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Nunca precisei dormir muito. Na maioria das noites, eu me satisfazia com quatro ou cinco horas, o que estava de bom tamanho, porque depois de ter os lábios de Maraisa  envolvendo minha boceta, de maneira alguma eu ia conseguir dormir tão cedo.

Passei a mão no cabelo e tentei me concentrar na planilha detalhada em meu laptop, mas os números se embaralhavam em meu cérebro. Xinguei de frustração.

Droga. O que eu fiz? Eu forcei Maraisa a se ajoelhar e fodi sua boca sem perguntar o que ela pensava ou como se sentia, ou mesmo se ela queria isso.

Mas, argumentei comigo mesma, era o que ela queria. Maraisa tinha livre-arbítrio. Podia ter me dito para parar a qualquer minuto e eu teria parado. Eu sabia disso, mas a verdade era que ela não queria que eu parasse. Queria que eu a dominasse, ou não estaria em minha casa nem dormindo a duas portas de meu quarto.

Fechei o laptop e fui ao corredor. Sua porta estava fechada e a luz apagada. Ela dormia. Outra prova de que ela queria. Não questionei novamente.

Fui à sala de jogos e me preparei para a noite seguinte. Finalmente consegui ir para a cama bem depois da meia-noite e acordei quatro horas e meia depois, às cinco e meia. Fiz alguns alongamentos antes de andar pelo corredor até o quarto de Maraisa. A porta estava fechada - ela ainda dormia.

Perguntei-me se acordaria a tempo para preparar o café da manhã e pensei brevemente em acordá-la eu mesma. Depois decidi que não queria criar um precedente, então me virei e desci para minha academia.

Terminei a corrida às seis e quarenta e ouvi Maraisa andando pela cozinha. Ela deve ter acordado mais tarde do que queria, mas estava segura e decidida a preparar meu café da manhã a tempo. Saí da academia e tomei um banho rápido.

Exatamente às sete, entrei na sala de jantar e encontrei o café da manhã a minha espera. Observei-a pelo canto do olho enquanto comia. Ela estava vestida informalmente e seu cabelo foi puxado num rabo de cavalo frouxo. Provavelmente não tomou banho. Sua respiração era um pouco forçada demais, mas ela a controlava, como se não quisesse deixar transparecer que tinha corrido para fazer o café da manhã.

Ela trabalhou arduamente esta manhã. O que significava que o resto do fim de semana parecia muito promissor. Comi sem pressa alguma. Não havia necessidade de correr e eu queria que Maraisa tivesse o tempo necessário para acalmar seus pensamentos.

- Sirva-se de um prato e coma na cozinha. Vá ao meu quarto daqui a uma hora. Página cinco, segundo parágrafo.

Liguei para Henrique levar Athena para passear.

Não está ligando para cancelar, está? - perguntou ele.

-Não. Estou ligando para saber se você - quer almoçar comigo depois do jogo.

- Um almoço seria ótimo. - Ele baixou a voz. - O encontro não deu certo?

Eu ri. Ele não sabia de nada.

- O encontro foi ótimo. Mais do que ótimo, na verdade... Fizemos planos para esta noite.

- Legal! Ponto para você.

Ele não sabia da missa a metade.

E como é ela? - perguntou ele. - É bonita? Ela tem irmã?

Estendi a mão para afagar Athena.

- Conto na hora do almoço.

Por mais que eu tentasse imaginar como seria ter Maraisa  esparramada em minha cama, a visão ainda me deixou assombrada. O sol de final de manhã lançava um brilho sobre a cama - iluminando seu corpo, fazendo-a brilhar. Seus olhos estavam fechados, permitindo-me alguns segundos para observá-la sem que ela percebesse.

A Dominatrix-adpt malila Onde histórias criam vida. Descubra agora