Capítulo 08

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Minha casa ficava a duas ruas abaixo da de Alexandru, era um bairro mais pobre onde as casas eram todas iguais e poucas haviam passado por reforma deixando a frente desgastada, assim que cheguei perto da minha percebi um carro preto parado na fren...

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Minha casa ficava a duas ruas abaixo da de Alexandru, era um bairro mais pobre onde as casas eram todas iguais e poucas haviam passado por reforma deixando a frente desgastada, assim que cheguei perto da minha percebi um carro preto parado na frente do outro lado da rua estava duas vizinhas olhando para minha casa com feições assustadas entre burburinhos, assim que me viram aproximando voltaram para suas casas quase que tropeçando nos pequenos vasos perto da cerca, apertei a bolsa e parei duas casas abaixo da minha olhando para a porta aberta, o silêncio se prolongou apenas por mais dez segundos até algo se quebrar e antes que eu pudesse dar passos até minha casa dois homens saíram e em berros deixaram um recado para que todo o bairro pudesse escutar:

— É seu último aviso, Lucian, você me paga ou você e sua mulher vão parar a sete palmos do chão! — Meus olhos focaram nos dois homens descendo os poucos degraus de entrada antes que pudesse entrar na casa o maior chutou a estátua de gnomo que estava perto da portinhola, meus pés ficaram bem presos no chão enquanto meus olhos seguiam o carro preto saiu cantando pneu pela rua.

Meu coração estava agitado ao mesmo tempo que minha mente repassava as palavras gritadas pelos dois homens, sai do meu transe apenas quando senti minhas unhas cortarem minha pele, obriguei meus pés trabalharem andando em passos rápido até entrar na minha casa apenas para ver tudo destruído, o aparador que ficava no pequeno hall estava com o vidro destruído, com cuidado ouvido os cacos de vidro estalarem na medida que andava seguindo o rastros de destruição, quando cheguei à sala tudo não estava diferente, os móveis estavam revirados a televisão quebrada, os travesseiros todos rasgados nosso sofá estava virado de cabeça para baixo, meus olhos rodam o lugar tentando mensurar a nossa perda, quando ouvi passos virei minha cabeça dando de cara com minha mãe:

— Filha você chegou — Seu rosto estava vermelho a sua bochecha inchada, seu vestido azul do uniforme estava com um rasgo na manga, o coque bem armado estava metade para fora e meus olhos voltaram para ela que apenas tremeu os lábios antes de deixar lágrimas escorrerem ainda mais por sua bochechas:

— Mãe, ei, calma — Pedi me aproximando dela a puxando para um abraço apertado, ela tremia e fungava em meu ombro, por cima do ombro dela pude ver Lucian apoiado na bancada da cozinha destruída de cabeça baixa enquanto resmungava: Mãe, o que está acontecendo?

— Filha eu...:

— Não está vendo menina idiota? — Lucian virou o rosto mostrando o sangue espalhado por todo rosto a visão de fato me assustou, de todas as formas que vi Lucian essa era a primeira vez que o via tão machucado: Eles vieram nos cobrar:

— Cobrar? O banco? — Era estúpida a pergunta e eu sabia disso, mas eu ainda estava tentando processar tudo:

— Não minha filha, acho que viu aqueles homens que saíram daqui — Minha mãe limpou o rosto afastando-se de mim andando até o marido ajudando ele a andar até a cadeira a única que ainda estava inteira: Eles são funcionários de um agiota do bar que Lucian frequenta:

Meu melhor inverno foi com vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora