Ter uma banda com seus melhores amigos de infância sempre foi algo bom pra Lara, ainda mais quando suas músicas começaram a ser conhecidas mundialmente e levando Tokio Hotel para as mais diversas rádios.
Porém seus sonhos iam muito além disso, o...
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Chegamos no local onde iria ser a entrevista, que foi igual a todas as outras milhares que já fizemos. Perguntavam sobre os novos projetos, a vida pessoal e faziam algumas brincadeiras com a gente. Porém uma pergunta em especial me pegou de surpresa.
— Lara, ficamos sabendo que você tá investindo em uma carreira de modelo e que até tirou fotos pra uma revista que vai sair amanhã. O que tem pra falar sobre isso? — pergunta a apresentadora.
— Acho que como ainda está tudo muito no começo não tenho muitas coisas pra dizer, só que eu realmente estou na torcida pra que de certo! — respondo simpática.
— Você acha que isso vai influenciar na sua participação na banda? — tento não transparecer a cara ruim que eu irá fazer. Sério? De novo esse assunto...
— Hãm... eu espero que não, mas não posso confirmar nada! — sinto olhares nas minhas costas e eu sabia que se tratava dos quatro meninos juntos só pelo peso depositado atrás de mim.
— O que vocês, meninos, acham sobre isso? — ela pergunta e um silêncio ensurdecedor permanece até Gustav finalmente falar algo.
— Acho que posso falar por todos nós que estamos torcendo muito para que de tudo certo com o nosso chaveirinho! — ele diz e me olha com ternura enquanto a plateia faz um "ohh" fofo em resposta. Como eu te amo Gustav!!!
— É, com certeza! — Bill concorda mesmo que eu conseguisse ver em seus olhos que ele tinha mais coisa pra falar.
A entrevista foi passando, mas minha mente estava focado apenas no que iria vir acontecer depois dela. Sorrio o máximo que posso e respondo as perguntas que eram dirigidas a mim com tranquilidade, mesmo estando quase me corroendo por dentro.
O caminho do hotel foi um pouco diferente, com os gêmeos mais quietos que o normal. Tom e Bill sentaram um do lado do outro na minha frente e me deixaram sozinha no banco de traz.
Quando saímos da van cada um foi diretamente pro seu quarto, e eu como dividia o meu com Bill, fiquei sentada na minha cama e ele na dele sem dizer absolutamente nada. Por um momento pareceu que o quarto tinha se transformado em uma grande quadra de futebol e estávamos um em cada ponta, completamente distantes.
— Bibil?... — chamo o garoto que me olha — preciso conversar com você!
— Eu sei exatamente o que você quer dizer. — ele tinha um olhar distante como se estivesse perdido em seus próprios pensamentos — Eu sempre soube na verdade...
— Sinto muito por ter te dado esperanças... acho que eu também estava tentando acreditar que algo poderia mudar. — me levanto e me sento em sua cama ao seu lado, mas quando tento tocar em sua mão ele recua.
— Eu preciso te perguntar isso! Pensou em Tom quando estávamos juntos aqui? — seus olhos encararam os meus arrancando um pedaço do meu coração.
— Não! Claro que não! Como você pode pensar isso? — respondo rapidamente e ele pisca fechando os olhos de vez e inclinando a cabeça pra trás.
— Eu só... espero que ele te ame tanto como eu poderia amar você. — ele fala e logo solta um suspiro. Abrindo os olhos ele chega perto de mim e me abraça — Eu sempre vou estar aqui pra tudo que você precisar, lembra disso tá?
— Eu sei disso, eu também sempre vou estar aqui pra você! Tenho certeza que a pessoa que você amar um dia terá uma grande sorte! — seus olhos me encaram novamente e percebo exatamente o que ele queria dizer. Eu teria grande sorte...
— Acho que você precisa falar com outra pessoa agora. — ele da um sorriso sem graça e eu concordo com a cabeça.
Saindo do quarto vou em direção ao de Tom. Bato na porta e demora uns minutos até alguém abrir. Uma garota loira sorri gentilmente, porém ao invés de me dar espaço pra entrar ela apenas passa por mim e sai do quarto. Encaro a porta aberta pensando se eu realmente deveria entrar, mas sem esperar muito entro e fecho a porta.
— Tom? — Falo e quando finalmente o vejo tenho a cena do garoto sentado em sua cama sem camisa mexendo em sua própria calça. — Momento errado?
— Completamente errado — ele solta um sorriso mas logo se vira pra mim — Pode falar.
— Tem alguma coisa haver com a garota que saiu correndo quando eu cheguei? — ele desvia o olhar encarando o chão enquanto coça o pescoço. Ele tá nervoso!
— Pelo visto a primeira vez que Tom kaulitz não consegue fazer alguma coisa finalmente chegou. — seguro a risada pra não piorar ainda mais a nossa situação.
— Seu amiguinho não subiu é? — provoco o garoto que apenas me olha feio.
— Sério que você quer falar sobre isso? — resmunga e eu solto uma risadinha, mas logo paro quando ele me encara sem graça.
— É, tem razão. Eu não vim aqui pra isso! — caminho até sua cama e sento de pernas cursadas, de frente pra ele que permaneceu na mesma posição.
— Hãm... eu não sei bem como falar isso. — ele levanta uma das sobrancelhas — Acho que pode ter chances de eu ter sentimentos por você. — falo sem enrolação.
Tom não diz nada, apenas continua me olhando e percebo que um sorrisinho maroto vai crescendo em seu rosto.
— É, eu já sabia disso, sabe?! Eu meio que tenho esse efeito nas garotas. — fala sorrindo, me fazendo rir.
— Kaulitz, você usou usou drogas?. — ele ri ainda mais da minha fala e eu o acompanho. O que tá acontecendo aqui? — Acabei de dizer que gosto de você.
— Não, não usei nada. So tô feliz, eu acho... — ele para de rir e me encara apenas com um sorriso leve. — Então a minha princesa está apaixonadinha por mim?
— Eu não iria tão longe assim... - seu sorriso cresce ainda mais e seus olhos soltam pequenas faíscas, que só percebo por viver vidrada nele.
— Echo que me contento com um "gostando" — ele se vira novamente e seu sorriso da uma diminuída — Mas e o Bill?
— Já conversei com ele. Ele é incrível e tenho certeza que é um ótimo namorado, mas pra mim, ele é melhor como amigo. — ele concorda com a cabeça e eu aproveito pra me me aproximar um pouco mais. — Agora que você já sabe... que tal a gente... sei lá, fazer alguma coisa?
— Agora? — seus olhos me encaram com uma surpresa nítida.
— Não kaulitz, semana que vem, que tal? — ele revira os olhos enquanto eu solto uma risada — Óbvio que agora né! — ele não fala nada e apenas me puxa pro seu colo.
— Tá, eu já estou sem camisa... agora é a sua vez. — vejo o rosto de Tom mudar pra algo completamente malicioso e ele põem as duas mãos pra trás apoiando seu corpo na cama, apenas me observando tirar a blusa.
Meu jesus amado... graças a Deus que minha pressão é boa!
