Ready to Run

Capítulo 41

" O que há de errado??" –Pergunto ao motorista, mas nitidamente posso ouvir o som de sirenes de ambulâncias e da policia.

" Acho que ouve algum acidente logo mais a frente, está tudo congestionado, a senhorita quer que eu der a volta e vá por outra direção??" –O motorista me diz.

" É o melhor, só quero chegar logo em casa, por favor." –Respondo-lhe.

Ele assente e faz a curva com o carro, antes de continuarmos seguindo, coloco minha cabeça fora da janela, e olho em direção ao acidente, há monte de carros à volta e muitas pessoas também, a ambulância ainda está no local, e os paramédicos estão prestando os primeiros socorros à vítima, e dessa forma pedem que as pessoas se afastem e lhes der espaço, e só assim consigo ver o carro que se envolveu no acidente, oh meu Deus, NÃOOOOOOO, meu coração acelera rapidamente com a familiaridade daquele carro.

" PARA O CARRO." –Grito. 

Mal ele para o carro, destravo a porta e saio as pressas, esse dia está sendo o mais longo e pior de todos, a dor e desespero me atormentam a medida que me aproximo mais, literalmente estou correndo com o intuito de chegar mais rápido, e quando chego, sou impedida de chegar próximo da vítima, estou em choque quando encontro o meu anjo deitado sobre uma marca com hematomas e sangue presente em seu corpo, ele está inconsciente, porque ele?? Meu mundo está em ruinas, e não há uma luz no final do túnel, está tudo em plena escuridão, como o Niall se envolveu nesse acidente??

Tudo isso que está acontecendo é minha culpa, foi preciso esse a acidente vim a torna pra eu ver o quão egoísta e mesquinha fui em relação a nós dois, eu jamais deveria duvidar do seu amor por mim, quantas vezes mais ele precisa provar que me ama?? De tantas formas ele já me provou, e eu estou aqui sendo a pior das pessoas, como pude ser tão cega?? Como pude duvidar dele?? Não há lógica. Quando eu mais precisei ele estava lá pra mim, apoiando-me de todas as maneiras, sempre, ele nunca me deixou sozinha, e o que eu fiz?? Eu fiz a pior de todas as coisas possíveis o abandonei, deixei-o sozinho, como será daqui pra frente??

" Ele está bem?? Por favor me responde." –Praticamente imploro a um paramédico.

" Não, mas acredito que vai ficar, ele ainda está inconsciente devido a forte pancada na cabeça,  já prestamos os primeiros socorros, por isso temos que leva-lo imediatamente para o Hospital." -O paramédico me informa.

Não consigo lhe responder, apenas assinto em forma de um sim, e em seguida entro na ambulância com eles, é o mínimo que posso fazer, eu jamais me perdoaria se algo lhe acontecesse, ainda mais sabendo que a culpa disso é minha, eu não conseguiria conviver com a culpa me atormentando a todo instante, e isso está  sendo demasiado pra mim, não tenho forças, mas por ele se precisar eu serei a mais forte possível, minha consciência só piora toda essa situação que estou enfrentando, alegando as várias possibilidades que existem do Niall jamais me perdoar, ou até mesmo de  não me querer outra vez ao seu lado, por ele eu serei capaz de tudo, só o que quero é está com ele, o caminho até o Hospital parece o mais longo que já tive que percorrer, a todo instante estou do seu lado, segurando sua mão.

 Rezo a Deus que  nada de grave lhe aconteça, nunca pensei  que algo assim pudesse acontecer, mas a pergunta que não me deixa em paz, porque ele estava dirigindo por aqui?? Sendo que sua casa possui um rumo diferente, não, agora eu vejo o porquê, e isso faz o punhal que está cravado no meu peito afundar mais, ele estava a minha procura, só pode ser isso, já que do local do acidente é próximo do meu apartamento.

Saio dos meus pensamentos com o toque de alguém no meu ombro.

"  Aqui está o celular da vitima, ele é parente seu??" –Pergunta-me um paramédico.

" Ah, obrigada, sim somos namorados, pelo menos éramos até hoje mais cedo." –Respondo.

" Entendo." –Ele fala.

Pego o celular em minhas mãos e toco na tela, e há uma ligação perdida, estranho não há um nome correspondente ao número, existe apenas uma letra *M*. A ligação foi de poucos minutos atrás, provavelmente na hora  que ocorreu o acidente.

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Mary