° Capitulo 23 - Oque Poderia Dar Errado? °

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Depois de meses, eu voltei.

O capitulo esta meia boca, porque estou sem nenhuma criativadade, porém, não posso deixar a historia muito tempo parada.

Então me perdoem qualquer erro.

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- Qual o problema, Natalie? É só uma festa! - ela me olhou incrédula.

- Perdeu o respeito garota!? Faço-te recordar dele rapidinho. - se levantou da cadeira na qual sentava, ficava muito sexy nela... - Eu disse não! E ponto final.

Bufei

Estava tentando convencer a Natalie de me deixar ir a uma festa, estava ficando muito tempo trancafiada em casa, sentia falta das minhas saídas noturnas aleatórias.

- Mas vai ser divertido, por favor... - juntei as mãos em frente ao rosto. A qual é! Não é como se eu fosse ficar com alguém, ou fazer coisas ilícitas!

- Beatrix... - ela massageou as têmporas suspirando - Se você me pedir mais uma vez para ir à merda dessa festa, eu juro que vou te levar para aquele quarto novamente, e não irá gostar do resultado, eu te garanto - falou mantendo sua voz calma.

Todos sabemos que quando uma pessoa fala "calmamente", é porque está perto de perder a paciência, e a última coisa que eu quero é uma Natalie puta da vida. Suspiro derrotada.

- Você irá ficar em casa. Nada de festas e ponto final. - Dá seu veredito.

Cruzo os braços fazendo bico. Mas que merda! Não posso fazer nada de diferente, os dias estão ficando monótonos e sem graça, como se tivessem arrancado uma parte de minha essência, que seria a minha liberdade.

- Não fique assim meu amor - Me abraça mantendo minha cabeça pressionada em seu peito - Podemos sair juntas a qualquer dia, mas não por enquanto - segura meu rosto entre as mãos - Consegue me compreender?

Olhei no fundo, de seus olhos, eles me mostravam oque ela não mostrava: A sinceridade, algo que estava estampado nele.

- Sim - Falo em um sussurro.

- Então vamos tomar café, já são quase meio-dia e eu não estou a fim de fazer almoço - aceno em concordância.

Depois do nosso café da ''manhã'' harmonioso, Natalie foi para sua sala como de costume, e eu? Bom, eu fiquei na sala fazendo vários nadas. Até que por um instante me bateu uma vontade de me arrumar, me maquiar, de me sentir bonita, já que fazia um tempo que não fazia isso. Levantei do sofá com um proposito agora. Subi as escadas e caminhei até o ''nosso'' quarto. Abri a porta e fui em direção ao closet. Da última vez ela quase que compra o shopping inteiro, então oque não me faltava era opção de maquiagem, produtos e roupas.

Tomei um banho relaxante, lavei meus cabelos e depois os sequei deixando leves ondulações. Vesti um vestido curto vermelho, seu tecido era leve e cheio de brilhinhos, muito lindo. Em meus pés, um salto de tiras longas da cor bege, e voilà. Estava muito bonita, fazia tempo que não me arrumava dessa forma tão elegante.

Quando fui pegar minhas maquiagens, percebi que em cima do guarda-roupa havia uma caixa de primeiro socorros, e ao lado outra preta.

- ''Ótimo, quando eu precisei não achei essa caixa''

Preferi deixar de lado, afinal o meu histórico com caixas não era os dos melhores.

Ignorei e passei uma maquiagem leve, e quando falo leve, digo um delineado, rímel, e um batom vermelho, que cai entre nós, te deixa com um ar superior.

Me encarei no espelho. Não era novidade que minha autoestima era baixa, sofri muito em minha infância perturbada. Mas agora, eu sentia ser desejada de alguma forma, como se uma luz estivesse sendo acendida. Meus pensamentos foram para longe quando a porta do quarto foi aberta.

Natalie me encarava boquiaberta, seus olhos percorrendo meu corpo de uma forma que me desconcertava toda.

- Me dê um motivo para não te jogar nessa cama e foder com você o resto da tarde - falou mais para si mesma do que para mim.

- Oi? - me fiz de desentendida.

- Digo...- balança levemente a cabeça - Está linda meu amor.

Sorrio. Ela tinha seus defeitos, mas era boa quando se tratava de me elogiar, e fazia questão de os fazer toda hora.

- Obrigada.

- Mas posso saber o porquê dessa produção toda? - arqueia a sobrancelha.

- Eu apenas estava com vontade de me produzir, apenas isso - digo convicta.

- Tens certeza que é apenas isso? Nada relacionado a uma ''festa'' que almeja tanto em ir? - aproximava-se lentamente, como um leão aproxima-se de forma sorrateira de sua presa. E essa presa, era eu.

- Tenho toda a certeza do mundo - Na verdade, não tinha tanta certeza como havia falado.

Ela apenas assente. Sua respiração se misturava com a minha; podia ouvir seu coração palpitando de maneira acelerada. Seria eu a responsável por este ato?

- Acho bom - coloca uma mecha de meu cabelo atrás da orelha - Porque eu não pretendo te deixar ir - sussurrou docemente.

Naquela tarde, eu e a Natalie passamos o resto dela na cama. Não porque eu queria, mas, porque ela não me deixava sair nem para ir ao banheiro, ou beber água. É normal ela ficar carinhosa de repente, ou meio fogosa, aliás o fogo dela por mim nunca se apagava, e fazia eu me sentir, de certa forma, desejada.

Porem hoje não. Hoje ela estava um grude de pessoa.

Meus planos estavam de pé, sair escondido quando ela pegar no sono, como eu iria fazer isso? Ai já não sei.

Pensei por um momento, e me lembrei que algumas vezes ela me deu algo para dormir, ou meteu uma agulha em meu braço, arrepio só de pensar na sensação. Entretanto, não fazia a miníma ideia de onde ela guardava essas coisas.

- ''Pensa, pensa, pensa Beatrix.''

Se é remédio, deve ser em alguma caixa de remédios.

- ''obvio, sua burra'' - me xingo mentalmente.

De imediato a caixa de primeiros socorros veio a minha mente.

- ''Isso!''

Deve ser lá que ela guarda essas coisas, mas preciso verificar antes.

- Amor? - sai de meus devaneios quando ouvi sua voz - Oque tanto pensa? - senta ao meu lado no sofá.

Estava de noite. Iriamos para o quarto quando terminássemos de jantar, coisa essa que Natalie ainda estava preparando.

- Em como fico muito tempo entediada nesta casa - minto.

- Já conversamos sobre isso, Beatrix - me encara seria - Não tem nada que posso fazer por você neste momento.

- Talvez me desse mais liberdade, eu estou quase criando raízes nessa casa - ela bufa.

- Não quero entrar nessa questão agora - se levanta - Vem, vamos comer - me estende a mão, que trato de aceitar.

De uma coisa eu sei, eu vou sair esta noite, custe oque custar.

Afinal, oque poderia dar errado?

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Espero que tenham gostado.

Beijinhos, até mais...

Obsessive Onde histórias criam vida. Descubra agora