O livro das luas, o livro mais poderoso dos conjurados repleto de feitiços das trevas, ele só pode ser aberto por um conjurador verdadeiro e Rose era uma, mas ele não revelava as coisas facilmente.
Pov Lalisa Manoban
Depois de toda aquela confusão eu procurei a única pessoa que eu sabia que poderia ajudar a gente, Lea, eu não era boba do jeito que ela falou do medalhão apavorada quando o viu em minha mão ficou evidente que ela sabia de muita coisa.
E no final eu estava certa, Lea nos levou a biblioteca debaixo da cidade revelando uma parte dela que eu ainda não tinha visto, lá ela segurou as mãos de Rose e pediu para ela fechar os olhos, segundos depois uma grande porta se abriu revelando o livro das luas, tinha um feitiço nele que podia quebrar a maldição.
Agora passávamos o dia todo na biblioteca depois das aulas, e quanto mais os dias passavam mais eu via Rose desanimando, eu costumava ficar lendo em uma das cadeiras que tinha de frente pra ela, um pouco distante o que não me impedia de assisti-lá, mas ela começou a fechar aquela porta grande e pesada na minha cara, e o pior sem mover nenhum dedo.
Saímos da biblioteca mais um dia, ainda sem avanço nenhum e ela parecia ainda mais irritada, nem me esperou saiu andando na minha frente.
— A gente vai achar um jeito.
— Você é só uma mortal como é que sabe. — Respondeu com seu ótimo humor.
— Ei eu posso fazer vento pode não ser um furacão, mas eu. — Ela me interrompeu.
— Porque não admiti logo.
— Admitir o que.
— Que já começou eu to virando uma bruxa das trevas, eu sinto. — Ela parou apenas para me dizer isso e voltou a andar.
— Rose não, você só tá estressada.
— Lisa não importa o que causou isso, eu to me transformando e você é burra demais pra ver. — Ok eu já estava perdendo a paciência, ela não tinha cuidado nenhum com as palavras.
— Agora você tá uma bruxa. — Falei cuspindo o chiclete que estava mascando, tinha até esquecido dele.
Ela me fuzilou com seus olhos escuros e no mesmo segundo um raio caiu atrás de mim fazendo um estrondo enorme, eu pulei de susto e em seguida começou a chover na minha cabeça, e apenas na minha cabeça.
— Sério, isso é necessário? eu to concordando com você, tá legal eu sou só uma mortal idiota que não sabe fazer seu próprio trovão só que não vai ter jeito da gente achar uma solução a não ser que você pare de ter pena de si mesma.
Ela começou a gritar ainda extremamente irritada, chorando enquanto fazia isso.
— Vai em frente comece um terremoto vai ver aonde isso te leva, todo mundo passa por problema na vida Rose.
— Por que ta gritando comigo. — Ela disse parando perto de seu carro.
— Você quer ser uma humana normal o que acha que isso significa?, não temos poderes para mudar as coisas quando bem entendemos, ser humano é se sentir mal é se sentir furioso se sentir com medo e não ser capaz de fazer nada até não se sentir mais assim até que consiga ver um jeito de sair dessa, e eu tava gritando com você porque me importo é isso que gente normal faz quando se ama alguém quando esse alguém ta agindo como idiota, será que dá pra parar de chover em mim?. — Gritei irritada.
Segundos depois a chuva parou e eu sacudi uma parte da minha jaqueta encharcada, andei até a placa da cidade que estava cravada no chão de terra, bati nela tão forte que minha mão se feriu.
— Me desculpa. — Rose falou após se aproximar um pouco. — Você tem que sair de perto de mim eu não sei o que acontece. — Encarei seus olhos enquanto ela se aproximava mais um pouco, ainda acuada com os braços cruzados.
— Eu acho que você ainda não entendeu não é, Rose eu não quero ficar mais longe de você do que eu to agora aconteça o que acontecer.
— Eu tenho medo de machucar você. — Sua voz estava rouca, de tanto que ela tinha gritado.
— Amar é um risco pra qualquer um.
— Quero dizer machucar matando você.
— Manda ver. — Me aproximei mais sentindo sua respiração contra a minha. — Me mata.
Ela se jogou nos meus braço e no mesmo instante um raio atingiu a placa atrás de nós, senti o calor dele tão forte que com certeza havia queimado um pouco da parte de trás da minha jaqueta, uma coisa insignificante para se importar quando eu tinha ela nos meus braços.
Ergui ela em meu colo deslizando minha língua sobre a sua com intensidade, coloquei ela no chão a puxando até o carro, Rose entrou na parte de trás e eu fiz o mesmo fechando a porta atrás da gente.
Me encaixei entre as suas pernas enquanto ela tirava minha jaqueta molhada, jogou em qualquer canto do carro fiquei ajoelhada tirando a minha camiseta também, ergui o vestido que ela usava passando por cima de sua cabeça, deitei de novo sobre o seu corpo, percebi que começou a chover de novo, e quanto mais a gente avançava mais trovões caiam do céu, eu sabia que era ela que estava fazendo isso.
Beijei o seu pescoço depois sua barriga parando em sua cintura, soltei o ar quente de meus lábios perto de sua entrada a sentindo tremer embaixo de mim.
— Se eu te chupar agora não corremos o risco de morrer com um raio aqui não né?. — Perguntei encarando sua expressão incrédula.
— Você não me perguntou isso. — Eu ri da minha própria pergunta voltando a beijar a beira de sua cintura.
Chupei o seu ponto de prazer ouvindo seu gemido arrastado, ela começou a mexer o quadril se esfregando contra os meus lábios, seus dedos enterrados nos meus cabelos puxando alfuns fios, voltei para cima beijando seus lábios novamente e sentindo meu peito ser esmagado pelo amor que eu sentia por ela, nada me faria me separar dela.
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I dreamed of you •Chaelisa
Fanfiction[concluída] ''Não consigo ver o rosto dela, mas tenho sempre o mesmo sonho, seria possível criar em minha própria mente uma pessoa que não existe?." Short Fic