[concluída]
''Não consigo ver o rosto dela, mas tenho sempre o mesmo sonho, seria possível criar em minha própria mente uma pessoa que não existe?."
Short Fic
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Pov Lalisa Manoban
Tentei focar a visão na minha frente mas tudo que eu enxergava era água no retrovisor, enquanto eu cantava alto a letra completamente errada de uma música que tocava no rádio, sorte minha conhecer aquele caminho como a palma da minha mão se não já teria me perdido ou batido em alguma árvore.
Vi uma silhueta parada ao lado de um carro cinza, meu peneu derrapou e eu levei um susto ao ver Rose parada na frente do meu carro completamente incharcada.
Sai abrindo a porta com um caderno velho na cabeça.
— O que está fazendo aqui?. — Minha voz saiu alta mas mesmo assim ainda era difícil de escutar a chuva não parava de cair.
— Procurando ajuda gênio. — Ela disse irritada voltando a ver o motor do seu carro aberto.
— Entra no carro eu te dou uma carona. — Falei gritando novamente recebendo sua atenção, era bom ela aceitar eu já estava completamente molhada também.
A vi me encarar e pensar alguns segundos antes de andar até o banco do carona, abri a porta pra ela que entrou rápido e eu fiz o mesmo do outro lado.
Quando dei partida ela mudou a rádio que eu escutava me fazendo soltar uma riso baixo, batucava os dedos no volante enquanto dirigia, agora um pouco mais devagar.
— Então, não está acostumava a dirigir nessa chuva?. — Perguntei cortando o silêncio.
— Não, e meu carro da idade da pedra não ajuda muito nisso. — Enquanto falava ela tentava tirar um pouco da água do corpo e do cabelo cumprido, o que me fez relembrar os sonhos novamente.
Ela estava ali na minha frente e era real, e eu ainda não fazia ideia de como lidar com todo aquele fato.
— Você ficou bem depois do que aconteceu na escola?. — Eu percebi que a pergunta a deixou desconfortável fazendo ela se recolher em seus próprios braços, ela estava com frio.
Estiquei a mão para o banco de trás pegando uma jaqueta minha marrom, eu sempre deixava roupas reservar ali. Estendi pra ela que agradeceu com o olhar colocando a mesma em seu corpo.
— Estou acostumada a ser o centro das atenções, aqui não seria diferente com esses adolescentes vazios e medíocres. — Ela falou as frases com muita raiva mas quando percebeuo que disse olhou pra mim sem graça. — Sem ofensa.
— Não ofendeu, eu concordo com você.
— Concorda?. — Ela perguntou surpresa.
— Concordo, não consigo manter diálogo com eles por mais de 10 minutos.
— Você parece diferente deles.
— Obrigada. — Falei sorrindo sozinha novamente, tinha de confessar estava feliz dela me achar melhor do que eles.
