Jealous boy [MATCHABLOSSOM]

6. Cherry

"I fall to pieces when I'm with you"

★

Eu enlaço meus braços em seu pescoço, passeando minhas mãos por sua nuca. Seus fios são agarrados pela ponta dos meus dedos. Por fim, eu puxo sua cabeça para trás, fazendo-o me encarar.

Eu fito seus olhos castanhos, profundamente.

— Eu espero muito que você saiba o que está fazendo, Kojiro.

Ele ri, lascivamente.

— Não se preocupe. — Suas palmas descem pelo meu corpo. — Eu sei muito bem. E deixando claro, eu não vou parar até eu ver você gozar com meu pau dentro de você.

Até que, finalmente, ele me beija.

Meu coração bate incessantemente dentro de meu peito. Parece que, a qualquer momento, eu sofrerei um ataque cardíaco, tamanha é a adrenalina que corre furiosamente em minhas artérias.

Nossas bocas se movem sincronizadas, num ritmo gostoso que faz meu interior ferver. Seus lábios têm gosto de café expresso. E esse sabor, eu posso admitir, se tornou um dos meus favoritos.

De repente, suas mãos desceram tanto que alcançaram minha bunda. E ele não mede forças. Sinto ele apertar a carne com gosto. Eu não consigo fazer outra coisa além de gemer em sua boca, visto que não consigo conter a fisgada ardente que senti no meu pau.

Ele é um desgraçado por saber exatamente o que eu gosto.

A pressão que nossos membros sofre é tão imensa que chega num ponto a qual minha vontade de qualquer tipo de alívio se torna exorbitante. Por isso, eu movimento meu quadril, numa busca incansável de fricção. Eu sinto seu comprimento abaixo de mim, encaixando-se entre as bandas de minha bunda, mesmo com o tecido de nossas roupas no meio.

Kojiro parece gostar de meus movimentos, visto que geme na minha boca na mesma intensidade a qual eu gemi. Suas palmas, novamente, empurram meu quadril para baixo, com o mesmo objetivo de fazer com que ocorra qualquer tipo de alívio. Eu sinto quase que completamente o comprimento de seu pau duro friccionando em minha entrada. Eu juro que, em toda a minha vida, eu nunca quis tanto que alguém me fodesse quanto agora.

Eu parto o beijo, haja vista a nossa falta de ar. E eu nunca vi outro momento o qual esse desgraçado estava tão atraente quanto agora. Esse cabelo verde desgrenhado, o qual foi bagunçado pelos meus próprios dedos, essa mandíbula marcada, esse nariz reto, esses olhos castanhos que brilhavam e essa expressão de prazer, a qual tentava repetidamente regular a respiração. Cada detalhe era motivo para que eu não conseguisse desviar meus olhos dele.

— Acho que a visão que eu tenho agora vai ser a minha preferida pelo resto da minha vida. — Kojiro murmura, mesmo tentando recuperar o fôlego.

Eu rio, contendo meu sorriso.

— Por que, seu feioso? — provoco.

Ele sorri, provocante.

— Ah, sei lá... deve ser o jeito que você fica extremamente lindo com esse rosto corado.

Eu reviro os olhos, mas o sorriso não consegue fugir do meu rosto.

— Ah, cala a boca. Não sou eu quem está com o rosto corado aqui.

Ele arqueia as sobrancelhas, mas sua boca continuava arqueada naquele sorriso malandro.

— Ah, é? Vamos ver, então...

★

É extremamente complicado pensar coerentemente quando meus pensamentos são inundados pela vontade desesperada de gozar o mais rápido possível. Meus olhos estão firmemente fechados, concentrados. Minha respiração está desenfreada, meu peito subindo e descendo sem controle. Eu sinto aquela pressão familiar chegando cada vez mais perto, chegando cada vez mais perto do limite, e eu estou desesperado para finalmente chegar lá.

Quase lá, quase lá, quase lá, quase lá...

Meus pulmões clamam por oxigênio. Meu corpo se contorce, e eu sinto minhas coxas tremerem pela terceira vez essa manhã.

Quando eu abro os olhos, exausto, dou de cara com as íris castanhas, e percebo que Joe também finalizou. Ele sorri, também cansado.

Olhando para seu rosto nesse momento, só consigo pensar na loucura a qual acabamos de realizar. Deixei minhas vontades mais secretas, mais guardadas se libertarem.

O pior de tudo é que eu não consigo me arrepender de nenhum momento.