Capítulo 1

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Essa história contém representações gráficas de violência, sexualidade, linguagem forte, drogas ilícitas e outros temas.

Se você não gosta ou não se sente confortável com esse tipo de conteúdo, não leia!!!

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DUAS FACES | +18
CAP. 1

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Eva Leblanc

Não consigo me concentrar. Não foquei em uma só coisa desde que saí do quarto dele. ele me fez estar aqui nesta facção, me obrigando a ir até ele, a ficar com ele. 

Eu ainda assim, consigo amá-lo. E odiá-lo. Tudo ao mesmo tempo. Merda.

Luca chamou minha atenção, me tirando do transe e dos pensamentos em minha cabeça.

-E aí Eva, qual vai ser porra? O que a gente vai fazer com o Bec?

Olhei para o homem, nu, com hematomas por todo o corpo, jogado no chão, e, sem interesse algum, voltei a olhar para Luca. Com uma resposta rápida, disse:

-Mate-o.

Ele me olhou surpreso, com os olhos castanhos arregalados.

-Ainda precisamos que ele nos forneça informações, a gente precisa saber quem roubou o último carregamento, não podemos simplesmente matá-lo.

-Esse merda não vai abrir a boca enquanto você continuar de papo, arranca os dentes dele um a um, aí, a gente vê no que dá. Ele já me tirou do sério, estamos aqui a 2 dias, e sabe o que a gente tem de informação? Nada.

-Tá, eu resolvo.

-Se ele não abrir o bico, já sabe. Não importa como, só some com o corpo.

Olhei novamente pro homem jogado no chão, e, pouco me fodendo pra situação dele, saí porta afora e entrei no meu carro, furiosa. Furiosa por ter que fazer isso, esse tipo de trabalho.

-Merda, merda, MERDA! -gritei, enquanto batia as mãos no volante.

Com um barulho na janela do meu carro, olhei para o lado, e, lá estava ele, Théo. Ele estava com um cigarro na mão, soprando a fumaça venenosa. 

Enquanto ele ajeitava seu terno preto, fez um movimento com as mãos, indicando pra mim, o que eu devia fazer. Lentamente, abri a porta do carro e saí, fazendo o que ele mandou. Me olhando de cima a baixo, ele disse:

-Olá, Eva.

-O que você quer agora? Que eu te chupe no meio do estacionamento? - esbravejei

- Até que não é uma má ideia - disse ele com um meio sorriso.

-O que é isso? - Olhei para o pacote em sua outra mão, que não estava segurando o cigarro.

-Ah, é verdade, quase havia me esquecido. Isto é para você.

-Pra mim? O que tem aí? Uma bomba?

-Não, é um vestido. - respondeu ele, sério e frio.

Olhei para ele, confusa, enquanto abria o pacote. Seus olhos verdes seguiam cada movimento meu.

-Sério? Vermelho? Não é muito clichê?

-Eu quero que você o use hoje. Às 19h, na minha casa. Vamos jantar.

-Eu tenho coisas demais para fazer, não posso.

-Ou você vai ou sua querida mãe não terá mais porra de acompanhamento médico nenhum.

Engoli em seco enquanto me arrumava para entrar no carro novamente.

-Eu estarei lá Théo, não precisa me ameaçar.

* * * * * * * * * * * * * * *

Saí com o carro em direção a minha casa. A primeira coisa que fiz ao chegar foi me jogar no sofá. Deus, não aguento mais. Olhei para o lado e vi minha mãe tirando uma soneca, finalmente conseguindo respirar sem tantos aparelhos. Ouvi um barulho na cozinha e fui direto checar, peguei minha arma,que estava embaixo do tapete, e,  silenciosamente, fui andando até a cozinha, com a arma em mãos.

Quando finalmente cheguei no cômodo, relaxei.

-Que susto Eva! Guarda esse troço! - Disse Ellen

-Calma, eu achei que fosse alguma merdinha tentando arrombar minha casa, ou um traficante.

-Já tô de saída, não precisa apontar uma arma pra mim!

- Já pedi desculpas.- choraminguei

Ellen deu um sorriso e se afastou pegando sua bolsa que estava no balcão e indo em direção a porta. Antes que ela pudesse abrir a maçaneta, perguntei:

-Como minha mãe está hoje? Tomou muitos remédios?

-Tá tudo bem com a Irene , não precisa se preocupar. Ela tomou só 2 comprimidos. Ah, o Théo já me pagou esse mês, não precisa pedir pra ele.

Assenti com a cabeça e acenei. Ellen deu um sorriso e saiu.

Cansada, fui direto tomar um banho bem quente. Olhei o relógio, cinco horas. Ainda dá tempo.

* * * * * * * * * * * * * * *

Com a toalha enrolada no corpo, saí do box e procurei por alguma peça pra usar em toda a minha gaveta de calcinhas. Mas, só tinham do tipo que Théo jamais aprovaria. Então, fiz minha escolha final. Não usar nada por baixo.

Deixei a toalha cair de meu corpo e fui em direção ao pacote onde o vestido vermelho estava. Tirei-o da caixa e o vesti. Em frente ao espelho, ajustei ele ao meu corpo, tentando deixá- lo mais confortável, o que não era possível. Coloquei meus brincos de prata, um salto preto, e saí de casa para encontrá- lo.


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Aqui é a autora! Espero muito que vocês gostem da história, trabalhei muito nela e nos personagens, qualquer crítica seja ela negativa ou positiva é bem vinda.

Não esqueçam de votar e adicionar um comentário com sua opinião! Desculpe por qualquer erro de português!

-Athena ♡


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