Capítulo 31

121 17 4
                                    

Um ano depois

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Um ano depois

O primeiro floco de neve bateu em meus fios quando saí do restaurante, olhei para cima e vi o céu nublado e mais alguns flocos rodopiar até cair no chão, puxei o cachecol e ajeitei as luvas antes de olhar no horizonte, as montanhas dos Cárpatos já praticamente escondida pela neblina.

Mais um inverno começava, mas diferente em Bucareste, em Brasov a temporada do frio se expedida por mais alguns meses do ano, estávamos entrando em dezembro e as lojas já começaram a decorar, pequenas luzes eram colocadas nas fachadas e guirlandas eram expostas, muito em breve tentaria comprar algo para colocar em meu apartamento, apenas para não deixar passar em branco a data que eu amava, tenho certeza que Ielena e Alex me pediriam para passar o natal em Bucareste, mas não tenho certeza se desejo sair de Brasov.

Entrei no meu bairro segurando a caixa de pizza em uma das mão e com a outra tateei a bolsa até a achar a chave, estava morando em um apartamento em cima de uma cafeteria renascentista, eu amava o cheiro de café e pão fresco logo pela manhã, e por dois meses quase fale apenas por querer comprar os pães de queijo brasileiro do lugar, o bairro era tranquilo, um dos tradicionais e preservados por contar a história da cidade conhecida, acenei para Serguei do outro lado da rua arrumando as mesas de sua pequena pizzaria antes de fechar a porta verde com flores pintada em aquarela, subi as escadas apertadas entrando no corredor de um verde acabado:

— Boa noite Daciana — Florêncio, meu vizinho gato como ressaltou Ielena na última visita logo após a mudança dele a seis meses atrás, ele era realmente bonito, alto cabelos pretos barba sempre bem feita e tinha uma aroma de café fresco, segundo nossa última conversa ele era solteiro gostava de gatos e trabalhava como contador, nossas conversas eram agradáveis mesmo que rápidas:

— Boa noite, como a pequena pérola está? — Notei a pequena gatinha branquinha felpuda dentro de uma pequena gaiola:

— Está ruim, mas estamos cuidado não é? — Ele olhou para a bola de pelo que miou em resposta ao pai, os olhos verdes subiram para mim e para a caixa em minhas mãos: É melhor eu ir, ou vou perder a consulta dela, até mais Daciana!

Observei ele sumir pelo corredor antes de sacudir a cabeça e abrir minha porta, os apartamentos daqui não era novos e sabia disso quando assinei o contrato de aluguel, as paredes tinha uma pintura já desgastada e o chão de madeira já não brilhava pela falta de verniz, metade dos móveis eram de segunda, e até mesmo as falhas na pintura eu havia aprendido a amar, eu havia aprendido a amar cada pedacinho da minha nova vida.

Quando saí da empresa de Nicolae, havia tantas lágrimas escorrendo por meu rosto que Cornélio teve pena de mim e me levou até o apartamento de Ielena que por algum motivo estava de folga, eu chorei tanto que apenas adormeci e quando acordei senti que havia bebido litros mesmo que eu tivesse começado a beber apenas a seis meses atrás. Eu havia desmoronado, desistido e me sentindo tão sozinha que mesmo meu dois melhores amigos ao meu lado eu não conseguia parar de sentir o vazio.

Meu melhor inverno foi com vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora