Capítulo XIX - As Máscaras Caóticas (pt.2)

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- Agir como um herói? - pensei, duvidoso

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- Agir como um herói? - pensei, duvidoso. De facto, aquilo tudo era novidade para mim.

A peculiar criatura ficou lhe observando fixamente, como se esperasse algo extraordinário de mim.

- Eu não sou isso tudo que todas estas pessoas vêem em mim. Sou só um rapaz de 18 anos!

Foi a mais transparente confissão dita por mim que nunca me meti numa briga ou em discussão, seja em minha casa ou na escola.

A criatura ajudou um soldado Nola ferido levando para fora do alcance da árvore amaldiçoada e tomou sua cantil de madeira, bebeu o Nol que ainda restava naquele cantil, e falou, ainda maior para o meu espanto:

- Eron, a vida é feita de decisões: neste exato momento, podes te salvar e abandonar os teus amigos e esta guerra ou podes lutar! As mais importantes decisões na vida tem de ser tomadas sozinhas!

Fiquei espantado olhando boquiaberto, para peculiar criatura:

- Para que o espanto?! Foi-te mais fácil aceitar que sou telepático do que me veres falando.

- Isto tudo só pode ser um sonho, ou pior, um pesadelo. Acho que estou ficando maluco. Eu ainda estou na minha cama em São Tomé e vou acordar a qualquer momento... Acorda Eron!! Acorda!! - dizia para mim mesmo, visivelmente perturbado. Belisquei-me insistentemente, até me esbofeteei.

A criatura rosnou e arranhou-o com garras, no seu braço direito. O que fez com que eu reagisse. E, logo a criatura disse:

- Oh acredita, meu rapaz... Eu sou real! Isto é real! Não é um sonho!

Olhou para os seus amigos inanimados, no chão,e se fixou na Flora:

- Aquela moça é realmente especial! Uma miúda impressionante: viveu 100 anos, fugindo e sobrevivendo a uma Original no corpo de uma menina de 6 anos, usando apenas seu conhecimento e sua coragem... Tu tens itens poderosos e na tua posse e ainda assim, és um covarde! - disse a criatura, firmemente ao Eron - Como um mestre dos sonhos, posso dizer-te que covardia consegue tornar qualquer realidade em pesadelo.

- Eu não sou um covarde!! E eu sei o que estás tentando fazer!- respondi-lhe já meio irritado.

- Oh... Resposta mais comum de um covarde! Todas suas inações tem justificação! Então Eron, será que a Flora é mesmo importante para ti ?!Ela sempre te protegeu, e hoje é o teu dia de fazer o mesmo. Quando ela acordar (se ela acordar) perguntar-lhe sobre a frase de um filósofo alemão, que o John Quimby, o falso pai dela lhe disse constantemente: "Quem não tem medo da vida também não tem medo da morte."

No momento em que a criatura falava, surgiu uma aranha no topo das árvores, e se direcionou aos seus amigos desacordados. O Eron, em alerta, pega na lança, ganha balanço e a arremessa contra o tal animal, trespassando a aranha com a lança, que no final fica espetada numa das árvores próximas. E, o mais estranho é que a aranha ainda continua viva, a lança tinha a trespassando como uma barra de ferro atravessando uma cortina de fumo. Exatamente! Aquela aranha parecia um fantasma! Virou-se para o Eron, e desapareceu no vento.

CRÓNICAS DA BAOBALIA: O MISTÉRIO DO ECLIPSEOnde histórias criam vida. Descubra agora