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Colômbia - Riohacha

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Colômbia - Riohacha

Assim que chegamos na cidade de Dia, fomos pra um hotel simples passar a noite já que eram quase quatro da manhã. Não sei porque mais eu tenho a impressão que Diamonique não está me contando toda verdade.

── Vocês vão querer um quarto com uma cama ou duas. ── A mulher pergunta

── Uma. ── Falo e Dia me olha negando ── É só uma noite.

Terminei de pagar e subimos pro quarto. Tudo aqui nessa cidade era estranhamente desigual, uma parte era linda, cheia de lugares iluminados e turistas passeando já a outra era bem simples, com crianças pedindo dinheiro pelas ruas e pessoas totalmente jogadas pelas esquinas.

A desigualdade social é uma coisa absurda. Nessas horas que eu me pergunto, onde está o governo que não consegue enxergar essas pessoas?

── Gostou da vista? ── Dia fala pra mim que estava olhando a janela que dava pra uma favelinha ── É adorável não é?

── Com certeza.  ── Falo rindo das ironias da mulher ── A segunda melhor vista do mundo.

── Qual a primeira?

── Uma que eu nunca vi, mas envolve você. ── Falo e ela sorri

── Você vai dormir no chão. ── Ela diz mexendo na mala ── Ninguém mandou querer o quarto de uma cama.

── Para de charme que você não me deixaria dormir no chão.

── Deixaria sim. ── Ela diz entrando no banheiro, não demorou muito e escutei o chuveiro ligar ── Tinha me esquecido como os chuveiros daqui são ruins. ── Ela fala do banheiro e depois de um tempo sai com um pijama preto ── Vai tomar banho, Kaulitz.

── Você adora me mandar não é Diamante? ── Falo entrando pro banheiro

── E você não vive sem me obedecer.

Tomei meu banho e voltei pro quarto, Dia já estava deitada na cama virada pro canto da parede e eu deitei ao lado dela.

── Obrigada por vir comigo. ── Ela sussurra quase pegando no sono ── Eu queria que a gente pudesse ter algo...

── Por mim a gente já tem algo. ── Falo penteando os cabelos dela com os dedos ── Eu gosto de você de verdade, minha lutadora. ── Falo e adormeço ali.

── Bom dia. ── Diamonique diz assim que eu abro os olhos ── Levanta logo Tom que a gente tem muita coisa pra fazer.

── Espera mais cinco minutos.

── Se quiser ficar por aí fica. ── Ela diz ajeitando o cabelo ── Eu vou lá em casa atrás do Demétrio.

── Diamonique vem cá. ── Chamo a garota que me olha desconfiada e senta na beira da cama ── Pra mim te ajudar eu preciso que você me conte a verdade, toda a verdade.

── Tom eu não sei se eu posso. ── Ela diz ── Você vai me odiar.

── Eu prometo que não vou. ── Falo ── Me conta Dia, eu preciso saber onde estou me metendo.

── Se eu te contar você vai correr mais perigo.

── Eu não me importo.

── Mas eu sim. ── Ela diz levantando da cama ── Pra eu te contar você tem que prometer que não vai agir no impulso e não vai fazer nada escondido de mim. ── Ela diz séria e eu fico quieto ── Promete Tom?

── Eu prometo.

── Então tá. ── Dia começou a me explicar tudo desde o início, quando ela ainda era criança. Falou de como o pai dela a tratava e tudo que ele fez pra ela e pra mãe dela. Eu senti tanto ódio e nojo desse homem, eu já queria matá-lo antes mesmo de conhecê-lo. Ela me falou do tio dela com brilho nos olhos contou como admirava ele e como ele foi importante na vida dela. Falou de como ele morreu de forma totalmente injusta e cruel. ── E foi isso. Eu te contei todos os meus traumas e medos.

── Vem cá. ── Falo abraçando a garota que ficou totalmente sensível em tocar em todos aqueles assuntos.

── Tom e tem mais uma coisa. ── Ela diz me olhando ── Eu acho que foi meu pai que tentou te sequestrar, só não sei o porque.


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