O EX-LUAR BRANCO DÁ UMA VIRADA!

30. Os jovens também têm problemas!

Li Yue respirou fundo depois do banho, vestiu os robes que ganhou de presente e deixou o quarto da pousada em que estavam hospedados. Wen Tao dormia pesada sobre a própria cama.

O Ex-Luar Branco sorriu, Wen Tao ajudou-o a enxergar que não podia deixar o desânimo vencer e ficar deprimido, afinal havia muito que ainda queria ver e fazer. Ele lutaria até o fim!

Foi até o consultório da médica Ling Mei.

— Você voltou — ela disse assim que o viu.

— Sim — Li Yue acenou. — Vim pegar a medicação.

— Então decidiu fazer o tratamento paliativo?

— Farei enquanto procuro a pérola dourada.

Estava decidido.

A médica suspirou e falou em um tom apaziguador:

— Se eu fosse você, não contaria com as Pérolas Místicas.

As sobrancelhas de Li Yue franziram.

— Então quer dizer que há mais de uma?

— Você não sabia?

Parecia que Li Yue não sabia de muita coisa! Suas esperanças aumentaram involuntariamente, sabia que se arrependeria disso depois.

— Mas isso não importa — ela falou —, elas se perderam há muito tempo. É impossível encontrá-las, há apenas histórias sobre onde elas possam estar. Preocupe-se apenas com a sua saúde e fique ao lado das pessoas que ama, será o melhor para você, ao invés de se arriscar em uma aventura perigosa que não lhe trará nenhum fruto positivo.

Li Yue refletiu sobre o que ela falou, mas tomou a mesma decisão no fim:

— Eu tenho que tentar.

— Então, lhe desejo boa sorte, mas não será eu que o apoiará nessa loucura.

O Ex-Luar Branco meneou com a cabeça e disse:

— Entendo.

***

— Onde você estava? — Wen Tao reclamou. — Acordei com esse cachorro pulguento lambendo a minha cara.

— Fui comprar algo — Li Yue carregou Baozi da cama de Wen Tao, o cachorrinho ficou muito feliz em ser abraçado pelo bruxo.

— Comprar o quê? Você não tem dinheiro — Wen Tao esfregou os olhos para espantar o sono enquanto bocejava. — Ah, tenho algo para você.

Ele mexeu nos seus itens na bolsa qiankun e tirou outra bolsa lá de dentro.

— Aqui. Tudo pago e ressarcido — Era a bolsinha de taéis de prata da casa de apostas. — Não preciso mais do seu dinheiro.

Li Yue sorriu e disse:

— Não precisa disso, Wen Tao.

— Humpf, pare com esse papo de pobre humilde e apenas pegue seu dinheiro de volta! Eu consegui mais dinheiro no caminho para cá, não preciso do seu já que você não tem quase nenhum. Anda, pega logo.

A atitude de Wen Tao era sempre divertida. Li Yue esticou a mão:

— Obrigado. — Mas ele realmente não precisava desse dinheiro, na sua outra bolsinha tinha jóias que valiam mais do que a pousada chique em que estavam.

Wen Tao voltou a deitar na cama e virou-se para a parede.

— Você vai voltar a dormir?

O adolescente bocejou e cobriu-se com o lençol.