capítulo cinco.

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Dois meses depois
Selina Peverell.


- Pelúcio, pare agora!

Me faltava ar enquanto eu corria.
Era apenas o meu segundo mês dando aula e eu já estava correndo desesperante e a plenos pulmões pelos corredores do castelo.

A alguns dias eu planejei dar uma aula sobre Pelúcios, e estava correndo tudo como planejado, como de costume nas aulas em que trago criaturas.
Eu sempre as deixo sobre a devida vigilância e garanto que elas não vão fugir, mas dessa vez, por um descuido meu, de subestimar a esperteza da criatura, estava correndo atrás do pelúcio pelos corredores.

Selina - Pelúcio, pare imediatamente!

Gritei enquanto corria apressadamente atrás dele, mas ele se quer olhava para trás.

Selina virou o corredor junto com o Pelúcio,
Ela estava quase o alcançando, estava tão perto que estava levantando suas mãos para agarra-lo.
O pequeno Pelúcio parou abruptamente, Selina iria fazer o mesmo mas não desacelerou a tempo.
Ela se choca em algo extremamente duro.
Ou melhor dizendo, alguém, um pequeno grito involuntário escapa da boca da garota e antes que ela perceba, tanto ela quanto Severo estão caídos no chão duro do corredor, Severo estava caído, se apoiando apenas nos cotovelos e Selina estava encima dele.
Selina mal tem tempo para avaliar a situação quando Snape começa a esbravejar.

Severo - sua insolente!
você não olha por onde anda ?
Afinal porque diabos você está correndo ?

Ele está prestes a se separar dela, quando Selina escuta um resmungo.
O Pelúcio estava entre os dois.

Selina - não! Não se mova, por favor!

Snape a estava encarando com raiva e confusão, ele estava prestes a esbravejar novamente quando a garota move as mãos dela lentamente até o meio deles, agarrando o Pelúcio, quando teve certeza de que o estava segurando com firmeza ela olhou para os olhos do grande homem abaixo dela com timidez.

Selina - mil perdões professor Snape, não o foi minha intenção esbarrar em você, e que o meu Pelúcio fugiu do aquário é-

Ele olhava para ela com tanta desaprovação que a fez ficar cada vez mas constrangida, ele então não esperou que ela tomasse atitude e ele mesmo a fez, ele se afastou da garota ficando de pé.

Severo - tome mais cuidado, garota burra.

Eu estava completamente vermelha e envergonhada, eu estava apertando o Pelúcio em meus braços com tanta força que ele começou a tossir.
Severo fixou os olhos na criatura nos braços da garota enquanto ajeitava suas vestes e em seguida olhou para os olhos dela, apenas para ter certeza que ela estava ciente do quão zangado ele estava e marchou para onde quer que ele estava indo antes.




[...]

Eu voltei para a sala de aula e consegui dar a aula.
Certificando-me de que dessa vez o aquário estava realmente bem fechado e que o Pelúcio não fosse tentar abri-lo.
A aula correu bem, o dia foi tranquilo.
Eu quase esqueci que tinha trombado com Severo.
Mentira, não passei nem perto de esquecer.
Não sei porquê mas eu ficava lembrando disso a todo momento, eu apenas me esbarrei com ele, isso não era grande coisa, por que eu não conseguia parar de pensar nisso ?

[...]

Selina - Ele me odeia.

Eu digo para a mulher que me encarava com um sorriso ladino.

Minerva - ele não te odeia, Severo é assim desde sempre, esse jeito grosso e característico dele

Eu Minerva e Sprout estamos bem próximas.
Nós aproximamos bastante nesses últimos dois meses, estamos fazendo quase tudo juntas agora.
Elas estão sempre no meu quarto, ou estamos no quarto da Minerva.
Sempre nos juntamos, principalmente nos finais de semana.
Sprout disse que nunca imaginou fazer um dia fazer amizade com Minerva, e que eu fui o puta-pé inicial para que uma grande amizade começasse.
Eu fiquei feliz com isso, e mas feliz ainda por sempre ter companhia, eu iria me sentir tão solitária nesse imenso castelo sem amigos.
Mas eu tenho as duas, elas são compressivas e carinhosas, elas não eram simples colegas de trabalho, elas eram realmente minhas amigas.
Gosto de falar que a Minerva e o meu lado racional e Sprout e o irracional, quando a vi pela primeira vez com seus cachos grisalhos e seu sorriso gentil eu já mais a imaginaria fazendo piadas descaradas com duplo sentido.

Sprout estava cutucando a planta solitária no quarto de Minerva, ela sempre ameaça levá-la embora pois Minerva sempre esquece de colocar água pra ela, A mesma apenas ignora e se certifica se a planta ainda está no lugar quando Sprout vai embora.

Sprout - Ele deve ter ficado envergonhado, não e sempre que mulheres bonitas caem encima das pessoas assim.

Diz ela mostrando uma folha seca para Minerva como se estivesse a repreendendo por isso e Minerva apenas começa a piscar várias vezes como uma criança que foi pega mentindo.

Minerva - realmente, ele pode ter ficado desconcertado, Severo pode parecer grosso, mas ele também e um homem muito tímido

Selina - tímido ? 

Eu suspiro olhando para as mulheres.

Selina - eu gostaria de conhecê-lo, saber quem ele realmente é, eu não aceito que ele e apenas essa muralha fria e grossa que mostra pra todos, até Severo Snape deve ter um lado sensível.

Sprout me encarava com um sorriso sujestivo.

Sprout - Afinal, por que você está tão interessada no Severo ? Tem algo a mais que não está nos contando ?

Ela fez um bom questionamento.
Por que diabos eu estava interessada nele ? 

Minerva - não vai me dizer que está interessada no Severo, está!??

Selina - Ah meu Merlin, mas é claro que não!

As mulheres começaram a rir e fazer piadas.
Nem todo o meu constrangimento e as negações as fizeram parar.
Sprout estava me chamando de senhora Snape.
Isso me deixou mais desconcertada do que ter esbarrado nele mais cedo.
Mas apesar de todas as brincadeiras, o questionamento e a curiosidade ficaram.

Porque eu estou interessada em conhecer você,
Severo Snape?

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