[concluída]
''Não consigo ver o rosto dela, mas tenho sempre o mesmo sonho, seria possível criar em minha própria mente uma pessoa que não existe?."
Short Fic
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Gente esse vídeo é para assistir antes ou depois de lerem o capítulo vai ajudar a entender a cena.
Pov Lalisa Manoban
Me joguei dentro do carro dando partida e dirigindo rápido, minha mente estava confusa e barulhenta e eu tinha medo de estar começando a enlouquecer, como acontecia com muitas pessoas daquela cidade.
Não tinha explicação plausível para o que tinha acontecido horas atrás, eu me teletransportar para o meu quarto?, assistir um momento que havia acontecido a muito anos atrás?, precisava desesperadamente que Rose me explicasse tudo isso, que me dissesse porque apareceu em meus sonhos milhares de vezes, porque eu não conseguia ficar longe dela depois que a vi pela primeira vez.
Cheguei em minutos na frente de sua casa pela segunda vez naquele mesmo dia, estacionei o carro e entrei abrindo o grande portão, mas enquanto eu me aproximava vi outra pessoa fazendo o mesmo, não consegui perceber quem era e continuei andando, mas logo parei piscando os olhos com força e percebendo que era eu, como um espelho eu estava andando até mim, nunca tive tanto medo na minha vida, dei meia volta indo até a saída mas me vi entrando pelo portão novamente, sai correndo para o outro lado mas fui puxada por cabos de plantas até o chão que começaram a se enrolar pelo meu corpo, comecei me debater mas era impossível me soltar, a cada segundo me apertava mais até começar chegar em meu meu pescoço eu iria morrer sem ar.
Mas então como se aquele dia já não tivesse sido louco o suficiente Rose apareceu na minha frente, estendendo as duas palmas das mãos e puxando o que julguei ser uma fumaça densa e preta pra dentro de sua palma, eu fui me livrando aos poucos e sentindo meu corpo completamente pesado, logo ela puxou tudo que estava me prendendo cortando como se fosse um fio imaginário ao esfregar as duas mãos com força.
A última coisa que vi foram seus cabelos bagunçados pelo vento, como no meu sonho.
[...]
Aos poucos eu senti meu olhos abrirem encarando o teto desconhecido acima de mim, tinha uma manta cobrindo o meu corpo e eu tive medo de me mexer de primeira.
— Acordou. — Rose disse se sentando ao meu lado e apoiando a mão em meu peito, chegando mais perto.
— O que aconteceu. — Perguntei confusa me sentando na cama desconhecida encarando o quarto desconhecido.
— Come isso. — Ela disse me entregando um pedaço de chocolate.
Hesitei em colocar aquilo na boca, as coisas estavam começando a ficar estranhas demais, não sabia se podia confiar nela.
