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Tô ficando sem ânimo e desmotivada pra adaptar: ( mas... Boa leitura....

Passei os dois dias seguintes cuidando dela. Vendo-a descansar e certificando-me de que ficasse confortável.

Ela passava a maior parte do tempo na biblioteca, até fazia pequenas refeições sentada em um dos sofás, envolvida em um ou outro livro.

Juntei-me a ela ocasionalmente e tentei puxar conversa, mas ela nunca falava livremente. Talvez eu tivesse exagerado na interpretação de seu comentário sobre a prostituição. Se nossa relação funcionava para ela, funcionava pra mim. Suas necessidades. Sempre ela.

Na tarde de domingo, sentei-me à mesinha da biblioteca, esperando para ver se ela se juntaria a mim. Então, lá estava ela.

- Está tudo bem? - perguntei. Precisa de alguma coisa?

- Sim. De você.

Ela tirou a blusa pela cabeça. Merda.

- Maraisa - falei, tentando ignorar a comichão em minha intimidade —, você precisa descansar.

Ela não me deu ouvidos. Em vez disso, baixou a calça e deu um passo para fora dela. Reprimi um gemido. Ela me queria. Pedia sexo.

Eu já tive submissas me pedindo sexo. Às vezes eu concordava. Às vezes, não. Ficava na fronteira entre a satisfação de suas necessidades e a garantia que elas soubessem que eu podia e as decepcionaria, se quisesse.

Eu não queria decepcionar Mara.

Mas estaria ela pronta? Ela se sentia obrigada a fazer isso porque eu cuidava dela? Eu sabia que devia rejeitá-la. Ela precisava descansar e eu não queria que ela oferecesse sexo por obrigação.

Se eu a rejeitasse, ela pediria novamente? Ela foi atrás da mesa e abriu o sutiã, deslizando-o lentamente pelos ombros. Ele caiu no chão, expondo mais de seu corpo a mim

- mais do que ela provavelmente pretendia expor. Havia um hematoma arroxeado em seu ombro direito. Decidi rejeitá-la. Explicar que não era por ela, que eu a queria loucamente, mas ela precisava descansar.

Ela enganchou os polegares no cós da calcinha e a tirou pelos quadris. Levantei-me. Eu não podia rejeitá-la. Não quando lhe dera esta sala e tinha dito que ficasse à vontade nela. Não quando ela se despia diante de mim. Se ela me queria, queria o prazer que meu corpo podia lhe dar, ela me teria.

Abri a primeira gaveta e peguei um consolo, eu sei que é estranho ter esse tipo de objeto em uma biblioteca, mas a verdade é que nunca se sabe o que pode acontecer, especialmente com alguém como Mara em casa.

Devagar, fui até onde ela estava. Teríamos de fazer isso com tranquilidade. Eu a deixaria ter o controle e estabelecer nosso ritmo. Coloquei as mãos em seus ombros, tomando cuidado com o hematoma, e passei os dedos até suas mãos.

deliciando-me com os arrepios que suscitava.

Meus olhos apreenderam os ângulos suaves de seu corpo — a curva  do pescoço, o volume dos seios, a inclinação da barriga. Peguei suas mãos delicadamente e fechei o objeto no punho. Seus olhos me interrogaram.  Ah, Mara. Eu nunca poderia rejeitar você. Por nada neste mundo. Meu corpo é seu. Pegue. Levei suas mãos a meu peito, mostrando a ela que eu queria que desta vez ela conduzisse.

- Tudo bem - falei simplesmente.

Ela abriu a mão, olhou o consolo e arquejou. Um sorriso iluminou seu rosto. Ela pensou que eu a rejeitaria. Você quase rejeitou. Idiota.

O objeto caiu no sofá e ela passou a desabotoar minha camisa. Quando retirou meu sutiã e passou as mãos por meu peito, tive de morder o interior da bochecha para não gemer. Por mais que eu quisesse tocá-la no hospital, não pensei no quanto precisava que ela me tocasse. Ter as mãos dela em mim.

A Dominatrix-adpt malila Onde histórias criam vida. Descubra agora