𝗗𝗜𝗘 𝗙𝗢𝗥 𝗬𝗢𝗨; 𝘊𝘩𝘢𝘳𝘭𝘦𝘴 𝘓𝘦𝘤𝘭𝘦𝘳𝘤

capítulo vinte e dois.

𝐃𝐈𝐄 𝐅𝐎𝐑 𝐘𝐎𝐔; 𝘊𝘩𝘢𝘳𝘭𝘦𝘴 𝘓𝘦𝘤𝘭𝘦𝘳𝘤
capítulo vinte e dois.

"pois bem, cheguei
quero ficar bem á vontade
na verdade, eu sou assim
descobridor dos sete mares"

o descobridor dos sete mares; tim maia.

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Grande prêmio de Interlagos! Penúltima etapa do campeonato! Tudo isso somado a sensação de estar no Brasil era incrível. A energia dos fãs aqui era coisa de louco!

O dia era quente e ensolarado, já que era verão aqui no Brasil. A semana de corrida foi literalmente uma corrida, cheia de eventos para comparecer, coisas para gravar, ver fãs e no final de semana, correr.

Agora comia um açaí sentada em uma mesa do paddock, tirei uma foto e postei no story. Toda comida que provava aqui no Brasil eu postava, para deixar registrado. Já tinha comido churrasco com Carlos e Charles e era simplesmente perfeito! Comemos também alguns doces brasileiros que eles ganharam, paçoca, pé de moleque, sonho de valsa, bis entre vários outros.

Usava um short jeans normal, uma blusa branca que tinha o carro da Senna branco e vermelho da Marlboro e nos pés um adidas forum low com detalhes vermelhos. Para finalizar o boné da Ferrari com número 16 para me proteger do Sol escaldante.

Depois de terminar o açaí, segui meu caminho para a Ferrari encontrando lá Charles. Que assim que me viu, sorriu e veio até mim deixando um selar em minha bochecha.

─── Gostei do boné.

Dei risada.

As últimas duas corridas, a dos Estados Unidos na qual Hamilton havia ganhado e na do México Max havia ganhado, causaram uma mudança nos pontos do campeonato, deixando Max bem próximo de Charles que ainda ocupava o primeiro lugar. Isso assombrou Leclerc, o homem poderia não demonstrar, mas estava mais nervoso que o normal para as corridas.

Max e Hamilton estavam próximos e não seria nada bom se algum desses ganhasse a corrida desse final de semana. Tanto eles quanto Charles tinham a chance de ganhar o campeonato ainda, e pelo que todos pensavam, o campeonato seria decidido na última corrida do ano.

Me sentei em um dos bancos que tinha ali, junto de Charles, o mesmo deitou a cabeça em meu ombro e começou a mexer no celular, ficamos ali aproveitando a companhia um do outro.

Olhava a garagem, analisava cada pedacinho do local, da mesma forma que fiz da primeira vez que pisei numa garagem da Ferrari. Sorri, me lembrando de todos os bons momentos desse ano.

Sabe quando você tem aquele momento nostálgico? Que chega a dar vontade de chorar? Bom, era isso. Eu estava feliz aqui, trabalhando com essas pessoas, vivendo com essas pessoas, tendo a chance de conhecê-las melhor ainda.

Percebi que não conseguia mais chamar Nova York de casa, casa era aqui, perto de uma pista de corrida, dentro de uma garagem que guardava pneus e um carro de Fórmula 1, e o que mais me assusta é como isso se tornou minha casa tão rapidamente. É isso que eu quero da minha vida, vivê-la, vivê-la aqui.

─── Mon amour? ─── Charles me chama.

─── Oi?

─── Está tudo bem? ─── perguntou sorrindo fraco.