Capítulo 239

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Jade Camilo

Rio de Janeiro - RJ

19 de Marco de 2029 - Segunda-feira

~Jade: MAYAAAAAAAAA

Eu via o Paulo André correndo para salvar a nossa filha, implorava a Deus para ele conseguir alcançar ela e nada de ruim acontecer com os dois.
Ele alcançou ela, pegou no colo mas infelizmente não deu tempo de escapar ileso e vi o corpo dele sendo arremessado para frente.

~Jade: NÃO, NÃO, NÃO, NÃÃÃÃO, MAYAAAAAAA

Corria desesperada em direção a eles, ouvia de longe o choro de desespero da Maya e meu coração despedaçava aos poucos, mal conseguia enxergar de tanto que eu chorava e implorava para nada de grave tenha acontecido com eles.

Ao chegar neles um medo absurdo me atingiu, Paulo André ainda abraçava a Maya mas não sabia se estava consciente, ele estava todo ralado, sangue escorria por partes do seu corpo e parecia que a sua perna estava quebrada.
Coloquei a minha mão na boca sem acreditar no que estava vendo, só podia ser um pesadelo.
Estava totalmente paralisada, não conseguia me mexer de desespero do que via a minha frente, meu corpo só voltou a responder quando a Maya chamou pelo meu nome.

~Maya: MÃE, TÁ DOENDOOO AAAAAAH – fui na direção para pegar ela mas fui impedida por uma pessoa
~xxx: Não, a gente não sabe o que pode acontecer se mexer neles
~Jade: Mas... a minha filha
~xxx: Aparentemente ela está bem, mas o melhor é não mexer – ele tinha razão, nesses casos, nunca deve se mexer – ALGUÉM CHAMA UMA AMBUL NCIA
~xxx1: Já chamei – respondeu uma mulher
~Jade: Filha, fica quietinha, tá bom meu amor?
~Maya: Ta doendo – falava chorando e aquilo está me destruindo cada vez mais
~Jade: A ajuda já está vindo meu amor, boas pessoas vão cuidar de você e logo vamos para casa, mas tem que ficar quietinha. Eu to aqui, não vou sair daqui – ela concordou e já soluçava de tanto chorar. Fui até o PA para saber se ele estava bem e seus olhos estavam quase fechados – amor, amor me responde, por favor
~PA: A Maya – falava quase sem força
~Jade: Ela ta bem meu amor, você salvou a vida dela, você salvou a nossa filha
~PA: Minha perna
~Jade: Vai ficar tudo bem, os médicos já estão vindo – vi ele fechando os olhos por completo e entrei em desespero novamente – não, Paulo André acorda, não fecha os olhos – ele não me ouvia mais – CADÊ ESSA AMBUL NCIA PELO AMOR DE DEUS

Fiquei ao lado deles orando até os paramédicos chegarem, graças a Deus.
Eles foram pegar a Maya fazendo ela gritar de dor novamente.

~Jade: O que ela tem? – perguntei com esperança de não ser nada demais.
~Médico 1: O ombro saiu do lugar – ele colocou ela deitada na maca e imobilizou a sua cabeça – vou aproveitar que o músculo do ombro tá relaxado para colocar no lugar
~Jade: Vai doer?
~Médico 1: Vou aplicar anestesia para ela não sentir nada – ele preparou rapidamente a anestesia – olha meu amor, vou aplicar isso em você e vai ficar boa logo logo – Maya balançava um pouco que podia da cabeça com medo
~Jade: Tá tudo bem filha, lembra das boas pessoas que vão cuidar de você? Ele é uma dessas pessoas, é para você não sentir dor – fiz sinal para ele aplicar já que a Maya não ia querer e ela estava prestando atenção em mim
~Maya: Não mamãe AAAAAAAAAAH
~Médico 1: Calma, já passou. Agora esperar um minutinho para fazer efeito e colocar o ombro no lugar. Quando chegar no hospital, ela vai receber um diagnóstico mais detalhado, por enquanto só foi esse ombro deslocado

Suspirei aliviada por saber que nada de grave aconteceu com ela.
O médico colocou o ombro dela no lugar e imobilizou para evitar que ela mexa.
Mas a tensão voltou com tudo quando ouvi os outros 2 médicos que atendia o PA.

~Médico 2: Homem por volta dos 30 anos, inconsciente, com fratura na tíbia, joelho e costela, e com hemorragia interna. Preparar sala de cirurgia urgente, chegada em 5 minutos. Pronto? 1, 2 – levantaram a maca onde ele estava deitado e colocaram na ambulância
~Jade: Eu posso ir? É meu marido e minha filha
~Médico 3: Entra – entrei na ambulância e seguimos para o hospital mais próximo
~Jade: Como ele está? Ele vai ficar bem? – olhava para o PA todo machucado e a Maya demonstrava estar melhor, mas deve ser só efeito da anestesia
~Médico 2: Respiração e coração fracos. Vamos fazer de tudo para ele se recuperar

Fui o caminho todo me questionando do porque isso está acontecendo, e logo com eles os dois, orei pela vida dele e que nada de grave o atinja.

Chegamos no hospital e já estavam levando a Maya correndo e eu não estava entendendo o que estava acontecendo.
Fui acompanhando ela, perguntando aos médicos o que estava acontecendo e nenhum deles respondia.

~Jade: ALGUÉM ME FALA O QUE ESTÁ ACONTECENDO
~Enfermeiro: Vamos diagnosticá-la. A senhora não pode nos acompanhar, se quer ajudar, vai na recepção e passe os dados dos dois pacientes

Eles passaram com ela pela porta e logo depois passaram com o Paulo André.
Eu ficava olhando para porta, parada, sem saber o que fazer.
Respirei fundo e fui na recepção passar os dados da Maya e do Paulo André e em seguida fui noticiar para os meus sogros e nossos amigos.

[...]

Liguei para meus sogros e tentei transmitir a notícia sem que eles fiquem desesperados já que são de idade e já estão vindo para cá.
Eu estava angustiada na recepção, não vinha ninguém para dar notícia da Maya e só a Nina me consolava enquanto o Gaigher e Patrick foram no restaurante buscar o carro do Paulo André.

~Doutora: Parentes de Maya Picon Camilo
~Nina: Graças a Deus
~Jade: Aqui – nos levantamos
~Doutora: Podem me acompanhar

Ela nos levou até o quarto onde a Maya estava deitada na cama.
Maya estava com o ombro imobilizado, pescoço engessado e com acesso na sua mão.

~Jade: Meu Deus filha – passava a mão pelo seus cabelos – como ela está? O que aconteceu?
~Doutora: Mesmo ela não ter sido atingida diretamente, não deixou de sofrer um trauma no pescoço e por isso engessamos o pescoço dela. O ombro havia saído do lugar, o médico colocou no lugar e por isso está imobilizado. Com todos esses traumas e arranhões nas pernas e nos braços, ela está com febre e está tomando soro para passar a febre. Ela vai ficar bem
~Nina: Graças a Deus. Mas é só isso, né?
~Doutora: Sim, por isso demoramos, analisamos ela em cada detalhe antes de chamar vocês. Agora ela precisa descansar
~Jade: Certo. E o Paulo André? Tem alguma notícia dele?
~Doutora: Não tenho nenhuma notícia do paciente Paulo – concordei cabisbaixa – com licença

Ela falou e nos deixou a sós com a Maya no quarto e depois a Nina voltou para a recepção para quando os meninos ou meus sogros chegarem.

~Jade: Vai ficar tudo bem filha, logo você vai estar bem melhor – beijei a sua testa como o Paulo André faz com a gente – espero que esteja tudo bem com meu marido

Nossos Sonhos - Jadré(Continuação)Onde histórias criam vida. Descubra agora