Valentina Albuquerque é uma empresária séria e reservada. Ela se muda para o Rio de Janeiro a trabalho e lá acaba conhecendo Luiza Campos, uma carioca apaixonada por samba, que vive uma vida totalmente alegre e livre.
O mês de janeiro passou voando! Eu e Valentina queríamos nos casar logo, passamos o mês de fevereiro todo decidindo e organizando as coisas. Nós duas não queríamos festa, chegamos em um acordo de fazer uma cerimônia intimista apenas para nossos pais e irmãos.
Trocamos a festa por uma viagem ao redor da Europa! Tínhamos condições de fazer ambas as coisas porém essa foi nossa vontade. Marcamos a data da cerimônia, um sábado dia 9 em Angra dos Reis, na mesma praia que Valentina me pediu em namoro pela segunda vez. Era uma praia reservada e com um belo pôr do sol!
Um dia antes fomos para a casa de Angra para ajeitar tudo.
— Amor vai pro seu quarto! — falei vendo Valentina deitada na cama me esperando.
— Luiza...
— Sem mais! Amanhã a gente se casa e não quero furar a tradição de ver a noiva antes do casamento!
— Amor isso é superstição de casamento hétero, nós somos do lado gay. Não tem isso. — Valentina riu.
— Tem sim! Vai, já pro seu quarto! — falei séria.
— Tá né! — levantou emburrada. — Posso pelo menos te dar um beijo gostoso?
— Deve! — Valentina me puxou por cima dela e atacou meus lábios dando um beijo lento e preciso. Claro que se tratando de nós duas o beijo se intensificou e eu tive que interromper antes que seja tarde demais. — Chega! Até amanhã minha noiva.
— Até amanhã linda! — Valentina abriu um sorriso e saiu levando o travesseiro.
No dia seguinte acordei com Duda vindo com café da manhã na cama para mim.
— Dorminhoca! Acorda que eu tô quase parindo e não posso pegar tanto peso. — disse Duda colocando a bandeja na cama.
— Bom dia Eduarda, como vai? Eu vou bem, obrigada. — ri. — o que é tudo isso?
— Valentina! Ela pediu pra te trazer! Gays! — me levantei conversando com a Duda enquanto comia aquele café da manhã.
Contratei um salão para vim me arrumar aqui na casa de Angra, não só eu como a Valentina e nossos familiares.
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Fiquei pronta! Optei por usar um vestido simples e solto branco, cabelo ondulado e uma make leve. Afinal iríamos nos casar na praia ao pôr do sol, pedia por algo mais singelo. No quarto comigo estava Carol e minha mãe, elas me acalmava pois claro que o nervosismo bateu.
— Amor? — escutei Valentina batendo na porta.
— Valentina? Não abre!!! — Falei com medo dela me ver antes da hora.
— Não vou! Porém eu quero fazer uma coisa se me permitir.
— Fazer o que amor?
— Fica atrás da porta, onde eu não consiga te ver. — falou e eu fiquei com receio mas fiz o que ela pediu. — Vou abrir a porta mas não vou entrar. — Não entendi o que Valentina pretendia, quando ela abriu a porta só vi sua mão se estendendo para mim. — O combinado era não nos vermos, porém não de se tocar.