IX - Elegia

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O quanto está sendo louco, saboroso e feliz planejar a escrita e a história de Doces Bárbaros na minha vida é algo realmente, inenarrável.
Agradeço demais a cada uma de vocês pelos elogios, agradecimentos e longos debates que tive sobre a história essa semana.

O de hoje é dedicado especialmente à Sarinha, e as meninas do Acervo Deep Fic que agora estão 100% barbarizadas.

Bom. Vou parar de arrodear. Já se foram 74 palavras.
Boa leitura! 🤍.

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Liberto-me ficando teu escravo - onde cai minha mão, meu selo gravo.

Esse seria o trecho perfeito para descrever aquele momento, perfeito.

Alexandre não me devorou os lábios de primeira.

Não, isso não. Estávamos muito entorpecidos de orgulho ali, havia o bendito trato sexista.

Havia também, uma noite que separasse, nossa primeira reunião de negócios.

Havia um abismo de vidas e um curto e sintético desejo de ser Elegia.

Topou-me as coxas com força, e dali, me vi puxada bruscamente pelo homem rudimentar, deslizando grosseiramente e deliciosamente para o seu colo, que já anunciava para mim uma perda trágica de decoro.

1x0, para Alexandre.

Me considerava totalmente perdida só em entrar em choque com seu corpo.

O vestido, ou melhor dito, o pedaço de roupa que eu usava, já subia o bastante em seu colo para mostrar coisas que moças de bem não mostram a rapazes como Alexandre. Dali não tive outra reação além de agarrar o rosto dele como se minha existência dependesse daquilo.

O fitava, totalmente pálida, mas fingindo controle total.

As mãos que agarravam o rosto, passavam a agarrar os cabelos. A língua, de forma atrevida, lambeu e beijou meu colo, da clavícula até o queixo.
Uau, eu diria.

Mas me mantinha forte, e isso se devia as doses de cachaça. Estava disposta a levar-lo a perdição plena.

Parou na aura de meus lábios, sinalizado por mim.

- Pede. - runhi, por entre os dentes, segurando-o pelos cabelos, rebeldes.

- Beijo que se preze não se pede. Se rouba. - ele rasgou, engolindo-me com os olhos redondos e vermelhos com o ato.

- Pede, Nero. - respondi a ignorância, rebolando minhas ancas com raiva em seu colo, despertando o pior e o melhor dos sexos. - pede pra mim, implora. Se não, não vai ter.

- Filha de uma puta... - ele arrancou uma mordida em meu ombro, furiosa e deliciosa. Estalou um tapa na minha bunda, cravando a mão nervosa na mesma, na tentativa de buscar um suspiro dos meus lábios.

Fui firme, segui firme. Não dei a ele o gostinho, mesmo que ele se esforçasse, e muito para aquilo.

Adequava sua palma a nudez predisposta no sofá, levantando-me, em seu colo, como se fosse a coisa mais fácil do mundo, como se eu fosse a mais leve do mundo.

Esotérico - Uma Doce e Bárbara Viagem.Onde histórias criam vida. Descubra agora