- O QUE?! - falou o Eron, pasmado - Isto não pode estar acontecendo!- Alguém testumunhou ele sendo levado pelas taarans, disse que tentou alertar os outros nas foi enfeitiçado e adormeceu - dizia o Nilo, agitado.
- Isto pode estar acontecendo! Isto não estar acontecendo! - dizia vezes sem conta, em voz alta - Sempre que parece que vai ficar tudo bem, acontece alguma coisa.
A Flora permanecia calada e pensativa. Quando de repente, saiu disparada atravessando a multidão de pessoas e se posicionara entre a multidão revoltada e a suposta traidora da vila: a Sahara! Se pusera no meio de uma briga de alto escalão. Eu e o Nilo, amendrontados nos juntamos a ela, naquela confusão.
- Flora, tens a certeza do que estás fazendo?!
Ela vira-se para a Sahara e diz:
- O que é que tu sabes sobre o desaparecimento do meu pai?!
A Sahara lhe sorri levemente, com nariz ensanguentado e o olho esquerdo inchado e responde:
- Saí da frente, namali! Deixa eles acabarem logo comigo!
- Queres parar com isso?! Ele não te salvou para tu morreres em vão!! Quando falamos a sós, ele disse-me que tu eras uma garota especial e que não duvidava do teu carácter. Pediu-me para te proteger! Já vivi quase 100 anos no nosso mundo e aprendi a confiar nos meus instintos para poder ver quando uma pessoa inocente e sendo falsamente acusada.
- Quem te disse que sou inocente?! - respondeu-lhe a Sahara.
- Ela esteve comigo até ao amanhecer... - comentou o Nilo, vendo nossos olhares espantados - Não aconteceu nada, gente!
- Para que irias ficar aqui sabendo isto iria te acontecer depois do meu pai ser sequestrado?!
Estavamos cercados de indígenas raivosos e revoltados com o sequestro, prontos para cometer alguma tragédia. Nos lançaram paus e pedras que iamos tentando desviar, enquanto isso, a Flora fez crescer árvores a nossa volta, que reteram a maioria dos obejetos arremessados contra nós.
Avançaram sobre nós, os quatro até alguém gritou como se tivesse visto um monstro de sete cabeças: era a árvore dos mortos ardendo. Todos ficaram assustados e pasmados. De repente, se levantou uma ventania tão forte e os indígenas mal conseguiam estar em pé para nos alvejar.
E a ventania se tornou cada vez mais forte. Vimos um tornado se aproximando e todos começaram a fugir. O mais estranho era que a ventania pouco nos incomodava. Desamarramos a Sahara que olhava fixamente para o tornado .
- Olhem! - disse a Sahara dislumbrada.
Começou a surgir alguém de dentro do tornado, andando calmamente na nossa direção. Usava uma máscara, era um garoto indígena preto, provavelmente com 8 ou 9 anos, vestindo um saiote tribal feitas de imensos fios secos e andava descalço como o resto dos indígenas.
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CRÓNICAS DA BAOBALIA: O MISTÉRIO DO ECLIPSE
FantasyUm mundo místico encantado, onde os povos indígenas são os dominantes de toda a História. Contudo, ainda assim existem longos conflitos gerados pelo choque das suas culturas, crenças e tecnologias. Um jovem chamado Eron Mwangi é uma peça fundamental...