XXVI - A Linha e o Linho

3.6K 212 937
                                    

...


Quem não gostar de dedicatórias longas, caçe outra história pra ler, porque esse capítulo levou um BATALHÃO de mulheres na equipe de apoio para acontecer. Bora lá.

Primeiro, devo agradecer as vozes da minha cabeça que são atormentadas e claramente, doentes, doentíssimas. Segundo, peguei a sarna da Rafaela, de certo - fugindo do padrão de 3k-4k por capítulo, eis-me aqui com cerca de 6.7k de palavras, só de conteúdo. A vida é assim mesmo.

Devo, de imediato, agradecer a Camila, escritora de Erótica e minha diva pessoal por ter me ajudado nesse crossover apaixonante. A Cami foi uma das primeiras a ler o esboço de Doces Bárbaros, e fazer a história dela se cruzar na minha (LITERALMENTE) foi de uma doce eroticidade ÚNICA. DB X Erótica nasceu!

E também, ao empenho magnífico da Mia, que já virou o Doce de Doces Bárbaros, me deixando com a barbaridade, pela produção das mídias, mas essa que em especial eu estou namorando desde sua ideia e nascimento: A estante da Giovanna! Obrigada, Miazita!

As minhas redatoras da vez: Elô (virou fofoqueira de bairro dos meus docs), e as newbies Luana Cigana e Giulinha Barroca (agora, temporal), meu muitíssimo obrigada pelo surto preliminar. Eu menti pra vocês quando disse que iria deixar para o sábado, fiquei eufórica.

E uma cena em específico desse capítulo... dedico a Lila, pela tormenta CONSTANTE DE MIL ANOS PARA ESCREVER ESSE NEGÓCIO QUE LEVEI UMA FUCKING SEMANA PRA CONSEGUIR (!!!) e a Jufe, que foi mais educada, e pediu subliminarmente, para que isso ocorresse. Bom, rolou. Bem, boa leitura a todos. Estamos próximos do fim. Mas, c'est la vie!

...


"É a sua vida que eu quero bordar na minha

Como se eu fosse o pano e você fosse a linha

E a agulha do real nas mãos da fantasia

Fosse bordando ponto a ponto nosso dia-a-dia

E fosse aparecendo aos poucos nosso amor

Os nossos sentimentos loucos, nosso amor"

- A Linha e o Linho, tecida por Gilberto Gil no Hotel Meurice, em Paris (França), lançada pelo cantor e compositor baiano em seu álbum Extra, de 1983.





- Primeiro, antes de tudo... Por que você aparou sua barba? - questionei, entrando no condomínio, deixando-o observar tal como uma criança, apoiado na janela do carro, vislumbrado com a áurea carioca cara, mas completamente bem paga.


- Tu ia querer aquele meu visual homem das cavernas pra me apresentar pra suas amigas, pros seus pais? Acho que não.


Dei uma brecada no carro. Pais? Ele queria se apresentar para os meus pais?


Em que ano estamos, 1944?


- Alexandre, eu não entendi. - disse, estacionando o carro em minha vaga, levemente inebriada, e levemente arrependida em perguntar isso. - Você... quer ir até Cabo Frio conhecer meus pais?


- Eu não quero. - ele dizia, soltando o cinto de segurança do carro, tornando o barulho estridente de alerta mais alto no interior do carro. - Eu vou. É diferente isso de querer e ir.


Saiu do carro me arrancando um silêncio. Fui até o fundo ajudar ele com as malas, com o queixo aberto, plenamente cheio de dúvidas.


-Não acho que seja nec... - ele me interrompeu.


Esotérico - Uma Doce e Bárbara Viagem.Onde histórias criam vida. Descubra agora