Capítulo 17

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As portas do elevador se fecharam atrás de mim, Nicolae estava parado nos fundos dele, seus olhos estavam tão focados em mim que dessa vez o frio na barriga me fez quase dar meia volta, foi assim durante a semana, nos encontrávamos nos corredores ...

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As portas do elevador se fecharam atrás de mim, Nicolae estava parado nos fundos dele, seus olhos estavam tão focados em mim que dessa vez o frio na barriga me fez quase dar meia volta, foi assim durante a semana, nos encontrávamos nos corredores da empresa, nos olhávamos e desafiamos e seguimos, eu sei que era absurdo parecíamos dois adolescentes se escondendo ou com vergonha demais para encarar o que havia acontecido. Eu havia absorvido o beijo, e durante longas horas eu apenas senti e senti o beijo desejando que o sabor daquele beijo.

Beijar Nicolae foi diferente dos outros beijos que já dei, não que eu tivesse uma longa lista para comparar mas sem dúvida o dele me fez ter tudo que meu corpo tinha direito e meus lábios também, eu senti as famosas borboletas no estômago, senti o formigar das extremidades e senti como se meu corpo estivesse sendo guiado por uma maré suave mesmo que quando ele se afastou eu senti a tempestade do que havíamos feito, queria dizer que conseguiria seguir minha vida, que aquele interesse ou que de alguma forma minha atração por ele passaria, mas sentir ele apenas piorou minha situação e minha vida já que agora eu sabia como era beijá-lo:

— O que faz aqui? — Olhei para ele que andava meio mancando desde que saímos do elevador e entramos na recepção de seu andar, diferente da editora esse lugar era luxuoso, havia uma aura muito mais requintada do que onde Giovana estava até mesmo a mulher parada atrás parecia ser mais elegante, não que Gi não fosse mas essa:

— Cézar precisa de uma assinatura — Respondi seguindo ele pelo corredor vendo ele andar mancando de forma bem mais visível, ele andava rápido: Quer que eu espere aqui?

— Não pode entrar — Ele abriu as duas portas acolchoadas com as únicas partes de ferro em dourado ouro, assim que as portas foram abertas e eu entrei na sala, eu fiquei meio sem ar, essa sala era duas vezes maior do que a dele da editora, havia duas paredes com painéis de vidro do chão ao teto, sua mesa era ainda maior na frente da grande mesa havia alguns sofás e duas poltronas e na parede ao contrário estava uma lareira com seu fogo crepitando baixo, aqui também como seu outro espaço não havia cores vivas, e sim tons neutros entre o branco e cinza e preto, pude ver que no final da parede da lareira havia uma porta de madeira no chão entre os sofás estava um tapete branco felpudo: Daciana? Está tudo bem?

— Sim, é só que esse lugar é incrível — Sibilar ainda olhando tudo, e meu queixo terminou de cair quando olhei para o teto e vi um lustre magnífico no teto: É lindo:

— Meu pai gostava de ostentar — Abaixei os olhos até ele vendo o mesmo ir até o buffet também existente aqui pegando um copo de água e tomando algum tipo de comprimido: Então, qual é?

— Eu não sei, ele só disse que estava ocupado e me mandou — Mexi na bolsa tirando de dentro o envelope amarelo com o símbolo da editora e deixei com ele, ao me aproximar dele senti seu aroma e como eu gostava do seu cheiro:

— Ele tem assistente para isso, vir me trazer papéis para assinar não é sua função — Mordi minha bochecha e sorri para ele, essa não era a primeira fez que Cézar me colocava para fazer algo que não era minha função, porém eu não reclamava fazer isso era até que divertido:

Meu melhor inverno foi com vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora