** Atualização toda terça-feira **
** Em andamento **
No dia em que Amelie Harrington deveria ter morrido, viu a morte do protetor do rei, o sombrio Conde de Montclair, Alex Hartfied, bem como a queda do reino. Após sobreviver por pouco a um afogame...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
- Mais uma rodada - um homem corpulento gritou, ao que rapidamente corri para atender.
Enchi a caneca, mas antes que pudesse levá-la, alguém se aproximou e tomou de minhas mãos.
- Deixe que eu levo. Já correu demais por uma noite, Anne - Ian disse, sorrindo enquanto pegava a bandeja.
Assenti, voltando para a pia que estava quase transbordando. Ele estava ali ajudando aquela noite. Lia estava recebendo os pagamentos, e Harold ajudando a servir. As horas voaram e antes que eu percebesse, o lugar se esvaziou e terminávamos de organizar as coisas.
- Que noite - Harold disse, se espreguiçando.
Lia bocejou, em coro.
- Hora de dormir... Veja o que deixaram - ela se abaixou, e pegou uma pequena flor esbugalhada no chão.
Ela alisou as pétalas, despedaçadas.
- Me lembra Julia - ela sussurrou, tão baixo que apenas ouvi porque estava no balcão, bem ao seu lado.
- Quem é Julia? - Perguntei, ao que os três me olharam, cada um com uma expressão diferente.
Ian assustado, Harold com os olhos estreitos. Lia, com os olhos cheios de lágrimas e um sorriso.
- Minha menininha, que resolveu nos deixar cedo demais.
- Mãe - Ian disse, em tom de alerta.
Lia fungou.
- Está tudo bem, não posso viver como se minha filha não existiu.
Meu coração se afundou quando ela se aproximou, pegando meu rosto entre as mãos.
- Ela era linda. Assim como você - ela disse, antes de depositar um beijo em minha bochecha e sair, sem mais uma palavra.
Olhei para os outros, que estavam cabisbaixos.
- Desculpem por isso - pedi.
- Está tudo bem, não tinha como você saber. Além disso, é bom que ela fale sobre o assunto.
- Ela nunca fala. Até semana que vem, minha jovem - Harold comentou, passou por mim e remexeu meu cabelo, antes de sair.
- Melhor eu ir.
- Eu te acompanho até em casa...
- Não precisa - me precipitei, acenando com a mão.
- Pelo menos até o final do beco, então - ele disse, já pegando o casaco.
Esperei na frente, colocando o capuz assim que saí.
- Foi horrível, eu sei. Ela era muito bonita, como minha mãe disse. E... Não sabemos. Sequer imaginamos. Ela não deu pistas de que fugiria, supomos que foi levada, não sabemos se alguém...
