Colombia - Riohacha
── Vamos Diamante, levante. ── Tio Mariano fala pra mim que estava caída por conta da rasteira que acabei de levar. ── Você é uma lutadora ou não? ── Fala e eu me levanto voltando a luta dou um soco nele que o faz bambear para trás. Me aproveito do momento e dou uma rasteira nele. ── Isso, essa é minha lutadora. ── Diz me abraçando e eu sorrio.
── Tio Mariano eu tenho que parar por hoje. ── Falo bebendo um pouco de água. ── Eu tenho que ir trabalhar.
── O Demétrio colocou você para trabalhar de novo? ── Pergunta incrédulo e eu assinto. ── Esse vagabundo não tem noção mesmo. ── Fala e sai andando em direção a minha casa que não ficava tão longe da oficina onde estávamos, corri atrás dele pra ver o que faria. ── Demétrio seu vagabundo viciado, colocou de novo a minha sobrinha pra trabalhar.
── Ela já tem quatorze anos, tem que ajudar em alguma coisa. ── Meu pai fala caído no chão com uma garrafa de cerveja nas mãos.
── Ela é uma criança seu idiota, está na idade de estudar e brincar. ── Meu tio fala o puxando pelo colarinho. ── Você que devia estar trabalhando.
── Mariano solta ele. ── Minha mãe fala saindo da cozinha.
── Fique fora disso, Rosa. ── Meu tio fala. ── Isso é entre o vagabundo do meu irmão e eu.
── Você fala que eu sou vagabundo, mas não sou eu que estou com dívida com o Barão. ── Meu pai fala e vejo minha me engolir seco quando escuta o nome desse tal Barão. ── Barão está pagando uma nota pela sua cabeça.
── Com ele eu me resolvo depois. ── Meu tio fala. ── Você não pode colocar a Dia para trabalhar em um bar cheio de homens.
── Ela sabe se virar, sabe lutar e tudo.
── Vou denunciá-lo ao conselho tutelar. ── Meu tio fala saindo, mas antes vem até mim. ── Não se preocupe minha Diamante, você não vai ter que trabalhar naquele bar sujo mais.
── Mariano por favor não faça isso. ── Minha mãe pede.
── Lamento Rosa, mas eu tenho que fazer isso. Não é justo com a Dia ter que viver a mercê de um viciado, você que escolheu esa vida não ela.
A noite quando fui levar uma vasilha de sopa o meu tio estava morto. Tenho quase certeza que meu pai entregou ele para o Barão. Naquele momento eu senti tanta raiva, comecei a quebrar tudo ao meu redor enquanto olhava pro corpo do meu tio já sem vida no chão. Eu acho a morte tão injusta, leva as pessoas boas e deixa às ruins.
Seis anos depois...
── Vai Diamonique. ── Um dos poucos homens que torcia por mim.
Eu prometi ao meu tio que só usaria o que ele me ensinou se fosse por necessidade, ele sempre me dizia que a luta antes de tudo era arte.
E agora eu estou em um bar sujo usufruindo dessa arte, lutando com homens bebados em troca de dinheiro. Não sei porque mais para esse homens, conseguir me derrubar é um grande feito. Como se eles fossem virar menos homens por apanhar de uma mulher, e eu fosse menos mulher por bater neles.
── Ela ganhou de novo. ── Um homem fala.
── Ganhei. Agora me deem meu dinheiro. ── Eles me entregam algumas notas.
Esse dinheiro não dá pra quase nada mas já ajuda em alguma coisa. O dinheiro do bar é muito pouco e meu pai ainda rouba o que sobra pra comprar cerveja e droga.
Já estou farta dele.
Quantas vezes já falei pra minha mãe para irmos embora daqui, mas ela tem medo. Eu já falei que eu vou proteger ela mas quem disse que ela escuta. Esse medo está fazendo ela desperdiçar a vida toda ao lado de um bêbado.
Só queria saber do que ela tem tanto medo.
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𝗛𝗢𝗧 𝗟𝗢𝗩𝗘
Fanfiction[Fanfic Tokio Hotel] [Tom Kaulitz] [+16] Onde por acaso os caminhos de Tom Kaulitz um guitarrista famoso, se cruzam com os de Diamonique Sanchez uma lutadora que acabou de chegar da Colômbia. Um sequestro muito estranho, segredos e mentiras inesper...