só um dia dos namorados e um capítulo lindo clarena em vai na fé mesmo pra me fazerem postar duas vezes em um dia só!!
claro, precisava trazer essa temática com as namoradinhas do Brasil - que beijam e se amam por telepatia. espero que vocês gostem e feliz dia dos namorados!!!!!
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- Fala sério...
- Helena, por favor.
- Clara, eu vou pular desse carro em movimento. Tô falando sério – Clara nem se move com a marca infundada, os olhos ainda fixos na estrada a sua frente – Você tá afim de perder a namorada no dia dos namorados?
- Nós já estamos chegando, apressada.
Helena suspira, uma mecha do cabelo castanho voando pelo ar quente que sai pelos lábios.
- Essa não é uma informação boa o suficiente – diz Helena, cruzando os braços como uma criança birrenta – Me diz, vai...
- Você vai esperar.
- Por favorzinho, amorzinho – a voz manhosa escorre pelos ouvidos de Clara, assim como a mão esquerda de Helena escorrega pela parte interna de sua coxa. A Albuquerque morde a língua para conter o suspiro surpreso pela ação inesperada – Para onde estamos indo, Clara?
- Helena, recolhe a mão. Agora mesmo, sua safada! – mas Helena não obedece.
- Achei que você gostasse dos meus carinhos – solta, o tom de voz cheio de desejo enquanto o indicador brincava com o zíper da calça de Clara, que tinha a face vermelha de tanto segurar a respiração – E então, Clarinha?
- Isso é jogo sujo, você sabe.
Helena encolhe os ombros, fazendo pouco caso daquilo.
- Mas eu nunca disse que jogava limpo.
Os lábios de Helena estavam a meio caminho da nuca da namorada, quando Clara virou abruptamente em uma curva fechada, fazendo a Personal cair sentada mais uma vez no estofado do banco do passageiro.
- Amor!
- Por isso que eu nunca digo quando vou fazer uma surpresa pra você, sabia? Você é muito impaciente, por Deus – Clara provoca, soltando a risada pelo nariz.
- Mas essa é uma surpresa de dia dos namorados. Eu posso saber antes de chegarmos.
- Aí não seria surpresa, sua boba. Você concorda comigo? – tudo que Helena faz é emburrar, afundando ainda mais no banco. Clara estende a mão para lhe segurar o joelho – Aguenta firme aí, criança. Estamos perto.
Porém, a raiva da Personal não durou dois minutos, já que quando viu uma montanha russa ao longe, apontou sorridente para Clara, dizendo que deveriam visitar um parque daqueles qualquer dia desses. Cinco minutos depois, as duas já riam juntas, cantando baixinho a música que tocava no rádio, quando Clara virou a última esquina, elevando o ticket amarelo em direção à moça ao lado do portão de entrada. Helena cerrou os olhos para tentar ler o que estava escrito na blusa dela, mas não conseguiu.
- Tudo certo? – Clara questionou quando a devolução do cartão foi feita pela moça.
- Tudo ok. Fila 24, Oeste. Bom filme para vocês – diz, sorridente.
Clara sequer precisava virar o rosto para ver os olhos da namorada se acendendo pela fala da moça.
- Obrigada – diz Clara, ligando o carro para colocá-lo para dentro do extenso gramado podado.
