Guardião do Rei

Capítulo 10 - Jeong Kyung-ho se diverte

Desde o dia que conheceu Sairaorg naquela cachoeira, Kyung-ho percebeu o quão mais feliz estava por ter um amigo, e só então percebeu o quão solitário estava. Treinar com o homem mais novo fez seus chutes ficarem mais fortes.

Conversar sobre as coisas e as dificuldades do jovem leão que ele sofreu na vida, como o preconceito extremo de ter nascido um demônio sangue puro, mas sem nenhuma energia demoníaca, ainda mais quando ele era o herdeiro Bael.

Toda a humilhação, desdém, e como ele superou a perda da mãe em coma de uma doença mágica, para treinar seu corpo de forma torturante para ganhar poder. Quanta dor, lágrimas, raiva e ódio assim como a determinação feroz desse homem que o fez sair do zero para ser o topo da geração jovem.

Kyung-ho admirava seu amigo e foi inspirado por ele a trabalhar mais duro. Sairaorg por outro lado, achou muito interessante seu novo amigo arqueiro. Achou o que o homem mais velho era muito inteligente e talentoso, apesar da timidez.

Ouvindo a história dele quando era humano, do abandono e traição, Sairaorg admirava que Jeong ainda pudesse confiar e amar as outras pessoas de novo. Apesar de franzir a testa quando ouviu o quanto Jeong sentia falta de Riser, mas era tímido para sempre ir atrás dele, mesmo sabendo que o loiro o amava também.

Sairaorg não queria se meter na história romântica do amigo, mas não gostava que sempre seria o arqueiro que tinha que correr atrás. Riser deveria tomar mais a iniciativa, mostrar mais que amava seu amigo.

No momento, Sairaorg e Jeong usavam apenas um calção sem camisa ou botas debaixo da cachoeira trocando golpes sem poderes. Jeong girava quase sem tocar no chão lançando uma sequência de chutes poderosos que faziam combos sem parar.

Mesmo os socos potentes do Bael não quebravam o equilíbrio do arqueiro que continuava atacando como chutes sem fim de todos os ângulos. Sairaorg sabia que seu amigo era um mestre dos chutes, mas adorava lutar contra esse estilo. Poucos demônios lutavam fisicamente, e ele nunca tinha um parceiro que não tivesse medo de sua força.

Em outro lugar, dentro da mansão Phoenix, Riser no momento estava ocupado olhando o site da família, olhando o rank dos seus servos amados, e percebeu agora que seu cavaleiro estava quase ultrapassando sua rainha em questão dos contratos, e ficou surpreso.

Na verdade, ele percebeu que todo o seu harém começou uma corrida. Viu que os status de todas começaram a mudar e ganhar mais habilidades do que antes. Depois olhou para o seu como rei, e algo que ele nunca sentiu antes começou a se instalar dentro dele. Vergonha.

Como o rei, como ele pode ser menos habilidoso do que seus amados? Enquanto estava pensando, ouviu uma batida na porta e antes dele falar, um homem alto de cabelos loiros, olhos azuis e uma cara ranzinza de óculos surgiu vestido com um jaleco branco, e roupa social preta e laranja. Seu segundo irmão mais velho, Raiden.

- Raiden Nii-sama, o que está fazendo aqui? Pensei que estaria em seu laboratório. - Riser falou girando a cadeira para ficar de frente para ele.

- Vim falar com você, irmãozinho tolo. O que acha que está fazendo esse tempo todo com meu discípulo? - Raiden perguntou com um tom grave e a expressão calma de sempre.

- Discípulo? Ah, Kyung-ho? O que tem ele? - Riser ficou confuso com a pergunta. Claro que ele sabia que seu cavaleiro fofo tomou seu irmão como mestre de encantamento infernal, e foi elogiado como prodígio.

- O que tem ele? Alguma vez nessa semana você não pensou em ir encontrar com ele? - Raiden perguntou fechando os olhos com um suspiro antes de abrir novamente.

- Não entendo onde quer chegar irmão. Meu fofo cavaleiro sabe perfeitamente que essa casa também é a casa dele e pode aparecer quando quiser, e eu sempre vou esperar de braços abertos pra ele. Eu sei que ele é independente e gosta do próprio espaço, por isso não o incomodo muito mesmo que eu morra de saudades dele em meus braços. - Riser falou com um grave com uma expressão meio triste lembrando de quanto tempo tinha abraçado seu cavaleiro.