Capítulo 4 - Alguém Me Diga Se Aqui É O Inferno

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Advinha quem  voltou??

Olá, meus amores! Até que não demorei dessa vez, hein?

Espero que estejam todos bem, e vamos para o capítulo.

Boa leitura!

º~º~º~º~º~º~º~º~º~º~º~º~º~º~º~º~º~º

Bem, não seria possível se manter preocupado agora.

Música alta, jogos de luzes, o calor excessivo da aglomeração e a constante circulação de álcool. A Noitosfera dava as boas vindas como não acontecia há muito, muito tempo.

Marceline se sentou ao bar, com Priscilla já um pouco alterada quase pendurada em seus ombros, sua risada forçando a de Marceline para fora por contágio. De onde estava, Marceline podia ver seu antigo trono, parecendo uma peça esquecida no tempo, em seu lugar no camarote.

- Eu era meio maluca naquela época, né? - disse ela, meio baixo, na intenção de que só a amiga ouvisse.

- Meio? - disse ela, com sua sobrancelha arqueada ao máximo. Marceline revirou os olhos com escárnio.

- Qual é, eu não era tão esquisita assim.

- Você tinha um quase culto de meninas menores de idade dispostas a passar por exposição pública e por um ritual pagão pra transar com você, Marcy. Você era mais do que esquisita.

Marceline começou a rir alto, quase se dobrando sobre o balcão do bar. Keila se aproximou delas, também olhando para o camarote.

- A Marcy era toda esquisitinha antes de começar a namorar a Bonnie, né? - disse ela, fazendo com que Priscilla quase engasgasse em sua bebida antes de ter uma bela e escandalosa crise de risos.

- Ah, vão pro caralho vocês duas - devolveu Marceline, ainda tentando parar de rir.

- Vamos lá em cima - disse Keila, puxando Priscilla pelo pulso. Essa puxou Marceline, e assim as três se colocaram no caminho para o camarote.

Assim que chegaram ali, Marceline foi direto para a pequena caixa que ficava escondida abaixo da cadeira, onde a coroa com falsas pedras vermelhas que ela havia conseguido, após dar a original de presente para Bonnibel, ficava guardada. Colocou-a sobre a cabeça e sentou-se sobre sua velha cadeira, da forma torta de sempre - uma perna jogada sobre o braço da cadeira, o corpo quase jogado de lado.

Olhou para a festa, os rostos conhecidos que, de certa forma, lhe fizeram muita falta. Tinha um mínimo sorriso no rosto, se deixando levar pela nostalgia. Então, seus olhos caíram sobre Bonnibel, de braço dado com Hayley, um vestido muito parecido com o que ela havia usado na sua primeira vez na boate, só que mais curto. E então ela sorriu de verdade.

- Vocês duas eram tão insuportáveis, até aquela festa - soltou Priscilla, como se soltasse um segredo difícil de guardar. 

(Não era. Na verdade, em todos aqueles anos, ela se certificou de relembrá-las disso sempre que fosse possível).

- Ugh, quem aguenta o drama da sapatão com tesão enrustido - murmurou Keila, fingindo irritação.

- Eu tenho uma palavra pra você, Priscilla: Brad - devolveu Marceline, com um sorrisinho venenoso, sem se importar muito quando foi respondida por um tapa no ombro.

- A gente não tinha combinado em não tocar mais nesse assunto!?

- Foi mal, só queria lembrar que eu perco feio no quesito 'adolescente com histórico romântico insuportável'.

- O amor entre vocês é tão bonito - brincou Keila, rindo.

As três continuaram ali, rindo e comentando sobre pequenas memórias do tempo de escola. Algum tempo depois, Marceline recebeu uma mensagem de Marshall, as chamando para descer ao palco.

Tudo Permanece Agridoce - AU BubblineOnde histórias criam vida. Descubra agora