RESCUE YOU - obx. (3° Temp)

4: Fuga.

Scarlet tinha passado a noite em claro.
Primeiramente, porque era impossível dormir no mesmo compartimento com um cara que já tentou te abusar um dia.
E segundamente, porque provavelmente hoje ela iria morrer.
Singh disse com todas as letras que eles tinham apenas um dia para entregar o diário, mas eles não o tinham, ou seja, fazendo os calculos...

Após bater em todas as janelas, paredes daquele quarto repetidas vezes e implorar para falar com Carlos Singh, finalmente estavam concebendo o seu desejo.
Ela pensou toda a noite no que lhe diria. Não é o melhor plano que ela já pensou mas foi a única coisa de que ela se lembrou.

- Eu menti. Eu sei do diário.
— Scarlet fala ao entrar na sala do homem.
- Eu não tenho o original, mas eu posso conseguir uma cópia.

- É um alívio ouvir isso.
Quer comer alguma coisa? — Ele pergunta petiscando umas uvas.

- Estou sem fome.

- Relaxa, não vamos fazer nada pra te machucar. Você está colaborando. Não quero que fique desconfortável.

- Eu só quero dar o que o Senhor quer e ir embora.
Eu sei onde ele está, mas eu tenho que ir lá sem ninguém.

- E como é que eu vou saber se vai voltar? — Singh pergunta soltando uma risadinha.

- O Rafe... tem ele.

- O Rafe. — Ele ri.
- Como é que uma moça tão novinha se mete em tanto problema?
— Carlos fala rondando a garota.

- Olha, eu sei onde está o diário. Se me deixar ir eu te prometo que trago ele aqui.

- Eu não sou tolo, Sra. Reese.
Não tenta me enganar. O diário tem a chave para a maior conquista.
E isso, minha querida Sra. Reese, é o meu destino.
Então me diz logo onde é que ele está, senão... — O celular do homem apita fazendo-o parar de falar e ir checar o que é.
- Incrível, uma mensagem do nosso amigo Jimmy Portis. — Ele fala rindo.
- Enviada da sepultura, aparentemente.
Parece que o senhor Portis está com os seus amigos.

Ele então mostra a mensagem que recebeu.
Era uma foto de John B e Sarah, e estava escrito, "peguei esses dois".

- Ryan! — Singh grita saindo da sala.

- NÃO FAZ NADA COM ELES, POR FAVOR! POR FAVOR, POR FAVOR, SENHOR SINGH, NÃO MACHUQUE ELES!
ME LARGA! SOCORRO! — Ela grita sendo levada à força para o quarto de novo.

[...]

- Você está pronta? — Rafe sussurra e Scarlet assente.

Caso estejam se perguntando, Rafe se referia ao plano que estiveram bolando para tentar fugir.
Scarlet estava confiante, vamos ver como corria.

- ME LARGA, RAFE! SAI DE PERTO DE MIM! — Scarlet gritava se deitando na banheira.

- EU VOU TE MATAR, SCARLET!
— Ele atuava.

- NÃO! SOCORRO! — A garota grita uma última vez e tudo fica em silêncio.

- Vocês dois aí, estão fazendo o quê?
— O funcionário que ficava de vigia na frente do quarto deles pergunta, mas obviamente, ninguém responde.
Ele então, pega sua arma e entra devagar no quarto.
- O que é isso? — Ele questiona assustado ao ver Scarlet "morta" na banheira.
Logo, Rafe segue o plano, pegando o cara de surpresa e batendo nele, sem dar chance para ele revidar.

Scarlet pega a arma do cara, que tinha caído no chão.
Rafe amarra o homem com o lençol da cama e rouba o seu celular.

- Fica quietinho. — Rafe sussurra antes de sair do quarto com Scarlet.

- Rafe, me dá o celular! — A garota pede.

- Porquê?

- Me dá o celular! — Ela fala mais firme dessa vez, trocando a arma pelo celular.

Eles andavam pelos corredores sorrateiramente.
Estavam com sorte, pois metade dos funcionários não estavam na mansão. Apesar de ser mais fácil assim para eles fugirem, Scarlet estava super preocupada sem saber o que tinha acontecido com os amigos.

- Tá, vamos por aqui. — Rafe fala entrando em outro corredor.

Scarlet segue o mesmo, mas antes, ela decide tirar uma foto de um quadro que viu na sala do Singh, que talvez pudesse ajudar na "caça ao tesouro".

Eles conseguem sair da casa pela porta dos fundos, mas o problema agora era passar pelos funcionários que ficavam do lado de fora.

- Eu tenho uma ideia. — Scarlet diz correndo em direção a uma carrinha comercial que passava por ali.

- Está diminuindo a velocidade, vamos logo! — Rafe já tinha pegado a ideia da garota.

Eles conseguem subir na parte de trás do veículo, onde transportavam madeira.
Mas tinha um cara lá, que guardava a mercadoria para se certificar de que nada acontecia.

Scarlet pensou que seria mais complicado mas Rafe jogou o homem para fora do veículo facilmente, fazendo a Reese o olhar apavorada.

- Eu falei que era só a gente trabalhar junto. — Rafe murmura.
- Olha, eu vou pro meu barco, tá? Eu posso te dar uma carona, te deixar em algum lugar.
Mas só uma coisa, eu sei que os seus amigos estão na ilha. Eu não vou ajudar eles, eu não confio neles.
Vou te tirar da ilha e mais ninguém ouviu?

[...]

- Vem, o meu barco está por ali.
— Rafe chama saindo da carrinha.
- Aqui! Deve ter combustível para chegar em Santa Lúcia sem nenhum problema. Entra no barco.
Vai, me ajuda a desatracar.

- Aí, ahm... eu não consigo!
— Ela grita.

- O quê?

- Preciso de ajuda! — Scarlet afirma e Rafe resmunga indo até ela, se abaixando para desatracar o barco.

- Me desculpa.

- O que... — Rafe ia falar mas Scarlet o empurra na água.
- SCARLET!

- DESCULPA, EU NÃO POSSO DEIXAR OS MEUS AMIGOS. — Ela grita pegando a roda do leme, navegando para longe dali.

- VOCÊ VAI SE ARREPENDER! VOCÊ VAI MORRER!

. . .