° Capítulo 21 - Tentação °

470 33 6
                                    

Voltei como havia prometido a vocês .

beijinhos e aproveitem o capitulo

~°^°~°^°~°~°^°~°^°~°~°^°~°^°~°~°^°~

Pov Beatrix

Quando estamos confusos sobre nossos sentimentos tenhamos a procurar refúgio, seja ele materno, ou em amigos com quem podemos contar e até mesmo em quem amamos como Homem ou Mulher. Mas o que você faz quando não se tem nenhum deles? Eu estava em uma corrida sem fim, percorria obstáculos, nadava em águas sombrias e frias, tudo isso em busca de...

Nada.

No fim do dia eu deitava na cama, e mesmo sendo abraçada com toda força como se a qualquer instante eu pudesse escapar entre seus dedos como água, eu me sentia sozinha. As semanas se arrastaram desde a crise de Natalie. Ela não comentou mais sobre o assunto e continuava meio distante a todo momento, sempre colocava uma barreira entre eu e ela. Passava horas no escritório fazendo sei lá oque, enquanto eu passava horas trancada no quarto ou ficava na sala.

Não que a liberdade de fazer o que eu quero na hora que eu bem entendesse não me fazia falta, claro que fazia! Mas eu meio que me acostumei, em meio a tanto caos a viver ao lado dela, e no final das contas não era tão ruim assim... até certo ponto.

Eu consegui a convencer de me deixar usar o celular pelo menos 1 hora no dia e era tudo limitado, eu só tinha acesso ao YouTube e alguns jogos e coisas do tipo. Eu não pretendia fazer nada, até porque Natalie já deixou bem explícito que me procuraria até no inferno para me encontrar.

Romântica não?

Estávamos na mesa de jantar, almoçando peixe e arroz que a Natalie fez e estava uma delícia como sempre, tirando o fato de que a mesma não desgrudava do celular.

- Eu vi uma receita no YouTube - comentei espontaneamente - Se quiser podemos tentar fazer mais tarde, o que acha? - Natalie me olhou por breves segundos.

- A que horas? - perguntou ao voltar o seu foco ao aparelho.

- Quando você estiver livre. E se der tempo também podemos assistir a um filme, faz um tempo em que não fazemos algo desse tipo.

- Irei ver - se coloca de pé - tenho que ver uma coisa, te vejo mais tarde - veio até mim e me deu um selinho que foi correspondido - Te amo - apenas acenei com a cabeça em concordância.

Não estava pronta para corresponder esse amor dela, então toda vez torcia para que ela não falasse isso toda vez que se despedia ou quando iria dormir. A real é que eu estou confusa sobre os meus sentimentos, não sei gosto dela ou se apenas a temo por medo, talvez um pouco dos dois. Não toquei mais no assunto do porão, por que não deu tempo e também ela sempre dava um jeito de contornar a situação e acabava em mim contando sobre minhas aventuras no orfanato em que cresci. Eu não sei quase nada sobre ela, e a mesma sabe muito sobre minha vida, talvez eu deva parar de me empolgar e acabar contando até sobre quantos fios de cabelos eu acho que tenho.

Natalie é um mistério na qual eu me interesso em desvendar. Seu passado parece um pouco conturbado, mas que o normal e eu gostaria de descobrir mais sobre ele, mesmo que no fundo eu possa ter medo de saber. A verdade as vezes dói, e as vezes é melhor sabermos apenas o essêncial para que possamos amar.

Aliás, ninguém é perfeito.

A tarde se arrastou no tédio, não tinha nada para fazer naquela casa, a não ser que eu ficasse contando quantas coisas haviam ao meu redor. Me levantei do sofá e caminhei até o escritório de Natalie, ela deve estar ocupada, mas prometeu que assim que tivesse hora vaga passaria algum tempo comigo. Dei batidas suaves na porta.

- Natalie? - a chamei enquanto colocava minha cabeça para dentro do cômodo - Posso entrar? - perguntei receosa.

- Entre, querida - entrei e fechei a porta atrás de mim, ela me olhou e estendeu a mão em minha direção - Venha cá.

Caminhei até ela, na qual me levou até seu colo onde me sentei, analisei em silêncio seu computador a minha frente, estava aberto em varias paginas e continha números que eu seria incapaz de entender.

- Curiosa? - ela perguntou, acenei em concordância - São gráficos, e esses números - apontou em direção a uma aba cheia deles - São todo o valor que minhas empresas ganham no mês .

A encarei boquiaberta. Como assim ela ganhava tudo aquilo no mês?! Natalie não é do tipo que esbanja seu dinheiro por ai, isso eu já pude perceber, mas também nunca me falou sobre seu trabalho ou o quanto ganhava.

- Natalie, isso é muita coisa - ela soltou uma risada - Como nunca me contou sobre isso?

- Não é como se eu fosse ficar falando o quanto eu ganho pras pessoas - ela tinha um ponto.

- Ganha tudo isso ao mês?

- Não exatamente - a fitei confusa - Também tenho funcionários para pagar, as despesas das empresas e outras coisas, mas eu não cuido dessa parte financeira - assenti. Natalie levou suas mãos até minha cintura e deu um aperto de leve. Poderia negar muitas coisas, mas que ela tem pegada, isso ela tem - Que tal deixarmos esse gráfico ai e fazer algo mais interessante?

Virei meu rosto sob o ombro e a surpreendi com um selinho. Desde quando cheguei aqui ela nunca me tocou de forma invasiva, o que fazia eu criar uma confiança nela, mesmo que seja de forma irracional.

- Eu acho uma ótima ideia

Me virou de frente pra ela, me fazendo ficar sentada em seu colo. Beijou meu pescoço e foi descendo até o meu decote. Meu corpo entrou em chamas, meu centro se contraiu, minha cabeça entrou em êxtase e eu só conseguia pensar no quanto eu queria aquilo. Sentir seus lábios em minha pele era como fogo trilhando caminho pelo meu corpo. Ela então capturou meus lábios em um beijo feroz, cheio de intensidade e paixão não correspondida, se levantou da cadeira e me prensou na parede ao lado, apertava minha cintura e passava suas mãos em toda a parte do meu corpo, como se fosse a ultima vez que o faria.

- Seu corpo é perfeito Beatrix, sua boca é uma maravilha - sussurrou próxima ao meu ouvido com sua voz rouca - Mas ficaria ainda mais bela com seus gemidos saindo dela - arfei em resposta - E eu ficaria feliz em saber que seria a responsável por eles - me fitou intensamente - Mas eu te falei que não faria nada se não implorasse.

Me colocou no chão com cuidado. Eu estava aérea com tudo aquilo. Como assim!? A encarei incrédula .

- Como assim Natalie!?

- Ah meu amor - se aproximou novamente - Não precisa ficar frustrada - me deu um selinho delicado - prometo que terá oque deseja - sussurrou - Mas vamos assistir um filme que você tanto queria, que tal?

- E eu tenho escolha? - perguntei debochada.

- Não - sorrio e então me puxou em direção ao quarto.

Eu só sei de uma coisa...

Essa mulher é uma tentação pura!

~°^°~°^°~°~°^°~°^°~°~°^°~°^°~°~°^°~

Não foi tão longo assim, mas teve um foguinho ali no meio.

está mais perto do que pensam...

Capitulo não revisado.

Até a próxima .

Obsessive Onde histórias criam vida. Descubra agora