Anjo Bastardo

Agora temos?

O olhei perplexa e confusa, como assim?
Seus olhos me encararam pensativos, e assim ele foi descendo o olhar até meu corpo que tremia de frio, e antes que eu pudesse falar mais alguma coisa ele entrou totalmente no banheiro.

-Você está tremendo -Falou sério, ele parecia estar irritado com a situação, ele fechou a porta.

Logo após isso ele se aproximou de mim e arrancou minha camisa fina, assim deixando meus seios expostos no sutiã.

-Já falei que você não pode me dar banho -Briguei batendo fraco em sua mão, cruzei meus braços para tampar o máximo que conseguia.

-E se eu desse? -Questionou ele, me fazendo ficar confusa, ele me ganhava totalmente nas palavras.

Abri os lábios para retrucar mas eu não tinha argumento contra isso.

-Você é homem, não pode me ver sem nada...-Sussurrei envergonhada olhando para baixo, ele agarrou meu queixo me fazendo forçar o olhar.

-Mas não sou qualquer um, eu sou aquele que tenho a obrigação de cuidar de você, então não teria problema -Falou devagar esperando uma resposta de confirmação.

Eu encarei ele pensando nisso, ele era tipo uma babá? Então acho que não teria problema e minhas coxas estavam tão doloridas que eu não sei se consigo tocar sem pudor

-Não vou fazer nada que você não queira e você pode ficar com a calcinha, boneca -Afirmou me tranquilizando e assim eu concordei

No mesmo momento ele esboçou um sorriso suave, minhas bochechas queimaram como xícaras de chá quentes, e assim comecei a me despir.

Me virei de costas para indicar que era para ele me ajudar com sutiã e assim ele fez, senti as pontas dos seus dedos roçarem suavemente a minha pele, arrepiei sentindo seu toque.

-Como a sua mão é quente...-Elogiei me sentindo novamente segura, como isso era possível.

O sutiã se soltou e ele me virou a seu olhar, seus olhos estavam fixos em meus seios que agora estavam enrijecido pelo frio e excitação que aquilo estava me proporcionando.

Peguei sua mão novamente como um meio de quebrar aquela timidez que eu estava sentindo

-Mão quente coração gelado, mão fria coração quente -Tagarelei tímida um ditado que eu escutei na minha infância e completei- Minhas mãos são quentes? -depositei em seu rosto que estava neutro e sem expressão como a maioria do tempo.

-São duas pedrinhas de gelo -Zombou apertando suas mãos por cima das minhas, assim ele se aproximou e beijou a ponta do meu nariz vermelhinho de frio

Olhei em seus assim que ele se esquivou e eles eram tão bonitos e profundos, tudo nele me encantava ainda mais, cai meu olhar para sua cicatriz, ele pareceu perceber e assim tiro minha mão e saiu

-Eu vou ligando o chuveiro, termine de se despir -Disfarçou indo abrir o chuveiro para que a banheira encha

Me senti envergonhada novamente pelo jeito que ele se esquivou, toquei no começo do moletom que foi a única coisa que consegui colocar para que não ficasse roçando em minhas coxas doloridas

Tirei totalmente ele fazendo algumas caretas de dor, nossa como doía, desci meu olhar para uma das marcas que tinha sido na frente e encontrei ele roxo e nas pontas avermelhado

-Me desculpa -Escutei a voz carregada de Ian e me assustei percebendo que ele me encarava naquele momento- Eu
... Eu só queria te assustar -Revelou indo me puxar para entrar na banheira

-Não, está doendo muito -Choraminguei quando percebi sua intenção de me colocar na banheira

-Boneca, não vai, vai aliviar muito -Afirmou, seus olhos pararam um pouco acima do machucado que se encontrava horrível