[concluída]
''Não consigo ver o rosto dela, mas tenho sempre o mesmo sonho, seria possível criar em minha própria mente uma pessoa que não existe?."
Short Fic
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Pov Lalisa Manoban
Acordei com Lea me chamando na cozinha, desci as escadas ainda um pouco sonolenta ajudando ela com as compras
— Chegou muito tarde do baile ontem a noite?.
— Eu não, não me lembro, devia estar mesmo muito cansada, dormi bem pela primeira vez depois de muito tempo. — Coloquei as sacolas em cima da mesa.!
— Rose vem passsar o natal aqui?, temos comida suficiente.
— Rose?. — Perguntei confusa.
— Roseanne Park. — Ela disse com uma expressão engraçada de indignação.
— Roseanne Park?, porque eu iria convidar ela pra jantar? eu mal conheço ela ela não fala com ninguém na escola, você conhece ela?. — Lea não me respondeu. — A mãe da Jennie disse que ela está em um sanatório, não sei se acredito no que a mãe dela fala mas ela é uma garota meio esquesita, tirando aquelas coisas da guerra civil e as refeições vou passar as férias de inverno na minha cama.
Lea não me perguntou mais nada ficou sozinha na cozinha enquanto eu subi para o meu quarto, iríamos para a igreja dali a algumas horas eu sabia que Lea gostava de ir no natal e não me importava de acompanhá-la, eu amava as comidas que serviam depois.
Eu fiquei lendo enquanto não dava a hora, depois Lea me chamou para almoçar e eu subi para o quarto novamente trocando de roupa.
Chegamos na igreja que nunca esteve tão lotada, nos sentamos no meio dos moradores que eu tanto evitada contato, por incrível que pareça o pastor conseguiu prender minha atenção depois de dizer que não iria pregar e sim fazer uma reflexão.
— Quero falar com vocês sobre uma palavra que não se houve muito últimamente, sacrifício, as pessoas houvem a palavra sacrifício e ficam com medo de que uma coisa vai ser tirada delas ou que tenham que perder uma coisa sem a qual não possam viver, sacrifício pra eles significa perda no mundo que nos ensina que podemos ter tudo, mas acredito que o verdadeiro sacrifício é uma vitória, porque isso pede o nosso livre arbítrio pra desistir de alguma coisa ou de alguém que amamos, por alguma coisa ou alguém que amamos mais que a nós mesmos, não vou mentir pra vocês tem seu risco o sacrifício não vai tirar a dor da sua perda mas vai vencer a batalha contra a armagura, armagura que não nos deixa aproveitar tudo de valor que temos em nossas vidas.
Todos bateram palmas para sua reflexão e percebi que Lea não parava de chorar durante seu discurso, ele tinha me tocado também mas eu não sabia explicar porque.
Depois que chegamos em casa e eu capotei, aproveitando que agora conseguia dormir tranquila.
Acordei cedo no dia seguinte, vesti aquela roupa ridícula que se resumia em um conjunto antigo de calça e casaco, coloquei o chapéu também horrível e obrigatório e peguei um dos livros que estava lendo em mãos, uma coisa para me distrair lá enquanto não começasse a tortura.
