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Alemanha - Lipsía

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Alemanha - Lipsía

Já faz uma semana trabalhando e estudando e vou falar, está sendo mais cansativo do que imaginei. É claro que eu sabia que não seria fácil mas porra tá difícil pra caramba.

A dona Angela parou um pouco de falar aquelas coisas depois daquela ligação, e eu continuo preocupada com minha mãe que não atende nenhuma das minhas ligações, se meu pai fez algo a ela eu juro que termino de fazer o que eu devia ter feito aquele dia.

Estou agora a caminho do ponto de ônibus pra ir trabalhar. Vejo Flora sentada  no ponto de ônibus com uma carinha de sono, acredito que ela deve estar indo para escola

── Bom dia, Flora. ── Falo sorrindo pra menina.

── Bom dia, Dia. ── Fala me abraçando ── Está gostando da Alemanha?

── Não tive muito tempo pra conhecer na verdade. ── Falo ── Mas o pouco que eu tenho visto é maravilhoso.

── Se quiser eu posso sair com você, quando eu voltar da casa da minha mãe. ── Fala e eu sorrio com o gesto da garota. ── Eu sei que a minha companhia não é a melhor do mundo, mas eu posso ser sua amiga temporária. Até você achar uma melhor.

── Que isso Flora? ── Falo sentando ao lado dela. ── Quem fica falando que a sua companhia é ruim?

── Todos. ── Fala sem ligar muito. ── Meu pai principalmente. Ele vive falando que só me vê porque o juiz obrigou ele. ── Diz levando. ── Até mais Dia, semana que vem eu volto. 

Fiquei pensando no que Flora disse e certa forma acabei vendo minha eu mais nova nela.

Quando eu era criança meu pai me apelidou de inconveniente e toda vez que eu chegava da escola ele gritava " a inconveniente chegou, saiam de perto."  Mesmo não querendo aquilo me doía muito e doía ainda mais ver que minha mãe não fazia nada além de me olhar com pena.

Afasto essas lembranças e dou sinal para o meu ônibus que passava.

── Bom dia. ── Falo entrando na cede onde ficava as coisas dos seguranças.

── Bom dia, Diamonique. ── Ricardo fala parando ao meu lado. ── Está ainda mais bonita hoje. ── Fala e eu reviro os olhos. ── Não quer almoçar comigo?

── Olha Ricardo, nós trabalhamos juntos e temos que conviver por bastante tempo no mesmo ambiente. ── Falo calma ── Então não torne essa convivência insuportável. ── Bato o armário e saio de lá indo até o meu posto.

Eu não tenho nada contra o Ricardo ele até me parece ser um cara legal, mas eu não estou disposta a me relacionar com alguém agora. Não estou nem me aturando que dirá aturando homem, outra que ele dá em cima de todas atendentes desse shopping e se tem uma coisa que eu odeio é homem mulherengo.

Até porque um homem que quer todas não merece nenhuma.

Reparei uma movimentação estranha no shopping e me aproximei pra ver. Era um  menino daquela a banda que a Flora gosta, o trançadinho. Ele estava cercado seguranças que estavam distraídos.

Tão distraídos que nem perceberam os dois homens que estão seguindo eles. Vou atrás deles me afastando um pouco do meu posto e vejo um dos homens que os seguia puxar o garoto pelo casaco e colocando a arma em sua cabeça.

── NINGUÉM SE MECHE, NINGUÉM SE MECHE SE NAO EU ATIRO. ── O homem grita chamando atenção de todo o shopping. ── Eu vou levar o menino e vou entrar em contato pra pedir resgate. Soltem as armas.

Só por anunciar o sequestro eu percebi que ele não tinha o mínimo de experiência no que fazia, sem contar que o jeito que ele está segurando a arma é muito fácil de puxar.

── NÃO ATIRA NO GAROTO. ── Um seguranca implora largando a arma no chão.

Fala sério, um bandinho sem experiência está assustando um segurança profissional daquele tamanho.

Eu estava bem atrás do homem que segurava o menino, pude reparar que o menino estava muito calma com toda aquela situação.

Será que esta chapado?

Dou uma rasteira no homem que acaba caindo em cima do menino fazendo a arma voar para longe. Nessa o outro que estava parado até o momento vem pra cima de mim que não precisei de muito esforço para derrubá-lo. Apenas um soco e ele já estava no chão, o outro homem levantou pegandoa arma chão e colocando na cabeça do garoto de novo.

── Se afasta ou eu atiro, boneca. ── O homem diz rindo.

── Atira. ── Falo plena e todos me encaram. ── Atira agora.

── Não escuta ela ── Um covarde metido a machão grita. ── Essa mulher é louca nem entende de nad-

── Cala boca. ── Grito olhando do pro homem e chutando a cara do outro que já ia levantar. ── Atira.── Grito e o homem me encara e puxa o gatilho que não dispara.

O idiota confundiu a arma dele com a do comparça que estava descarregada. Fui pra cima dele que tentou correr mas au o puxei pela camisa expremi ele contra um dos pilares do shopping.

── Covardão. ── Falo pro homem que me chamou de maluca e o menino me olha sorrindo.

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