VII

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- Já te disse

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- Já te disse. Eles não são ameaça, Alex - Ed dizia, limpando a maçã em sua manga de linho puro e encarando a fruta.

Apertei a têmpora, tentando raciocinar qualquer resposta que não me levasse à forca.

- Temos que exterminá-los, Ed, esses homens do submundo podem se rebelar a qualquer momento...

- Contra nós? É mais fácil Mordrak se reerguer das cinzas do que eles fazerem algo contra a coroa ou o reino - Ed respondeu, e bufou, levantando os pés para a cadeira em sua frente.

- Isso não é piada.

- Eu sei...

- Porque manter aqueles guardas patrulhando a vila se eles sequer aparecem por lá? - Respondi, enfatizando o que eles justamente não faziam.

- Não posso ter problemas com minha guarda. Por que isso tudo agora? Alex... Já tivemos essa conversa. Olha, as coisa são assim desde que meu pai governava. Ele não queria uma guerra civil, e eu também não quero. Além disso, durante os conflitos com Mordrak, foram esses safados do submundo que mantiveram as coisas em ordem por aqui. Por que mudar as coisas por lá agora?

- Por que não estamos em guerra, Ed. E se chegarmos a tal... - respondi, elevando um pouco a voz.

- Não seja pessimista, sabe que isso não vai acontecer - ele me interrompeu.

- Não tem certeza disso. Temos que estar preparados para todos os cenários. E no atual, você não controla nem a vila e nem seis dos lordes mais poderosos desse reino.

Edward mordeu o lábio, suspirando.

- E o que me sugere?

- Mande a guarda patrulhar lá. Aparecer, pelo menos.

- E arriscar um conflito com o submundo?

Caminhei pelo meu escritório. Ele tinha seus argumentos, mas no fundo, sabíamos que ele queria agradar a todos. E isso não inspirava confiança, apenas fraqueza.

- Então deixe eu e meus homens aparecermos por lá. Não terá problemas, pois não seria por suas ordens.

- Mas o que vai fazer lá?

- Apenas... Aparecer. Mostrar que estamos atentos ao que acontece por lá.

- Sem conflitos?

- Eu não procuro conflitos.

- Sei, se é o que quer fazer, sabe que te apoio. Tente não arrumar confusão, meu amigo.

- Eu? - Disse, sorrindo.

- Agora - ele se levantou, dando uma mordida -, tenho que fazer uma visita aos Harringtons.

- Sem avisar? - Questionei, erguendo a sobrancelha.

- É meu reino, não preciso avisar, Alex - ele disse, sorrindo enquanto saia.

- Cuidado com o duque. Tente não babar tanto na pobre moça, ou vai acabar perdendo uma cabeça - eu gritei, ao que ele riu, já no corredor.

Antes do invernoOnde histórias criam vida. Descubra agora