Me chamo Régis...

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Nadei até às pedras que formavam uma pequena... Acho que uma rachadura que abriu demais, a criatura continuava rugindo, o som era incômodo, se aqueles 3 estivessem aqui tenho certeza que me impediriam de ajudar o que quer que seja a fonte desses gritos agonizantes e me arrastariam pra algum lugar seguro, pena que eu odeio ser super protegida, chego na parte na rachadura e me deparo com escamas pretas e um olho azul claro se abre.

- Agora foi que eu vi, jura tia Sarah um dragão d'água, tá de sacanagem! — Esbravejo indignada, se eu já encontrei um dragão, no segundo animal que tive que salvar nessa loucura não quero nem imaginar que criatura vou ter que libertar nessa bodega de missão, provavelmente suicida que o destino me arrastou!
- Se invadiu meu lar para gritar sugiro que saia... Quero morrer em paz, só não incomode minhas crianças, humana barulhenta... — O dragão diz claramente com dor, ao analisar o animal percebo suas feridas, barriga, patas, não possui asas, mais sim nadadeiras longas que se parecem com um conjunto de asas, me lembrou de um dos dragões do filme "Como treinar o seu dragão."
- Bom sei que vocês são criaturas inteligentes, mas não precisa ofender, não vou fazer mal a nenhum de vocês, nem você nem seus filhotes. Na verdade vim aqui porque senti sua dor... Então como posso ajudar? — Tento acalmar ele, jamais machucaria animal nenhum independente do tipo de criatura que seja, a não ser em situações de vida ou morte, a natureza é matar ou ser morto afinal.
- Acredita que pode me ajudar humana, ha! Bela piada, não seja estúpida, minhas crianças estão prestes a eclodir e eu fui ferido ao defende-las só saia, não sei se aquele maldito basilisco vai voltar aqui!
— Solto um suspiro, sei que não vou conseguir salvar ele sozinha, porém não sei se posso confiar naqueles 3 pra me ajudar com isso.
- Eu até poderia se tivesse tempo, confiasse nos 3 machos super protetores que eu deixei no lago, ou tivesse ervas e mágia de cura eu te salvaria facilmente, porém sei que aqueles malucos iria te decapitar assim que te vissem, mais ainda posso fazer algo pelos seus filhotes, se desejar, posso proteger eles, cuidar deles e se sua mãe estiver viva creio que consiga encontrar ela... — Sugiro amigavelmente.
- Por que faria tal coisa... Humanos nos temem e desejam nossa morte por que você quer nos salvar?
- Bom eu já fui chamada de monstro, não gosto das regras dos humanos, descobri recentemente que não sou humana, sou uma híbrida de uma espécie antiga e nunca me senti confortável com humanos mesmo, sempre preferi os animais, eles são puros, não tem maldade real só agem por instinto, é a sua necessidade de comida, água, companheiros, filhotes e um lugar seguro que os move, não tem malícia, ganância, inveja, rancor, desejo ou ódio esses sentimentos pertencem aos humanos e feéricos, não entendo porque deveria sentir raiva, medo e ódio de uma criatura que nunca me fez mal, devo te matar mesmo você nunca tendo me feito absolutamente nada somente por você ser poderoso e porque outros humanos te temem, essa é a maior besteira que já ouvi. — O dragão fica me encarando em silêncio e então começa a gargalhar, nem sabia que dragões riam quem dirá darem gargalhadas.
- Você é uma criatura interessante, seu coração é sincero e tem um espírito livre, eu não tenho muitas forças agora, mais ao menos posso te dar algo.... Use isso para proteger minhas crianças, filhotes de dragões podem ter diferentes poderes e se conectam com todo o qualquer elemento, isso depende somente da nossa vontade e de onde crescemos... Cuide bem deles e eles irão cuidar de você em retribuição, você tem grande poder já que conseguiu chegar até aqui... Fique até eles eclodirem dos ovos depois use o que vou te dar, isso irá tirar eles daqui de forma segura e vai transmitir os cuidados que deve ter para que eles cresçam bem...  — Sinto um calor no meu pulso e um brilho azulado aparece em segundos:

Corte de chamas e amor!Onde histórias criam vida. Descubra agora