Capítulo 8 - Marceline vs The Scream Queens

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Voltei cedo outra vez!

Peço, de coração, que não se acostumem mal. Já passamos por essa ilusão antes.

Aliás, se o que você leu nos últimos capítulos ainda não te convenceu a já abrir essa fanfic com lencinhos na mão, acho melhor ir buscar alguns.

Bem, vamos ao capítulo.

Boa leitura!
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Ela tinha um sorriso quase infantil no rosto ao atravessar o pátio aberto, em direção ao chalé favoritos delas. Seu caminhar era quase saltitante. Quase ridículo, quase inapropriado.

Até que ela estivesse próxima o bastante para ver o rosto de Bonnibel na janela, os olhos colados nela. E ela não estava sorrindo. Nem ao menos um pouquinho.

Bem, havia um motivo para Bonnibel sempre ficar responsável pelos grandes planos. Tudo que continha uma grande gama de detalhes para se considerar, era ela quem tomava as rédeas. Porque Bonnibel se lembrava dos malditos detalhes.

Claro que Marceline nunca havia considerado a óbvia possibilidade de que as notícias chegassem antes dela. Foi desacelerando o passo. De repente, já não estava mais tão empolgada em ter chegado.

Chegou, enfim, de frente ao olhar de pedra de Bonnibel Zanne. A mulher a encarou por alguns segundos, Marceline já sentia o coração se agitando no peito. Mas, contra toda expectativa, o olhar dela começou a suavizar, derretendo do questionamento duro para a preocupação atormentada.

- Bom dia, meu amor.

- Bom dia, princesa.

- Acho que a gente precisa ter uma conversa.

Marceline apenas comprimiu os lábios, se sentindo acuada. A possibilidade de que ela não concordasse com o plano não era, bem, parte dele. Não tinha um plano B para sair daquela armadilha auto imposta.

- Mas, primeiro, você termina de chegar direito. Guarda suas coisas e toma um banho, tá bom?

Fez um sinal com o indicador, mandando Marceline se aproximar. Quando ela o fez, puxou seu rosto contra o próprio, deixando um selinho demorado acalma-la, só um pouquinho. Então, Marceline entrou, colocou as malas no cantinho do quarto e se banhou. Voltou para o quarto secando o cabelo na toalha, tentando se agarrar ao conforto de Bonnibel ainda estar usando sua inseparável camiseta preta de pijama.

Por um momento, Bonnibel apenas encarou o céu pela janela, como se Marceline tivesse, finalmente, conseguido a deixar sem palavras. Só não sentiu o orgulho que esperava sentir quando acontecesse. Depois de algum tempo, Bonnibel suspirou, esfregando as têmporas com os dedos.

Então, se curvou sobre a cama e tirou uma caixa debaixo dela, entregando-a para Marceline. A mesma encarou a caixa, a sobrancelha arqueada. Sabia bem o que era, e também sabia que aquilo não deveria estar fora da embalagem lacrada dos Correios.

- Você não fica brava por eu ter aberto seu pacote, e eu não fico brava por você ter tentado me fazer de idiota, achar que eu simplesmente casaria com você de surpresa e te deixaria jogar sua carreira inteira na merda, como se nada tivesse acontecido.

- Eu diria que são dois crimes que não se equiparam, mas como sou eu saindo no lucro, vou só aceitar o acordo.

Bonnibel não queria rir, porque aquilo era tão sério. Mas era Marceline na sua frente, então as opções de escolha eram mínimas. Marceline queria rir de volta, mas só conseguiu abrir um sorriso cansado.

- Você é completamente maluca, Marceline.

- Você fala como se eu estivesse tentando esconder.

- E não escondeu? Porque eu não lembro de ter uma conversa sobre o que você acabou de fazer.

Tudo Permanece Agridoce - AU BubblineOnde histórias criam vida. Descubra agora