𝕻𝖗𝖔́𝖑𝖔𝖌𝖔

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❝Não me recordo o ano exato da queda de minha comandante, a escolhida Amara Delyon, única sobrevivente do Clã das Bruxas

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❝Não me recordo o ano exato da queda de minha comandante, a escolhida Amara Delyon, única sobrevivente do Clã das Bruxas.

Tudo que lembro de sua história envolve muito mais do que é descrito pelo Grão-Senhor. Rhysand é cuidadoso, sabe que o medo de um nome transforma a coisa em algo muito pior do que já é.

Com tudo que aconteceu só consegui deduzir uma coisa, a vida não é justa. Isso é tudo que ocorre dentro da cabeça de um féerico que fica frente a frente de Amara.

Eu estava quase convencido de que estava tendo outro pesadelo. Abri meus olhos lentamente; olhei o teto; vestígios da guerra começaram a me assombrar. O fim dos tempos, o colapso dos mundos. Não fiz nenhum movimento brusco, mas podia sentir a força das correntes em volta dos meus punhos e nos dois tornozelos. Minhas costas doíam, e eu tentei ignorar ao máximo o fato de que minhas asas já não estavam mais ali. Me sentia mais forte, minha mente mais clara, o que facilitava com que eu ficasse alerta. Mas então senti o gosto de algo amargo na boca e o pânico me assombrou ao não saber determinar quanto tempo estava inconsciente ali.

- Você realmente achou que conseguiria armar uma emboscada? - ela perguntou, divertida.

Preguiçosamente se aproximou do local em que eu estava deitado, seus passos reverberando dentro de mim.

- Você fez Feyre choramingar desculpas por me incomodar, suplicando em mais puro terror.

Se encostou na parede e cruzou os braços sob os peitos. Seus olhos azuis nunca se desviando de meu rosto.

- Onde ela está? - murmurei, forçando a voz a sair de minha garganta.

Sua respiração foi tudo que ouvi no ambiente por vários minutos. Adiar a informação era um modo de me torturar e ela sabia disso.

Me exaltei e me debati, as dores de meu corpo já sendo um indício de que eu não venceria ali, não naquele momento. Puxei as correntes, uma tentativa falha de arrebentá-las, mas ela sempre fora mais esperta, movimentando os dedos minimamente fez com que outra surgisse e se agarrasse ao meu pescoço.

- Faça silêncio - balançou a cabeça e respirou fundo, como se arrependida de utilizar sua magia contra mim. - Este barulho é infernal.

- Onde está minha Grã-Senhora? - repeti a pergunta, calmo o suficiente para não ser enforcado pela corrente.

Seus lábios se repuxaram em um sorriso.

- Por que isso importa?

Era uma pergunta verdadeiramente genuína, ela sabia que eu não considerava Feyre digna o suficiente para tal título, Amara sempre fora aquela que imaginei comandando Prythian, muito mais forte, inteligente e determinada do que meu irmão e sua parceira.

- Sério? - ela gargalhou e eu franzi as sobrancelhas. - Isso é jeito de pensar em sua amiga?

- Sai da minha cabeça! - rosnei.

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