° Capítulo 28 - Me Diga Oque Deseja °

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Um único aviso.
Hoje tem.

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Pov Natalie.

Já estava quase dando 5 da tarde e eu ainda não saí do meu escritório. Não me levem a mal, eu sei que tenho uma mulher em casa que precisa ser cuidada, mas as papaleadas criaram raízes e me prenderam nessa cadeira até essas horas. Ouço batidas em minha porta e logo permito a entrada.

- Senhora Gabrielli? - Karla, minha mais nova secretária, entrou na sala com uma cara de preocupada.

- Sim? - Continuo a digitar freneticamente nas teclas de meu computador.

- É a polícia, eles desejam falar com a senhora.

Nessa hora, o ar que havia em meus pulmões saiu, meu corpo gelou e meus dedos pararam no mesmo instante de digitar.

Merda!

- A sim - Falei calmamente, mas por dentro eu estava ao contrário - Permita a entrada deles.

- Sim, senhora.

Karla sai de minha sala e retorna acompanhada de dois policiais, um de estrutura alta e magra, de pele escura, e outro baixo e gordo, que continha farelos de rosca em sua barba.

Que nojo.

- Natalie, certo? - o baixinho perguntou.

- Me chame de Gabrielli, por favor - os corrijo. Natalie é para os íntimos, mais especificamente minha mulher.

- Certo, senhora Gabrielli, viemos aqui interrogar sobre a morte de -. Ele verifica a prancheta no qual carregava consigo - Kepler Gonzales.

Ouvir esse nome me causa náuseas, principalmente quando me lembro que tentou pôr aquelas mãos imundas em minha pequena.

Fiz questão de cortá-las.

- Há, sim, um funcionário com uma ficha duvidosa em minha empresa.

- O que a senhora estava fazendo por volta de 22:00 a 00:00 do dia 18 desse mês? - Agora o mais alto pergunta.

- Estava em minha casa, seu policial, o que mais poderia estar fazendo a essas horas? - pergunto calmamente.

- E qual era a sua relação com seu Gonzales? - o baixinho perguntou dessa vez.

- "Há ótimo, estão disputando para ver quem faz as perguntas mais idiotas nessa porra!?"

- Nossa relação era somente profissional, eu mandava e ele obedecia, sabem como esse lance de chefe e funcionário funciona, né? - Sorrio amigável para eles.

- E não haviam discutido nesses últimos tempos? Algo que a deixasse com raiva dele?

- "Havia muitas, uma em específico" - Pensei.

- Apenas discordâncias em assuntos profissionais.

- Então esse seria um motivo?

- Seu policial - levantei-me de minha cadeira e fui ao encontro à minha mesa de bebidas - Se a cada discordância que houvesse entre mim e meus funcionários eu os matasse, então essa empresa estaria vazia agora - levo o copo de whiskey em meus lábios, tomando o líquido em seguida.

- Desculpe pela inconveniência, Sra. Gabrielli, isso é tudo por hoje - O mais alto disse, e eu agradeci por isso.

Não suportava mais essas perguntas aleatórias, nem olhar para a sujeira no bigode do mais baixo, estava quase dando um pano para ele limpar.

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