, tendo uma conversa que pareceu levar anos. Levantou a cabeça.

- Ela está na ala de traumatismo quatro. Vou deixar que a senhora entre, mas terá de ficar na sala de espera.

A porta a minha direita finalmente se abriu e passei correndo. Já estive antes na emergência, principalmente para ver Cissa. Disparei pelo corredor e entrei à esquerda. Médicos e enfermeiras corriam a minha volta, mas meus olhos estavam focalizados na sala no final do corredor. Mara!

Se eu pudesse entrar na sala. Só ficar ali. Por que o corredor tinha de ser tão comprido?

- Marília! - Rony veio correndo para mim. - Ela está bem. Ela vai ficar bem.

A Dominatrix-adpt malila Onde histórias criam vida. Descubra agora