𝐓𝐇𝐄 𝐂𝐑𝐎𝐖'𝐒 𝐂𝐑𝐘 - regulus black

I.

capítulo um.
o diário secreto

Segredos. Algo que une todos que um dia já existiram, ninguém é completamente verdadeiro, sempre terá algo escondido, oculto e que o amedrontaria se fosse revelado, mesmo se for esquecido no fundo de nossas mentes e preocupações, ainda é e sempre será um segredo. Alguns são guardados a sete chaves, e outros simplesmente tiveram a sorte de não cair nas bocas erradas.

No fundo de uma caixa empoeirada, no sotão da nobre casa da família Black tem um segredo. Muitos. Mas esse em especial nunca se foi revelado, nem por um estante de misericórdia... viveu anos guardado de uma forma um tanto cruel. O diário de Pesérfone Ravenclaw. Onde se encontram palavras que narram somente um trecho da vida de dois jovens ou melhor, suas mortes. Daqueles que há anos simplesmente sumiram.

Mas um dia, em Agosto de 1997, esse segredo por fim tinha sido revelado.

No dia que Harry Potter, Hermione Granger e Ron Weasley estavam na antiga e vazia casa da família, em sua procura pelo medalhão que estava supostamente sumido e a luta para conseguir extrair informações do fiel elfo da família Black. E conseguiram.

Se via Monstro chorando no chão ao receber de Harry o medalhão substituto feito por Regulus Black, um presente, uma herança da família que ele servira por tantos e tantos anos, mas principalmente de seu amado senhor Regulus. Os joelhos do elfo estavam fracos demais para se manter em pé de tão comovido que ficará. Quando então, em meio a lágrimas, uma lembrança renasceu na mente de Monstro, uma ordem de seu falecido senhor.

— A-antes que Monstro se vá atrás do medalhão, preciso dar algo a Harry Potter! — avisou o elfo, tentando se levantar. – O meu senhor Regulus, disse a Monstro para guardar um diário e só entregar no momento certo, e nunca, jamais contar á minha senhora, é um grande segredo...

Harry e seus amigos o olhavam fixamente com uma expressão de imensa curiosidade. O Elfo saiu do cômodo com rapidez e começou a subir as escadas sussurando baixinho para si mesmo, como se repetisse a ordem muitas vezes. Os três jovens assim o seguiram por muitos degraus, parando em frente a uma porta, a última da casa no andar mais alto, a do sotão. Monstro a abriu com cuidado mas mesmo assim rangira alto, estava fechado e intocada a anos. Havia muitas caixas espalhadas, teias de aranha, pelo menos no que dava para se observar na escuridão atordoante do local. O elfo entrou e vasculhou uma das caixas, estranhamente estava escrita algo como "coisas não úteis", meio irônico. Ele jogava livros e mais livros para trás, procurando incessavelmente, até que no fim da caixa e com uma pilha de livros jogados, achou-se. O olhou com notável aperto no coração e caminhou lentamente até Harry, e assim o entregou. Era um diário notavelmente bem conservado, mas muito empoeirado. Ele o abriu.

— “De Perséfone Ravenclaw” — sussurou baixinho ao ler.

— Ravenclaw!? — exclamou Hermione surpresa. — Mas o que ela teria a ver com os Black? Você sabe, isso é até inacreditável.

— A senhorita Perséfone não tinha a ver com meus senhores, não, não, mas Monstro gostava muito dela, tratava Monstro muito bem, mas não era como minha senhora... oh... não mesmo, muito diferente, mas meu senhor Regulus falava muito dela, disse a Monstro para guardar o diário, porque nele tinha algo que precisava ser descoberto só depois de muitíssimos anos, para a segurança da família, Monstro obedeceu a ordem fielmente... e acha que Harry Potter é quem deveria ficar com o diário.

Naquele dia, o diário foi aberto e lido pela primeira vez, e a história que foi guardada em segredo para proteger a família Black finalmente poderá ser contada ao mundo.