XXI - Não Precisa Mudar

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Olá, capítulo de sábado previamente adiantado por motivos de: eu não me aguento!

Devo confessar a vocês que assim... não estou na melhor das fases criativas (como já previamente argumentado no Acervo Deepfic, eu não sou adepta à escrita da felicidade rs), mas, de acordo com a Sarinha, minha musa inspiradora desse cap que insistiu por 30 dias e 30 noites para incluir ele como mídia carnavalesca, esse que vos escrevo está um dos melhores e mais bárbaros.

Mas provavelmente isso é puxa saquismo.

Beijos à Mia, que me ajudou a procurar esse screencap da Paula Terrare! Não, não pintei o cabelo dela de loiro. Finjam que está loiro!

E um beijão as queridas da Panelinha que sempre me cobram e ficam de pantana a semana toda esperando Doces Bárbaros (A HISTÓRIA, NÃO O GRUPO MUSICAL FODA!). Vocês são uns AMORES!

Bom, chega disso. Boa leitura!


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A tarde caía feito um viaduto. Foi assim que Elis cantou? Devia ser algo do tipo. O gin fazia a gente confundir as coisas, era verdade.


Minha primeira festa, evento, nomeiem como entenderem melhor, da Nero Gouveia, estava sendo muito boa, obrigada. Porque a festa consistia em dançar de forma desordenada ao lado de Alexandre, ou melhor, em sua frente, tal como um casal de calangos, ritmados, bêbados, parcialmente insatisfeitos com a galera da festa, mas entendidos, dentro da nossa felicidade plena.


Tibério nos filmava com os olhos endemoniados. Estava de cangaceiro, bonito, muito bonito. Ele era aguçante ao olhar, mas sinceramente, comparado ao mais velho, posto lado a lado... não era páreo, era incomparável.


Não se devia comparar Alexandre a homem nenhum, sendo justa com os outros.


Que me perdoem os outros, mas a beleza dele transpassava as questões estéticas. Inegavelmente, seu semblante era de choque puro - imaginem um homem lindo, olhos amendoados, corpo forte, braços fortes, a barba por fazer, mas uma imponência e carisma únicos. Carisma que variava dependendo do lugar e da hora, mutante como camaleão, passando da simpatia a antipatia em segundos, mas assumo... até seus cenhos de antipatia eram tentadores. Sem contar a inteligência, o saber entrar e sair de todos os lugares, a gentileza com todos os tipos de pessoas (boas, deve-se frisar).


Ganharia dias de vida só de descrever o quão apaixonante o homem que dançava comigo, acompanhado de um copo de Stella Artois meio cheio e um sorriso tímido dos lados, com o maior prazer do mundo. Passou a ser um dos meus passatempos preferidos.


- Tá no mundo da lua mesmo, hein, djaba? - ele falava, tentando soar engraçado o bastante para me arrancar da boca os risos esperados.


- Pensando que talvez tenha sido uma má ideia ter deixado você atender esse telefonema mais cedo. - me virei até encarar seu rosto, frente a frente. - a gente poderia ter pegado mais um dia no camarote. Ou ter ido num barzinho, numa pipoca... Sua madrasta não entende nada de festas de carnaval, meu véio.

Esotérico - Uma Doce e Bárbara Viagem.Onde histórias criam vida. Descubra agora