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Carla Maraisa marcou uma hora para a terça-feira, às quatro da tarde. Durante toda a segunda-feira, esperei que Sara me dissesse que ela telefonara para cancelar, mas na terça, à uma da tarde, eu tinha aceitado o fato de que Carla  provavelmente apareceria.

Isso me deixou inquieta.

Andei entre minha mesa e a janela, lembrando-me de Carla como a vira da última vez - a completa paciência com que instruía um aluno do ensino médio, rindo baixo de algo que o adolescente dissera.

Depois a imaginei como agora eu podia me permitir - como minha submissa, pronta e disposta a me servir. A obedecer a cada ordem minha.

Voltei à minha mesa e me sentei. Pela terceira vez na última hora, peguei o pacote de informações que eu tinha preparado para ela e reli. Verifiquei três vezes se tudo estava em ordem.

Meu primo, Henrique ligou às três e meia e impediu que eu enlouquecesse

inteiramente de tanta agitação.

- Oi― disse ele. — Ainda quer jogar raquetebol no sábado?

Soltei um resmungo. Eu tinha me esquecido da promessa que fiz a Henrique , de que teríamos outra partida no sábado. Se Carla  concordasse com o teste de fim de semana, eu realmente ia querer deixá-la?

Por outro lado, talvez fosse bom me afastar dela por algumas horas. Dar a mim mesma uma pausa do que prometia ser um fim de semana intenso. Henrique notou minha hesitação.

- Tudo bem se não puder. Eu posso fazer skydiving.

Da última vez que ele fez skydiving, quase encerrou sua carreira de quarterback, então eu sabia que ele estava brincando. Pelo menos esperava que estivesse.

- Sem chantagem — protestei. — Não estava tentando te deixar na mão. Só estava vendo se minha agenda está

livre. Talvez eu tenha um encontro.

Um encontro? Voltou à ativa depois da garota das pérolas?

O apelido é inteiramente desrespeitoso com Mara. E ele não podia estar mais longe da verdade. Eu tive muitas atividades desde Millicent.

- Falei por falar. Fico feliz que você tenha largado aquela lá.

- Já chega de mim e de minha vida amorosa - interrompi, porque não acho que Draco tivesse alguma ideia de como era realmente minha vida sexual. - Quem você vai levar à festa beneficente da sua mãe?

No momento, ninguém. Obrigado por me lembrar disso — agradeceu ele com certo sarcasmo.

Conversamos um pouco mais e por fim desliguei depois de concordar que eu o encontraria no sábado para nossa partida de raquetebol. De muitas formas, Draco era o irmão que eu

nunca tive.

Meus pais morreram num acidente de carro quando eu tinha 10 anos. A irmã de minha mãe, Narcissa, criou me depois disso.

Blaise Zabini era o terceiro integrante de meu grupo de amigos quase-uma-família, junto com seu marido, Ronald. Blaise e sua família foram vizinhos dos Malfoy quando éramos pequenos.

Ronald morava perto, e ele e Blaise namoraram por todo colégio e durante a faculdade. Eles se casaram um mês depois de ele se formar. Blaise agora era psiquiatra e Ronald, estilista.

Eu invejava Blaise e Ronald e o companheirismo que eles tinham. A paixão e o amor que eles sentiam eram palpáveis. Há muito tempo eu desistira de encontrar uma relação como a deles, mas esta era a vida que eu tinha. Ter Hermione como submissa quase compensava tudo.

A Dominatrix-adpt malila Onde histórias criam vida. Descubra agora