Capítulo 242

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Mary Camilo

Rio de Janeiro - RJ

20 de Marco de 2029 - Terça-feira

O dia já amanheceu, passei a noite toda sentada ao lado da cama dele, segurando a mão do meu filho, não largava por nada.
Depois que a Monica foi embora, Carlos voltou para o hospital e ficamos juntos vendo o nosso filho dormir.

Meu coração está repleto de gratidão e preocupação ao mesmo tempo, eu só quero que meu filho acorde logo, quero saber se ele está bem, o que ele está sentindo.

Se tudo der certo a minha neta vai receber alta hoje e vai para casa, fico muito feliz por saber que ela está bem.
Carlos me contou que o Peazinho quer ver o pai, nem imagino o que deve estar passando na cabeça dele, de saber que o pai está no hospital e não pode vir... ele até pode, mas para a gente é melhor esperar o Paulo André acordar primeiro.

~Carlos: Toma – me entregou uma xícara de café e pães de queijo
~Mary: Obrigada querido – sorri para ele
~Carlos: Mary, você precisa descansar
~Mary: Carlos... – eu ia reclamar novamente mas ele me interrompeu
~Carlos: Não ia falar para você ir para casa deles. Deita ali no sofá e descansa um pouco, já deve estar acordada a 24 horas. Paulo André ia querer isso
~Mary: Eu sei – suspirei fundo – daqui a pouco eu deito – ele concordou e sentou ao meu lado

O quarto estava em completo silêncio, exceto pelos sons dos aparelhos médicos e de alguns sons distantes dos corredores.
Meus olhos estavam fixos no meu filho, segurava suas mãos com os dedos entrelaçados nos dele.

Meu coração disparou quando o Paulo André começou a se mexer.
Nós dois levantamos e ficamos na esperança que ele acordasse até que ele abriu seus olhos devagar.

~PA: Mãe? Pai? – sussurrou com a voz rouca e fraca
~Mary: Oh meu filho, você acordou, graças a Deus! – exclamei contendo as lágrimas que ameaçavam cair
~Carlos: Como você está filho? Está sentindo alguma coisa? Eu vou chamar o doutor, já volto – ele saiu do quarto em busca do doutor

Ele abria os olhos devagar para se acostumar com a luz do quarto.
Seu olhar se encontrou com o meu, e por um momento, senti como se pudesse ler todos os seus pensamentos.

Ele olhava em volta para saber onde estava e quando se deu conta que estava em um hospital, seu olhar de preocupação se encontrou com o meu.

~PA: Cadê, cadê a Maya? – ele tentou se mover e eu o impedi
~Mary: Calma, calma. Está tudo bem com a Maya – seu olhar de preocupação se transformou em um olhar de alívio – ela está aqui no hospital também, mas está em outro quarto se recuperando. Você a salvou, você é um herói – um sorriso fraco e cansado se formou em seu rosto
~PA: Eu faria tudo de novo por ela
~Mary: Eu sei filho, eu sei – sorri e beijei sua testa
~Doutor: Olá senhor Paulo, que bom vê-lo acordado. Como está se sentindo?
~PA: Cansado e dolorido. Porque estou com o pescoço imobilizado?
~Doutor: Deixa eu analisar você primeiro, depois eu conto tudo – ele concordou
~Mary: Eu vou no quarto da Maya dar a notícia que você acordou

Sai do quarto sorridente por ver o meu filho acordado, obrigado meu Deus.
Bati no quarto e fui entrando, via a Maya já de pé, fico mais feliz por saber que está tudo bem com ela.

~Mary: Bom dia
~Maya: Oi vovó – abraçou minha perna
~Mary: Como você está minha princesa?
~Maya: Bem
~Mary: Que bom. Olha, o papai acordou
~Jade: Paulo André acordou? Como ele está? – ela me olhava com os olhos marejados
~Mary: Cansado e dolorido, o doutor está analisando ele agora
~Jade: Ai graças a Deus. Vamos ver o papai filha?

Saímos segurando as mãos da Maya até o quarto do Paulo André.
Chegamos na porta do quarto e dava para ver os 3 conversando e o rosto do Paulo André era de preocupação.
Abri a porta devagar e fomos entrando no quarto.

[🔁]

Jade Camilo

Rio de Janeiro - RJ

20 de Marco de 2029 - Terça-feira

Ver a minha nenenzinha bem deixa meu coração totalmente aliviado depois de todo o medo e apreensão nas últimas horas.
Mas ainda falta o Paulo André acordar, mesmo vendo a minha filha andando pelo quarto eu ainda nervosa por ele não ter acordado até agora.
O dia já amanheceu, dona Mary ficou com o Paulo André a noite toda, eu ia lá ficar com ela e com o seu Carlos um pouco mas logo voltava para não deixar a Maya sozinha.

~Jade: Tá sentindo alguma coisa filha? Quer alguma coisa?
~Maya: Casa, irmão
~Jade: Não podemos ir ainda filha, temos que esperar a doutora liberar
~Maya: Poxa
~Jade: Calma meu amor, logo nós vamos. Sem pressa

Ficava vendo a Maya andando pelo quarto sem parar até que a minha sogra entrou no quarto, ela parecia ter chorado recentemente mas estava com um brilho no olhar até que ela revelou o motivo, Paulo André tinha acabado de acordar.

Não contive a emoção e já estava com lágrimas nos olhos, meu coração estava repleto de gratidão por ele ter acordado e uma mistura de emoções me invadia.

Fomos chegando ao quarto onde ele estava e o mesmo estava conversando com o meu sogro e o doutor, a sua feição era de preocupação e medo, eu não sei do que se trata o assunto e senti uma pontada no peito.
Fomos entrando no quarto e logo o doutor nos deixou a sós.

~Maya: Papai – ela foi até ele e segurou a sua mão – dodói? – apontou para os gessos na perna
~PA: Sim filha, mas logo logo o papai vai ficar bem – fui até a Maya e a ajudei a subir na cama – oi amor
~Jade: Oi – enxuguei as lágrimas que caiam pelo meu rosto – estou tão aliviada e feliz que você acordou. Eu te amo tanto. – alisava seu rosto e limpei a lágrima que escorria pelo seu rosto – Você, sem pensar nas consequências, arriscou a vida da nossa filha... não sei nem o que falar
~PA: Não precisa falar nada, amor. Eu só fiz o que qualquer pai faria – ele segurou a minha mão e levou até a sua boca e deixou um beijo – eu faço qualquer coisa por quem eu amo

Encostei nossas testas por um tempo e depois selei nossos lábios em um selinho longo até a Maya separar a gente nos fazendo rir.

Mandei mensagem para a minha mãe avisando que ele acordou e que era para trazer o Peazinho também.

PA ficou perguntando o que aconteceu com a Maya, contei tudo pra ele e quando ele ficava preocupado eu rapidamente o tranquilizava.
A enfermeira entrou no quarto com o café da manhã dele e pediu para algumas pessoas saírem porque estava muito cheio, então decidimos eu e a Maya voltarmos para o quarto dela e esperar a doutora para ela dar o diagnóstico e torcer para ela liberar a Maya para ir pra casa.

Nossos Sonhos - Jadré(Continuação)Onde histórias criam vida. Descubra agora